58º Capitulo

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Os meus olhos abrem-se lentamente e quando estico o braço para o outro lado da cama sinto apenas os lençóis frios ao invés do corpo quente do Harry. Meto o peso do meu corpo sobre os cotovelos e olho em volta do quarto, assim que vejo que as suas roupas também não cá estão uma resposta para o seu súbito desaparecimento forma-se na minha mente.

Ele foi-se embora.

Deixo que a minha cabeça caia novamente para cima da almofada enquanto começo a sentir o meu coração a apertar.

Porquê que ele não me acordou antes de se ir embora?

Respiro fundo e volto a fechar os olhos até chegar à conclusão que ou ele teve de sair apressadamente e não teve tempo, o que me parece deveras improvável, ou então não se quis despedir de mim, o que sinceramente não sei se é uma coisa boa ou má.

Agarro no meu telemóvel com o instinto de lhe ligar mas mesmo antes de carregar no seu nome na minha lista telefónica bloqueio o telemóvel e volto a pô-lo em cima da mesinha de cabeceira.


Harry

Desde o momento que tinha deixado a casa da Rose que não conseguia parar de pensar nela. E cada vez que a imaginava a acordar e a ver que eu me tinha ido embora era como se alguma coisa se revoltasse dentro de mim. Mas não era capaz de lhe dizer adeus novamente, sem saber se a voltava a ver na semana seguinte ou um mês depois.

Enquanto tentava não pensar na Rose, tentava arranjar um plano. Hoje iria até à morada que a Freya me tinha dado e mesmo depois de ter passado uma hora a dar voltas à cabeça a tentar descobrir o quê que eu iria fazer quando o Zayn tivesse parado à minha frente ainda não tinha chegado a nenhuma conclusão.

Conseguia imagina-lo à minha frente, o que não conseguia imaginar era estar à sua frente sem ter o seu pescoço entre as minhas mãos.

Quando entro no meu carro e programo o GPS vários cenários começam a formar-se na minha cabeça e nenhum deles é bonito. Há já muito tempo que a raiva que sinto pelo Zayn se tem vindo a acumular dentro de mim e agora depois do que aconteceu com o Ryan é como se lhe tivesse criado um novo ódio, muito mais forte.

O trânsito que se fazia estava a começar a deixar-me cada vez mais frustrado, juntamente com o barulho irritante da chuva a bater contra os vidros. Cinquenta minutos mais tarde é que chego a uma rua com casas dos dois lados da estrada e não demoro muito até descobrir o número da do Zayn.

É uma casa pequena que se disfarça no meio de todas as outras que são bastante similares, paredes brancas, apenas um piso, uma alta chaminé. Durante uns segundos começo a pensar que a Freya me enganou, esta não parece nada o tipo de casa do Zayn. Está casa pertence a uma rua que parece calma e perfeita para iniciar uma família.

Estaciono o carro a uns cem metros de distância e limito a observar. Olho para o relógio que marca exatamente uma e meia da tarde e começo a ponderar na possibilidade dele não estar em casa, ou então da Freya me ter enganado. Quando a chuva para dez minutos depois é que saiu do carro, ainda sem nenhum plano especifico.

Dou passos apressados até à porta de entrada e quando toco à campainha é como se uma tempestade tivesse a acontecer dentro de mim. A ideia de lhe dar um murro assim que ele abrir a porta parece-me cada vez mais apelativa.

Dois minutos depois toco novamente à campainha já sem esperança que ele esteja em casa ou então acreditar cada vez mais que a Freya me enganou.

No exato momento em que começo a rodar os calcanhares para me ir embora é que a porta se abre. Os meus olhos caem no corpo do Zayn e aperto os punhos à medida que o observo a encostar o cotovelo contra a ombreira e um sorriso cínico a aparecer nos seus lábios.

Always 2 |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora