Alguns amores me assustam. Os amores modernos de hoje, esses amores de status, frágeis, superficiais.
Somos a geração das selfies, do mimimi, da ostentação como o principal de tudo, do "promova o desapego". A geração do egocentrismo cego. O amor verdadeiro fez suas mãos, e se foi embora, acredito que essa foi uma das escolhas mais inteligentes, em um mundo onde tanta mediocridade nos assombra, sua escolha foi sábia.
A verdade é que nos relações são meramente descartáveis, se por um dia o amor é tanto que chega a sufocar, no outro não passa de um ódio barato, um desprezo momentâneo, que surge no exato momento em que o tesão termina e dá início à um pequena mágoa.
A verdade é que vivemos relações descartáveis. E se num dia o amor parece transbordar pelos poros, converte-se, vertiginosamente, em ódio ou desprezo, no momento em que a atração termina ou surge uma mínima mágoa.
A partir do momento em que o amor deixa de ser conveniente, ele acaba, simples assim. mas, o pior dentre tudo isso é a falta de humanidades que alguns tem no término de um relacionamento. Não querem que o outro seja feliz em outros braços, não querem que o outro encontre novos sorrisos, querem ver o outro se rastejando aos seus pés chorando até não conseguir mais de saudade, não expressando o mínimo que se sentimento por aquele que um dia já amou. O egocentrismo nos mostra claramente que se o outro conseguir superar o fim do relacionamento devemos nos sentir um lixo. que desejar felicidade ao outro é idiotice, ele prega que devemos mostar que não nos importamos com nosso ex, que devemos demostrar felicidade, soberania sobre os demais e principalmente desapego.
Nessa onda de modernidade que vivemos, é sempre bom relembrar que não são os amores passageiros que me assustam, até por que cada um tem por si só o direito de trocar de parceiro da mesma maneira que troca de roupa, se isto lhe fizer feliz. O que me assusta nisso tudo é a rapidez que as pessoas convertem o que um dia foi amor em ódio . É a rapidez em que "relacionamentos sérios" de Facebook são mudados repentinamente, em que fotos amorosas são substituídas por indiretas grotescas e ridículas.
O meu temor é que a geração do egocentrismo não saiba amar além de si próprio, temo que o "querer o bem", tenha si perdido em meio as obscuridades que nos assombram.
Temo também que ninguém mais consiga elevar seu espírito de tal modo em que o desapego não passará de uma consequência de tudo.Eu creio que um dia seremos suficientemente nobres para querer a felicidade do outra sem precisarmos esfregar s nossa felicidade em sua cara. Que cada um compreenda que estar bem consigo mesmo é o mais importante perante tudo, e que querer ver a desgraça de alguém que um dia já nos fez feliz, não pode ser considerado uma atitude adulta, nem tão pouco madura. E que amarmos alguém que um dia infelizmente já nos fez sofrer, não significa que somos fracos, significa que somos fortes o suficiente para passar por cima de tudo e saber perdoar.
E que um dia todos nós sejamos capazes de perceber um dia, que o amor verdadeiro ele não deixará de existir, apenas mudará sua forma.
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Os Doces Textos De Uma Doce Iludida
RomansaUm livro cheio de textos como tanto outros por aí, cada capítulo é uma história, um texto, um contexto diferente, sobre sentimentos, emoções sobre a vida.