Entre anjos e demônios

Capítulo 20 - O medo da verdade

Eu estava naquele mesmo lugar de antes, até que Caio, Sam e Dâmia chegaram.
Todos os anjos ficaram agitados querendo saber tudo que havia acontecido.

Então Dâmia foi direto falar com Deus. E todos a seguiram.

Chegando lá ela se ajoelhou.

- Senhor Deus, Lúcifer está disposto a fazer o mal para sempre, e está disposto a ganhar essa guerra. A essa altura ele está sabendo que eu escapei, e com certeza vai querer me matar. Ele quis me influenciar a ir para o lado dele. Mas eu nunca vou fazer isso.

- Você se arriscou muito indo até lá. Você sabe que não está segura. Lúcifer não gosta de ser afrontando. Mas eu gostei de ver sua coragem. - Disse Deus.

- Eu não tenho medo dele. - Ela disse se levantando.

- Eu sei, mais não quero perder mas um de meus arcanjos. Vou te mandar para um lugar.

- Aonde senhor? Posso saber.

Você viverá como uma humana. Entre os humanos da terra.

- Mas como farei isso Senhor?

- Você vai nascer em um corpo humano, crescer, e quando for a hora certa, eu te trago de volta.

- Eu vou obedecê-lo senhor. Mesmo achando que não precisa.- Ela disse.

- Você vai se chamar Tayssa Connor. - Ele disse, e quando meu nome saiu de voz, meu coração errou uma batida. E eu voltei para onde estava.

Abri os olhos e empurrei Caio da minha frente.

- O que é isso? Me explica por que eu não entendi.

- Foi o que você viu.

- Você quer dizer que aquela anjo, veio pra terra e nasceu em mim?

- Digamos que sim!

- Não, impossível. Essa história é absurda. Eu não sei como você fez isso. Você deve ser algum tipo de macumbeiro sei lá.

- Você é Dâmia. E tem vários demônios te procurando por aí sabia. - Ele disse.

- Digamos que isso seja verdade. Na visão você era um anjo. Mas você me disse que é um demônio, por que?

- Por quê eu quis servir à Satã. Depois que você desceu a terra, os outros viraram demônio vieram me procurar. Eles queriam que eu os ajudasse a capturar você de volta e disseram que aquele que levasse você até ele, iria ser nomeado Príncipe do inferno.
Eu disse que os ajudaria, mas disse que não sabia onde você estava. Então a Dezessete anos eu te procuro aqui na terra.
E agora finalmente te achei.

Eu engoli a seco. Meu coração disparou.

- E como você pode ter certeza se eu sou a garota certa?

- Você tem uma marca nas costas. Em forma de V.

- Minha marca de nascença... - Eu disse.

- Essa era onde ficavam suas asas.

- Asas?... - Eu disse. Ainda meio confusa.

- Então quer dizer que agora você vai me sequestrar e me levar para o...inferno? - Eu perguntei.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e falou:

- Esse era o meu objetivo. Mas agora eu estou aqui com você nesse quarto. Eu podia fazer qualquer coisa com você. Mas eu não vou fazer, fique tranquila.

- Toda essa história é maluca. Eu não posso ter sido um anjo ma vida passada. Isso é impossível. Eu quero ir pra casa.

- Eu te levo. - Ele disse.

- Você acabou de dizer que sua intenção era me matar... E quer que eu vá com você?

- Eu já disse que eu não vou te matar. Se eu quisesse te matar ja teria feito. Tenha certeza que estará mais segura estando comigo do quê andando sozinha por aí com Castiel te procurando.

Eu engoli à seco. Ele tinha razão.

- Tudo bem. Mas onde você acha que vamos achar um táxi por aqui?

- Algo me diz que meu carro ja está funcionando. - Ele disse.

An? Ele so podia estar brincando. Será que ele tinha mentido sobre que o carro deu problema.
Eu fiquei em silêncio.

- Vire de costa. - Ele disse.

- O quê?

- Eu vou me vestir. Mas se você quiser ficar olhando, é você que sabe. - Ele disse sorrindo.
Eu torci os lábios e me virei. Eu tinha certeza que estava vermelha de vergonha. Odiava ficar assim, era quase impossível disfarcar.

- Vamos. - Ele disse indo para a porta. E eu o segui.

Saímos do quarto e deixou a chave em cima do balcão. Por quê não havia ninguém.

Saímos de lá e ainda estava chovendo. E quando chegamos no carro, entramos e ele ligou o carro, que estava funcionando normalmente.

- Você mentiu... - Eu disse.

- É o que você acha?

- Sim eu acho.

Ele ficou em silêncio e dirigiu o carro.
Se ele mentiu sobre o problema no carro é porque estava com intenções de me levar aquele lugar, pra ficar sozinho comigo. Ele queria mesmo me matar.
E isso fazia meu coração estremecer.

Chegamos na frente da minha casa. E antes de descer eu perguntei:

- Por quê você não me matou?

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, e logo falou:

- O melhor que você faz é sair desse carro e nunca mais me procurar. - Ele disse num tom mais sério.

Eu engoli à seco.
Sim, eu sentia medo dele. E sim eu estava atraída por ele.
Mas meu coração ficou inquieto, talvez não fosse isso que eu queria.
E se ele fosse quem realmente dizia ser? Um demônio.
Tudo isso fazia minha cabeça pirar.

Então eu saí do carro, e fechei a porta atrás de mim.
Meu coração estava doendo. É um sentimento que nem eu sabia explicar. Um sentimento que chega a ser assustador.

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Este capítulo foi um pouco curto. Mas logo logo postarei o próximo. Que será narrado por Caio. Aguardem!

Nay.