Capítulo 1 - o Aniversário

10.7K 715 65
                                    


Girei a maçaneta da porta, e quando abri as luzes se acenderam e vi vários rostos conhecidos cantando parabéns. Fiquei parada na porta sem saber o que dizer.
Quando terminaram de cantar parabéns o Dr. Connor veio até mim e me deu um abraço.

- E aí minha filha você não vai dizer nada? - Perguntou ele.

- Bom... Acho que... Obrigada gente. - Foi só o que eu consegui dizer dando um sorriso sem graça.

Vi Sara correr em minha direção de braços abertos.

- Feliz aniversário amigaaa! - Gritou ela me dando um abraço apertado.

- Você me enganou direitinho hein! - Sussurrei em seu ouvido.

- Este aqui é o meu presente pra você minha filha! - Disse meu pai me dando uma caixa pequena embrulhada com um enorme laço vermelho.

- O que será? - Eu disse balançando a caixa.

- Não balance muito. Vai quebrar. - disse ele sorrindo.

Eu abri o embrulho com cuidado e quando abri a caixa, era um perfume. Exatamente o que eu havia dito que queria alguns dias antes enquanto assistíamos tv e vimos no comercial.

- Obrigada pai! Te amo. - Eu falei dando um beijo no seu rosto.

- E este aqui é o meu. - Sara falou me dando algo embrulhado num papel vermelho brilhante.

- Oh amiga. Não precisava. - Eu falei pegando o presente.

Abri e era um casaco de lã rosa.
Ela sabia que eu amava cor-de-rosa.

Depois de abrir vários presentes e cortar o bolo, tive que ouvir minhas tias contando historias sobre mim, historias vergonhosas mesmos. E depois fomos olhar as fotos de quando eu era pequena, até que eu era bonitinha.

Depois que todos foram embora, finalmente pude subir para o meu quarto e tomar um banho quente.

Lavei meus cabelos, e me olhando no espelho, vi que eu ainda continuava com cara de dezesseis e não de dezessete anos, eu não era muito alta, era branca, olhos verdes e tinha os cabelos ruivos.

....

Depois do banho desci e vi meu pai no sofá da sala assistindo Tv.

- O que está vendo papai? - Eu perguntei me sentando ao seu lado.

- Um programa de culinária. - Respondeu ele.

- Pai você acha que eu estou com cara de dezessete agora?

- Humm.... deixa eu ver... acho que não...

- Eu queria ter cara de dezoito.

- Você quer entrar nas baladas para mais de dezoito?

- Também. - Sorri.

- E você já se perguntou se seu pai iria deixar? - Ele falou fazendo uma cara séria.

- Acho que sim, porquê ele é o melhor pai do mundo. - Eu falei, e ele sorriu fazendo a cara séria desaparecer.

- Acho que eu tenho que ser um pouco mais chato! Tenho que ser mais durão.

- Acho que está bom assim! - Eu respondi. Ele sorriu novamente.

- Sabe o que eu acho? - Ele falou.

- O quê?

- Que está na hora de você ir dormir.

- Eu ja ia mesmo, boa noite papai. - Eu disse dando-lhe um beijo na bochecha.

- Boa noite filha durma com os anjos.

Meu pai era um homem de meia idade estava nos seus trinta e sete anos mas era um homem charmoso e bonito. Ele era médico.
Ele e a mamãe se separaram à dois anos quando eu fiz quinze anos, eles deixaram que eu decidisse com quem queria ficar, mas na verdade eles dois ja sabiam a resposta, eu quis ficar com o meu pai, sempre fui apegada mas com ele, amo a minha mãe, sei que ela queria que eu a escolhesse, mas eu nao podia ficar longe do meu pai. Minha mãe Sr. Valery é assistente social e vive viajando. Ela me liga uma vez por semana, e conversamos um pouco sobre nossas vidas.
Hoje pela manhã ela foi a primeiraa me ligar para me desejar feliz aniversário e dizer que sente minha falta e gostaria de estar por perto.

.....

Deitei na minha cama e comecei a olhar meu celular tinha várias mensagens de amigos e primos me desejando feliz aniversário.

No dia seguinte iria começar as aulas e eu precisava dormir.
Coloquei uma música lenta e no meu celular e adormeci com os fones nos ouvidos.

....

Eu estava numa floresta escura e estava chovendo muito, eu estava vestida com um vestido preto. Sentia que estava sendo perseguida por algo ou alguém. Eu corri muito até chegar num abismo, eu parei e minha respiração estava ofegante, olhei para trás e via uma figura toda de preto se aproximando, eu ia andando para trás devagar, e quando eu iria descobrir o rosto da figura de preto, eu escorreguei e caí...

Acordei assustada e suando, não era a primeira vez que eu tinha esse sonho, é tão estranho... De uns tempos pra cá eu venho tendo esse tipo de pesadelo.

*****

Olá amores esperam que estejam gostando. Se estiverem é so votar pra eu saber... e se quiserem podem comentar também. Bjssss

Nay

Entre anjos e demônios Onde histórias criam vida. Descubra agora