Os Doces Textos De Uma Doce Iludida

A eternindade já foi nossa um dia

A eternidade foi nossa durante uma vida inteira, mas e hoje? Hoje mal nos comprimentamos ao nos cruzar, é como se nunca tivéssemos nos conhecidos, somos meros estranhos perante a todos. Somos claramente os piores tipo de estranhos: aqueles que viveram uma paixão avassaladora um dia, aqueles que já se amaram loucamente.

Nos tornamos desconhecidos, há pouco mais de seis meses e, até a presente data, costumam aparecer pessoas para me questionar sobre nós, sobre você, sobre o porquê, sobre como, sobre tudo. No começo quando ainda existia paciência em mim, eu explicava com calma e riqueza de detalhes do porquê não demos certo juntos, o porquê optamos por diferentes escolhas, outros caminhos.

Depois, já esgotada pelo assunto respondia curta e grossa que não namorávamos mais e não mantínhamos contato, simples assim.

Mas hoje em dia, respiro e ignoro, meu silêncio já é suficientemente capaz de responder.

Seria ignorância de minha parte dizer que tudo não valeu a pena, mas também seria uma extrema ignorância te agradecer. Talvez em nossa inocência sobre as coisas e sentimentos era uma escolha certa e boa ao resolvermos ficar juntos, mas certamente nos separarmos foi uma decisão muito melhor.

Mas, também não podemos negar que tivemos nossos momentos bons, mas estes não foram suficientes para fazer valer todas as dores de cabeça, todos os momentos de estresse.

Eu realmente espero que você tenha encontrado alguém que ria de suas piadas sem graça, que se preocupe muito mais com status, alguém que se preocupe com a maneira que ora sair de casa -até porque sair de calça jeans e moletom, sem nenhuma maquiagem, não é coisa de menina- espero que você encontre a menina que tanto procura.

Enquanto isso sigo procurando alguém que prefira assistir supernatural ou game of trhones ao invés de passar a noite em baladas, alguém que prefira ler um livro do que sair com os amigos, alguém que goste de mim da maneira que sou, alguém que não tenha a necessidade de me exibir como um troféu por aí, alguém que desperte o que há de melhor em mim, alguém que me passa sentir mulher e linda da maneira que eu sou, não se importando com meus defeitos nem com minha crises absurdas de riso, alguém que me ame.

No mais, até o próximo encontro, e talvez quem sabe no próximo seremos capazes de dar um aperto de mão. Até lá, adeus.