21º Capitulo

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Uma das melhores coisas do teu pai também ser o teu patrão é o simples facto e poderes faltar ao trabalho no dia do teu aniversário, o que foi exatamente o que fiz. Ás dez e meia da manhã ainda estava na cama com o Harry e se não tivesse sido a vontade de comer que sentia na altura acho que tinha ficado lá eternamente.

Comemos panquecas ao pequeno almoço com morangos e chantilly, recebi um telefonema do Liam a desejar-me os parabéns, ele contou-me que já estava em Londres e que hoje começava o seu primeiro dia na escola de box e que estava realmente entusiasmado.

Ao meio dia já estava pronta para encomendar comida chinesa quando o Harry agarrou no telefone e disse-me que tinha outros planos para a hora de almoço.

"Já podes contar-me onde vamos?" Pergunto vendo as ruas movimentas pela janela do carro.

"Não" ele responde suavemente e decido não insistir mais porque sei que ele não me vai dizer absolutamente nada.

Tenho atenção ao caminho na esperança de reconhecer onde é que vamos mas falho miseravelmente nessa tarefa até que por fim memórias começam a aparecer na minha mente. Eu já estive aqui com o Harry.

Foi no dia em que eu tinha ido almoçar com a Claire e o Harry apareceu no café e arrastou-me lá para fora, fez-me entrar no seu carro e guiou até um parque onde me mostrou uma folha cheia de informações minhas.

Com a cabeça a andar à volta de poderosas memórias o Harry estaciona o carro e ambos saímos para fora do automóvel. Assim que ponho os pés no chão e caminho para o seu lado sinto a sua mão a juntar-se com a minha e os nossos dedos a entrelaçarem-se.

"Porquê a este parque?" Pergunto-lhe enquanto entramos pelo portão e caminhamos por entre algumas árvores.

"Foi engraçada a tua cara quando me viste a entrar no café onde estavas a almoçar com a Claire" ele começa a falar sem me responder à pergunta e faz uma pequena pausa mas não me atrevo a interrompe-lo. "Ficas-te tão chateada e enervada comigo e a primeira coisa que fizeste quando estacionei o carro foi vomitar o almoço" ele solta uma risada e eu quase que sinto o sabor do vómito quando relembro o que aconteceu.

Foi nojento e humilhante.

"Tu eras mesmo muito enervante, com a tua vontade de ser o dono do mundo e de ser misterioso" digo e ele teta conter um sorriso.

"Rose também não era nada fácil de lidar contigo" levo a mão ao peito como se ele me tivesse ofendido.

"Estavas sempre a fazer-me perguntas" diz ele defendendo-se.

"Talvez pelo facto de que eu estava completamente à toa e tens de admitir que até te divertias com isso"

"Eu admito" diz com a gargalhada a fugir dos seus lábios. "Ainda por cima estavas sempre a tentar seduzir-me" ele acrescenta e esta vez sou e a rir-me.

"Eu nunca fiz isso" digo e ele olha-me com um sorriso matreiro a reinar nos seus lábios.

"Rose passavas a vida a olhar para os meus lábios como e quisesses beijar-me o tempo todo e para não falar da quantidade de vezes que olhavas para mim fixamente" 

"Isso é mentira!" Quer dizer eu acho que não fazia isso, não muitas vezes pelo menos.

"Depois davas aqueles sorrisos que não chegavas a mostrar os dentes fodasse ficas tão linda quando fazes isso" desta vez sou eu que solto uma risada com as suas palavras.

"Isso ainda não respondeu à pergunta" volto a puxar o assunto anterior.

"Por isto" e segundos depois dele dizer isto aparece uma relo-te de cachorros quentes à nossa frente, a mesma relo-te onde comemos naquele dia.

Always 2 |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora