Capítulo 27 - Callazar

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Estava anoitecendo e eu estava no meu quarto deitada na minha cama pensando em todos os eventos que haviam acontecido na noite passada.
Quando eu ouvi a campainha tocando. Eu sabia que meu pai estava na sala e provavelmente iria atender a porta.
Depois de alguns segundos bateram na porta do meu quarto.

A porta estava trancada então eu fui até lá e abri. Era Sara.

- Oi Tay. - Ela disse entrando para dentro do meu quarto.

- Oi Sara. - Eu disse trancado a porta novamente.

- Eu estou muito cansada. Aqueles adolescentes deixaram minha casa uma bagunça. Eu tive que limpar tudo antes que meus pais cheguem.

- E quando eles chegam? - Eu perguntei.

- Eles ligaram e disseram que ja estão vindo. Eu vim pra cá. Afinal eu disse que estaria na sua casa o fim de semana inteiro. - Ela disse se jogando na cama de costas e em seguida apoiando a cabeça na mão para me olhar.

Eu fui andando até perto da cama e me sentei suspirando fundo.

- Você está bem amiga? O que ouve com a sua perna que você está mancando? - Ela perguntou.

- Sara tem muitas coisas que eu preciso te contar sobre ontem. - Eu disse.

Ela arregalou os olhos e se levantou se ajeitando na cama colocando um travesseiro nas suas pernas.

- O que aconteceu ontem? - Ela perguntou.

- Ontem eu quase fui estuprada por dois garotos que estavam na sua festa. - Eu disse por fim.
Ela arregalou os olhos e colocou uma das mãos sobre a boca.

- É sério isso? - Ela disse.

- Sim. Mas Caio apareceu e deu uma surra neles me salvando.

- Caio? - Ela perguntou.

- Sim. Eu devo minha vida à ele. - Eu disse.

- Eles te machucaram amiga? - Ela disse ainda com os olhos arregalados.

- Um deles estava com um canivete e acabou me ferindo aqui na coxa.

- Encontraram dois garotos desacordados lá atrás. Eu achei que estavam bêbados e nem liguei, mas hoje de manhã eles ja haviam sumido.

- Você os conhece Sara?

- Conheço de vista. Mas não foi eu que os convidei. Deve ter sido convidados por terceiros. Você pretende ir na polícia?

- Não Sara! Não posso. Eu sou de menor. E meu pai descobriria da sua festa.

- É verdade. Eu estaria encrencada. Por quê meus pais também descobriram. Mas o que você pretende fazer?

- Não vou fazer nada. - Eu disse.

- Estou me sentindo culpada por isso que aconteceu com você. - Ela disse abaixando a cabeça.

- Não se sinta! Você não tem culpa de nada.

- E Caio? - Ela perguntou.

Eu não podia dizer a verdade. Que Caio era um demônio e que eu estava perdidamente apaixonada por ele. E que não podíamos ficar juntos por que eu era um anjo ou tinha sido um anjo que ele deveria matar.

- Eu não sei.... - Eu respondi.

- Como não sabe amiga? Ele te salvou e depois simplesmente foi embora?

- Sim... foi isso. - Eu disse.

- Se eu fosse você ja teria agarrado esse lindo. - Ela disse sorrindo.

Entre anjos e demônios Onde histórias criam vida. Descubra agora