56º Capitulo

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Ainda não tinha chegado a nenhum pensamento conclusivo desde que entrei dentro do carro, não esperava voltar a ver o Harry apenas uma semana depois de termos tido aquela conversa sobre permanecermos o mais afastados possíveis um do outro enquanto o Zayn fosse um problema.

De qualquer das formas, não podia negar que senti o meu estômago a apertar e a boca a ficar seca assim que o vi a entrar dentro da sala do Louis.

Olhei pelo espelho retrovisor e vi o carro do Harry mesmo atrás do meu.

Mais uma vez o meu estômago aperta.

Primo os lábios um contra o outro e ainda consigo sentir os seus lábios quentes e suaves contra os meus. Continuo sem saber o que pensar à cerca disso.

Quando eu e o Louis ainda estávamos a planear ir para a América, nunca tinha pensado bem como seria depois, como é que eu e o Harry íamos reagir perto um do outro, como seria se ele voltasse para a Inglaterra. Certamente, nunca tinha poderia ter imagino desavenças e beijos sem qualquer compromisso.

O quê que somos nós na verdade?

Duas pessoas que apenas esperam um futuro mais calmo para poderem reconstruir uma vida juntas? Talvez...

Quando dou por mim, já estou quase a chegar à casa que meses antes partilhei com o Harry, mas que agora é apenas minha.

Estaciono o carro há frente da casa e um minuto depois o Harry estaciona o seu ao lado do meu. 

Observo o Harry a sair do carro e rapidamente faço o mesmo levando comigo a minha mala que estava nos bancos de trás. O ar frio incomoda-me mas neste momento não consigo pensar nisso, os meus olhos estão presos no rapaz que caminha em passos decididos até à minha porta.

Há medida que ando, vasculho na minha mala pelas chaves de casa e quando chego ao pé do Harry elas já estão pressas nos meus dedos. Sinto os seus olhos verdes a queimarem-me, mas nem ele nem eu abrimos a boca. Assim que a porta é aberta, rapidamente entramos dentro de casa para fugir do frio e num abrir e fechar de olhos sinto as suas mãos geladas contra as minhas bochechas e não demora nada até os seus lábios colarem-se aos meus.

Deixo a mala cair no chão e as minhas mãos vão diretamente para a curva do seu pescoço, sinto as pontas dos seus dedos a deslizar das minhas bochechas para o meu queixo e depois para o meu pescoço, quando as volto a sentir, já estão a agarrar a minha cintura.

Engolidos pelo desejo que sentimos um pelo o outro, beijamo-nos apressadamente, puxamo-nos um contra o outro e nem nos preocupamos com o facto de estarmos às escuras. Só quando os nossos pulmões gritam por oxigénio é que separamos os nosso lábios e olhamos um para o outro na escuridão.

"Esqueci-me do meu casaco na casa do Louis" as palavras fogem dos meus lábios apenas para preencher o silêncio.

"Sabes mesmo estragar o momento não sabes?" Apesar do escuro consigo ver a sua sobrancelha a levantar-se.

"O silêncio estava a matar-me" digo e depois as suas mãos a descerem da minha cintura para o meu rabo e depois apertam-no.

Não contenho o pequeno gemido que foge dos meus lábios.

"Isto preenche o silêncio?" Não consigo evitar que uma risada escape dos meus lábios.

"Talvez" respondo e volto a puxa-lo para perto de mim.

Os meus braços cruzam-se atrás do seu pescoço e os nosso lábios e línguas travam uma luta, as minhas pernas elevam-se com a sua ajuda e perdem-se à volta da sua cintura e depois bato com as costas na parede e fico completamente encurralada pelo corpo do Harry.

Always 2 |H.S|Onde histórias criam vida. Descubra agora