Doppelgangers

31 1 0
                                    

- O que ela quis dizer com duas doppelgangers? - Perguntei ao Peter.

- Não é nada Dar. É só porque vocês duas conseguiram encostar na tulipa e não morreram. Só por isso. - Ele respondeu.

- Acho que não. Deve ter alguma outra coisa. - Disse olhando os Grimórios. - Será que tem alguma coisa falando nas outras páginas do diário que nós não traduzimos? - Perguntei.

- Eu não sei. Porque não traduziram? - Perguntou Peter.

- Sei la. Estávamos com preguiça. Latim é muito estranho. - Respondi rindo.

- Então você vai adorar o que eu posso fazer! - Ele disse sentando-se na mesa e pegando as folhas do diário.

Peter começou a falar algumas palavras em outra língua, que eu acredito que seja Latim, enquanto as letras das páginas saltavam para fora das folhas e formavam outras palavras totalmente diferentes. Quando ele acabou de falar eu olhei para o que estava escrito.

- Você traduziu instantaneamente? - Indaguei surpresa.

- Sim. Legal né? - Ele Perguntou.

- Muito. Nem precisa estudar mais para as provas de francês! - Disse rindo. - Por falar em  provas, tem quanto tempo que nós não vamos a escola?

- Não sei. Com esse tanto de coisa acontecendo isso nem se passa pela minha cabeça. - Peter disse preocupado.

Após lermos as páginas do diário ligamos para nossos amigos. Precisávamos marcar uma reunião urgente!

- Ja que esta todo mundo aqui, podem explicar por que nos chamaram as duas da manhã para virmos a essa caverna ? - Perguntou Stefan

- Ah, cala a boca. Você que quis fazer parte do nosso grupo então não reclama. - Disse Steph zangada.

- Gente. Todos nós somos doppelgangers. - Eu disse cortando os dois.

Todos ficaram calados por um tempo, ate que Karl decidiu falar.

- Peraí, o que? Ah, você deve estar zoando né ? - Ele disse. - De onde você tirou essa bobagem!?

- As paginas do diário. Falam de 4 amigos com quem a antiga Darfany, que casou com Damon, andava. Eles eram sobrenaturais. E falava do seu amante, que era humano. - Eu disse calmamente. - As melhores amigas: Stephany Victória Gomez, a sensitiva. Sophie Emanuelle, a vampira. Os melhores amigos: Karl Heinz, o lobisomem. Peter Griffin, o feiticeiro. E seu amante: Stefan Gomez, o humano.

Eles ficaram sem reação. Eu também fiquei quando li o diário. Mas eles não acreditavam em mim. Eu sentia isso. Olhei para o Peter apavorada, ele consentiu com a cabeça e me deu um sorriso, dizendo:

- É verdade gente. Ela não está mentindo e não é a primeira vez que eu leio isso. Só não queria admitir fazer parte disso também. Mas nós temos que ajuda-la. Ela é nossa amiga. Além do que a Darfany não está sozinha nessa. Eles vão vir atrás de nós também!

A aparência dos meus amigos foram melhorando. Eles pareciam acreditar na história agora. Pelo menos isso eu havia conseguido. Eles acreditaram na verdade.

- Nas outras páginas dizia também que para Damon vir para o mundo real ele precisa do sangue de todos os doppelgangers sobrenaturais, mas ele virá fraco e então terá que se alimentar do doppelganger humano, até a última gota de sangue. Se o Doppelganger humano não existir ele vai ser páreo para nós. Vamos conseguir matá-lo. É nossa única chance. - Disse o Peter. - O Stefan ja vai estar morto mesmo, ele vai se sacrificar para matar o Original, então está tudo resolvido.

Nós nos abraçamos. Não queríamos que fosse assim, mas tinha que ser. Não tinha outro jeito. No outro dia nós iríamos nos preparar para matar o Elijah. E depois para matar o Original. E por fim, o Damon.

Cada um foi para sua casa. Mas eu e o Peter ficamos na caverna conversando mais um pouco.

- Peter, eu sei que  você tem um plano. Sei que não deixaria o Stefan se arriscar a toa. Me conta. - Eu disse quando todos ja haviam saído.

- Ok, mas não conta para ninguém. Eu vou fazer um feitiço nele antes, que se ele morrer naquele dia ele voltará daqui a 500 anos. - Ele disse.

- Mas ele é um Doppelganger, a cada 100 anos ele volta a vida. Ou não? - Perguntei.

- Se ele for morto pelo sacrifício de matar um imortal ele não volta. - Ele respondeu.

- Entendi. Pode continuar.

- Então, eu pensei que como nós somos imortais 500 anos não vão demorar muito. Podemos sair da cidade, nos divertir. E daqui 500 anos nós voltamos. Ele vai voltar com todos os sentimentos, sem saber que nós somos seres sobrenaturais. Ele não vai nascer e crescer igual um bebê. Ele vai simplesmente aparecer do nada em algum lugar daqui de Salém. E eu acho que a primeira pessoa que ele vai procurar é você. - Peter disse.

Fiquei pensando em seu plano. Parecia ter boas bases, mas precisava ser executado direito.

- 500 anos? Não acha muito não? - Perguntei aflita.

- Você esta com medo de que ele não volte certo? - Ele perguntou.

- Não é isso Peter. Eu confio em você. Mas se eu morrer antes? Sei lá, vai que surge algum feiticeiro que saiba algum jeito de me matar e ele me mate? - Eu disse.

- Nós vamos nos proteger Darfany. Estamos aqui para isso. - Ele disse me abraçando enquanto as lágrimas escorriam pelos meus olhos castanhos. 

Lágrimas De Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora