Lágrimas De Sangue

Stefan

Stefan é o irmão adotado da Stephany. A mãe dele morreu no parto, e não tinha nenhum documento dos avós e nem do pai biológico. Como o pai da Steph ia lá doar sangue periodicamente, ele acabou adotando o bebê.
É estranho falar bebê quando ele tem agora 19 anos de idade.
- Posso assistir o filme com vocês? - Ele perguntou se sentando ao meu lado. - Acho que a gótica aqui precisa de companhia.
- Eu não sou gótica - Olhei para ele rindo e dei um leve empurrão no seu ombro. Tentei dar um leve, bem leve mesmo, pois sabia da minha super força e não queria machuca-lo .
Cara, eu juro que no filme inteiro os casais conseguiram dar mais de 50 beijos cada um. Pelo amor, nunca vi tanto grude. Mas apesar disso, foi bom não ter que ficar de vela sozinha. - Não rolou nada entre mim e o Stefan se é o que vocês estão pensando, mas não foi por falta de vontade minha! - Falei quando os meninos saíram do quarto. - Nós só estávamos assistindo o filme, coisa que vocês não fizeram nem por um segundo.
Começamos a rir, e eu liguei para a minha mãe para avisar que dormiria ali aquela noite, e que de manhã cedo eu pegaria meus materiais escolares lá.
- Sophie... - Disse baixinho não querendo acordar a Steph que já estava dormindo. - Eu estou com fome. E agora?
- Dar..se controla. Você acabou de comer. - Sophie respondeu preocupada com o que eu poderia fazer naquela situação.
- Bom, eu trouxe hambúrguer, se vocês quiserem. - Disse Stefan entrando no quarto com aquele sorriso lindo e sedutor dele.
Eu e a Sophie nos entreolhamos e aceitamos a comida, pelo visto o galã de novela não sabia da nossa experiência com os vampiros.
No outro dia eu e Sophie acordamos e fomos lá para minha casa trocar de roupa e pegar o material. Deixamos um bilhete para a Steph falando que estávamos com fome e que não queríamos machucar ninguém.
Quando estávamos na porta da casa dela alguém pegou meu braço e me virou. Eu conhecia aqueles olhos cor de avelã. Ele estava com a boca entreaberta e, depois de alguns segundos palavras começaram a fluir da sua boca.
- Como assim, machucar alguém? - Ele disse.
Sinceramente as pessoas tem que parar de me tirar do tranze de olhar para o Stefan dessa forma. Eu me assusto quando elas começam a falar.
- Ah, Stefan. - Respondi olhando o papel que estava em suas mãos. Era o bilhete que eu havia deixado para a Steph.
- Heim? Vocês, machucam as pessoas quando estão com fome? - Ele perguntou olhando nos meus olhos.
- Não é que isso é um código de amigas, que nos não podemos te falar porque como eu disse é de amigas. - Disse Sophie me salvando da encrenca que tínhamos arranjado.
- Hmm, então, passeio depois da escola Darfany? - Stefan falou olhando para mim.
- Claro. Me pega lá na escola. - Eu Respondi sorrindo e indo para minha casa.
No caminho de volta Sophie não parou de falar, eu queria muito ter o poder de ficar surda, mas como eu não tinha, eu teria que ficar ouvindo aquelas baboseiras que saiam da boca da minha melhor amiga.
- Aí que fofo. Será onde que ele vai te levar? Poderia ser em um passeio no lago municipal, ou então lá no parque. Imagina um piquenique. Cara, eu shippo muito DarFan ou seria Stedar? Eu prefiro Stedar. - Sophie não parava de falar.
- E eu prefiro que você não encha a cabeça dele com essas coisas, ok? - Respondi meio rude. - Sophie nós só vamos sair. Não vai ser nada espetacular. Eu vou ter acabado de sair da escola, vou estar com mochila, não vai ser nada romântico. Aposto que ele quer saber de alguma menina ou sobre o namoro da Steph com o Peter. Ele sempre foi assim.
- Aé. Verdade. Eu lembro quando você era apaixonada por ele, mas ele só queria saber de pegar todas né?! Ele te ligava, marcava encontro e lá ele te pedia um número de alguma amiga sua, ate pagava a comida e a bebida, mas sempre no final ele falava: "Você é uma ótima amiga Dar", te dava um beijo no rosto e te deixava em casa. - Sophie disse me deixando espantada.
- Como você sabe disso tudo? - Eu perguntei parando-a no meio da rua.
- Somos melhores amigas, esqueceu?? Eu sei de tudo da sua vida. -Ela disse - Aliás, vamos apressar o passo porque eu já estou no ponto de voar no pescoço daquele senhor que está passando do outro lado da rua.
Nós então fomos rápido para minha casa, eu troquei de roupa e nós "comemos". Peguei meu material e nós fomos para a escola, não fui muito diferente do normal, mas estava levando maquiagem e perfume, coisa que eu pensei que nunca estaria na minha mochila escolar.