7. Natalie

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Acordei com o som irritante do despertador, mas não que fosse muito difícil de me acordar, esta noite não consegui dormir praticamente nada, para variar, graças à minha querida companheira de quarto e os seus companheiros irritantes e barulhentos.

Definitivamente, aquele não era o meu dia, mas decidi levantar-me e ir tomar o pequeno-almoço.

Acordei mais cedo que Tyana (o que também não foi difícil, depois do desporto noturno, se ela estivesse inteira, devia estar ferrada a dormir) e sentei-me no sofá da sala a ver TV enquanto comia os meus cereais.

Passados nem quinze minutos, ela vem para a sala com um sorriso na cara.

—Bom dia, hoje decidiste madrugar, foi? —pergunta-me com o maior ar inocente que podia.

—Aparentemente, não consegui dormir...— rosno com o meu maior ar birrento, e sim, confesso que hoje estou rabugenta com todas as letras da palavra, afinal, tentem ficar uma noite inteira em que só dormem uma hora ou duas e fiquem bem-dispostos de manhã, NÃO DÁ.

—Ui, estou a ver que acordamos com os pés de fora, hm.

—Parece...? Pelo menos sabes o nome da criatura que não me deixou dormir ontem à noite?

—Tom, acho eu, ou seria John... sim acho que é John! – ela sorri, acenando com a cabeça, como se tivesse toda a certeza.

—Mais uma vez ficarei sem saber o nome. Também não importa. Vou-me vestir, hoje apetece-me sair mais cedo.

Fui para o quarto, tentando evitar contacto visual com o invasor, e encontrei no closet um vestido florido em tons de azul, que comprámos na nossa saída de miúdas, não muito curto nem muito comprido, com uma abertura nas costas. Perfeito. Calço uns sapatos brancos e ponho a minha mochila, também branca, às costas.

—Até logo! —Grito a Tyana, para a notificar que estava a sair.

Cheguei à faculdade em poucos minutos.

Ao entrar vejo Daphne ao fundo do corredor. Decido ir lá e dizer olá.

—Bom dia, Daphne! — Cumprimento, tentando fazer o meu melhor sorriso.

—Ooooh, uma zombie— sorriu ela, como se visse um bichinho engraçado. — Por essas olheiras, estou a ver que não conseguiste pregar olho ontem à noite.

—Oh, já sabes como é a Tyana.... Hoje era um tal de John ou Tom, não percebi bem...

—Bom, pelo menos, vejo que gostaste do vestido que te arranjei.

— E tu do top que eu encontrei para ti! – notei, sorrindo, agora de verdade. Acho que passar algum tempo com a Daphne me põe um pouco mais bem-disposta.

Ficamos na conversa as duas, até que ouço o meu telemóvel tocar. Vejo que é uma mensagem de um número desconhecido.

—Quem é? —pergunta-me Daphne, com um ar muito curioso.

—Não sei, é numero desconhecido... - afirmo, com estranheza, tentando reconhecê-lo sem sucesso. — Achas que devo abrir?

—Abre, agora fiquei curiosa...

Abri a mensagem.

«Bom dia,

Provavelmente, deves estar a pensar quem te enviou isto...

..., mas não te vou dizer. Apenas te digo que gostaria que o teu dia te corresse muito bem. És linda e para mim, única.

Beijos, R

—Que lindo! — Comenta Daphne, ao meu lado.

É muito bonita, a mensagem...

—Realmente, é bonita... — concordo, sem saber realmente a reação certa a ter. —Mas não vou responder. Não faço ideia de quem seja. Além disso, se ele quer dizer coisas bonitas, que me venha aqui dizer. — Declarei, com uma parte de mim a pensar que deveria realmente responder, mas eu não sei quem é. Além disso, se fosse eu, diria na cara, certo?

—Calma, Nat, estás mesmo rabugenta!

—Pois bem, vou para as aulas, está quase a tocar... vejo-te logo?

—Sim, pode ser, na cafetaria ao almoço. Até logo.

À hora de almoço, estava já na cafetaria com a Daphne e a Tyana, que decidiu juntar-se a nós.

De repente, ouço alguém a chamar o meu nome, e vejo que era Tyana.

—Miúda, ouviste alguma coisa do que eu disse?

—Sabes, ela deve estar assim um pouco na lua, hoje... é que, para além de não ter dormido, recebeu um SMS anónimo todo romântico... — Conta a Daphne, com um sorriso conspiratório de orelha a orelha.

—Não é anónimo. Assinou como "R.", mas de qualquer maneira eu não estou na lua, estou aqui e apenas cansada. Felizmente já não há mais aulas hoje...

As duas matracas continuaram na galhofa.

Passado um pouco, levantámo-nos e fomos andando para casa.

Assim que cheguei, adiantei um pouco os trabalhos e fui-me deitar. Já não aguentava mais, mas mesmo antes de adormecer outra mensagem chegou.

 Já não aguentava mais, mas mesmo antes de adormecer outra mensagem chegou

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«Reparei que estavas bastante cansada hoje... Espero que ao menos tenha sido um dia agradável, para ti. Desejo-te uma boa noite.

Penso em ti.

Beijos, R

Mas quem será que me manda isto...?

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