1. Natalie

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Estou neste momento no avião a caminho da minha nova "casa".

 É hoje que vou para a minha nova faculdade: um novo começo, pessoas que não conheço, tudo é novo... Estou um pouco ansiosa com a nova aventura. Até, talvez, possa partilhar o quarto com alguém e nos tornemos amigos! Ou arranjar um namorado? Ou tornar-me a melhor aluna de todas, quem sabe, a mais popular?

 Sou a única que está acordada, pelo menos na minha fila, e ao meu lado vai a minha irmã mais nova, Mary Ann, a dormir que nem uma pedra depois de me moer o juízo. Depois, atrás de nós, a minha mãe, Natasha, e ao seu lado o meu pai, Michael, vêm também a dormir.

Como eu dizia, vou para uma Universidade e acho que vai correr tudo bem, talvez até haja rapazes giros e raparigas interessantes.

Três horas depois estou em Nova York, e em estado de felicidade infinita. A minha irmã está louca com a quantidade de lojas, e os meus pais a fazer uma avaliação ao pormenor da cidade (para variar).

Ao chegar ao portão principal eu quase desmaiava com o tamanho dos edifícios. É tudo tão lindo e grande e moderno.

Encaminhava-me à recepção para saber o quarto que me atribuíram e para ver o meu horário,  ainda não sabendo se os quartos são partilhados ou não, mas prestes a descobrir.

Estávamos a chegar a recepção quando eu ouvi um pensamento mais alto da minha irmã ao passar um rapaz, provavelmente um futuro colega meu:

—Bem, aqui tem cada borracho! Quando for a minha vez venho para aqui de certeza...

Eu queria rir, mas achei indelicado da parte dela, então sussurrei:

— Calma lá maninha, tu ainda tens algum tempo pela frente, mas se puder eu dou-te o número dele...

Eu adoro a minha irmã, sempre nos demos muito bem.

Vou para o meu quarto e quando chego encontro-o numa desarrumação total. Quase me passei.

— Mas o que é que se passou aqui?!—Reagi, pasmada com tal aspeto.

Vou até a minha cama pousar as minhas malas e quando vejo aparece uma rapariga ao meu lado, de repente.

— Olá colega, sou a Tyana Miller, e vou ser a tua companheira de quarto. Por acaso és arrumadinha?

— Sim por acaso até sou. Natalie Richmond, prazer.

— Ainda bem, menos uma tarefa para mim!— Pensa ela em voz alta, talvez julgando que não me chegou aos ouvidos.— Prazer, então trouxeste a família toda, hum...

— Sim, a minha irmã, Mary Ann, e os meus pais, Natasha e Michael.— digo apresentando os meus acompanhantes.

— Prazer em conhecê-los a todos— despachou ela, com um sorriso simpático .— Olha para as horas! Tenho de sair, até já, Natalie. Foi bom conhecer-te!

— Até já...— balbuciei, tentando perceber o que acabou de se passar.

Voltei para a minha cama e comecei a arrumar o meu lado do quarto.

Uma hora mais tarde acabámos de arrumar a minha parte e eu também dei um jeitinho na parte de Tyana.

Vejo as horas e apercebo-me que este era o momento que temia: o de me despedir dos meus pais. Quase rastejo para perto deles e tristemente começamos as inevitáveis despedidas.

— Porta-te bem, filha, no final do ano quero-te com boas notas — despede-se a minha mãe.

— Sim, mãe, não te preocupes...

— Ouve a tua mãe, amor, e nada de rapazes. São uma distração!— Afirma o meu pai, como sempre super protetor, mas eu sei que ele só quer o melhor para mim... Oh, sou tão menina do papá...

— Sim pai, vou ter muitas saudades vossas. — prometo, quase desabando em lágrimas.

— Nós também, minha querida.

No final vou ter com a minha irmã, a minha best-pequena, e abraço-a fortemente, pedindo-lhe para ter juízo e me ligar todos os dias a dar notícias.

Depois daquela tarde tão cansativa só me apetecia dormir, então fui ao meu armário, tirei o meu pijama, vesti-o e deitei-me pronta a descansar até ao dia seguinte.

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