Shawdon- Reino do fogo

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Meu nome é Dominus.
Tenho dezoito anos e sou um Shawdano. Estava na casa da minha mãe quando dois homens do meu pai me levaram contra minha vontade até ele.
Neste momento estou no corredor principal do castelo,indo de encontro ao meu pai em seus aposentos. Duas garotas saem de uma das centenas de portas do meu lado esquerdo e correm em minha direção no corredor, uma delas pisca e a outra é irmã de Guilhermo meu melhor amigo, prefiro nem olhar, correm até que somem no corredor.
Ser filho do rei tem suas vantagens mesmo sendo bastardo.
Estou em frente ao quarto do meu pai, respiro e inspiro trilhões de vezes até que bato. Pah pah pah

-Entre Dominus.- diz ele com a voz grave.
Abro a porta e ele está em pé de costas para mim, e de frente para uma grande janela, bato a porta atrás de mim para que ele saiba que já estou no quarto. No quarto tudo é vermelho, sem exageros do teto ao chão.
-Pai! O que aconteceu? Porque a pressa em me ver?- perguntei sem rodeios,odeio ficar neste castelo, nem tanto pelo meu pai, mais pela rainha Hortência e por seu primogênito, príncipe e futuro rei Téou , os dois me odeiam e vivem para fazer da minha vida um inferno, da parte de Hortência até entendo eu sou o retrato da traição do meu pai, mais Téou não tem motivos para tanto ódio, eu não tenho direito ao trono afinal sou bastardo, sendo assim não sou ameaça.
- Aproxime-se Dominus -pelo tom da voz dele já sei que vai vir conversa chata. Eu me aproximo,ele se vira para mim com uma taça de vinho na mão, coloca mais vinho em outra taça que está em uma bancada próxima a janela e me oferece, e claro aceito.

-Vou ser direto meu filho- ele olhava para mim intensamente com seus cabelos vermelhos curtos e sua roupas vermelhas.

-Eu espero que seja, a minha mãe precisa de mim.- faço minhas palavras soarem frias para que ele fique enfurecido e me mande embora. Mais ele me surpreende com um sorriso de lado, como se já esperasse por minha atitude.

-Sabe que é o meu preferido, amo você como jamais amarei Téou.-não esperava ouvir isso, tomei todo meu vinho em um único gole.
- Quando Téou nasceu ele chorava tanto, parecia um bezerro desmamado, então fiquei por dias ouvindo aquele choro escandaloso e me perguntando como essa criança poderá se tornar rei?-ele dá um suspiro longo e continua - Os anos foram se passando fiquei esperando ao menos uma faísca de fogo sair dos seus dedos e nada, foi decepção atrás de decepção.- sua voz soava triste e raivosa.

-Pai, não fique assim..-tentei acalma-lo eu nunca o vi dessa forma, talvez seja o vinho.

-Mais aí eu conheci sua mãe..- ele continua- tão linda com aquelas tranças no cabelo, nos apaixonamos em um piscar de olhos,e eu só pensava na Doniki, quando a Hortência descobriu ficou furiosa, mais já não me importava Doniki estava grávida, e antes mesmo de você nascer eu já te amava mais que a mim mesmo. E quando você nasceu foi o dia mais feliz da minha vida, com cabelos ralos avermelhado e sem choro, você não derramou uma lágrima sequer apenas me olhou, e eu fiquei ali parado olhando pra você e pra sua mãe desejando vocês dois como minha esposa e filho oficial, mais não era assim e sua mãe não queria ser conhecida por ser a amante do rei, por mais que me amasse não suportaria viver com esse rótulo, então a deixei ir viver em paz, mais nunca deixei de visitar você. Me lembro que pulei de alegria quando um vendedor de corvos veio reclamar que você havia matado metade dos seus pássaros com bolas de fogo feitas por você.- ele dá uma gargalhada

-Eu me lembro, eu tinha doze anos, e o senhor não parecia achar graça estava chateado.- eu falei ainda confuso.

-Eu não podia deixar você matar todos os pássaros.

-Mais pai onde está querendo chegar com essa história?- eu gosto de ser direto.

-Eu quero que fique aqui Dominus comigo, aqui terá tudo que precisa, não quero ficar um só dia longe de você meu filho.- agora sua palavras são doces e sinceras.
A porta é aberta em um supetão e Hortência e Téou entram voraz.

-COMO É?- Hortência grita- Como pode se humilhar a esse bastardo? Eu ouvi tudo e não aceito isso, muito menos o Téou.- sua pele parece brasa. Téou apenas me olha da cabeça aos pés de uma forma superior.

-Esse bastardo é o meu filho, e se eu tiver que me ajoelhar para pedir sua companhia o farei.

Hortência arregalou os olhos e me olhou com raiva ou nojo.

-Verssis irá se arrepender, irá se arrepender- ela apontava para meu rosto e olhava para meu pai.

-Vamos mamãe!- Téou segurava o braço dá mãe a tirando do quarto.

-Vamos mamãe!- Téou segurava o braço dá mãe a tirando do quarto

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Espero que estejam gostando, estou me esforçando para que fique bem legal

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Espero que estejam gostando, estou me esforçando para que fique bem legal... beijinhos beijinhos ;*

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