Capítulo 17 - Acabou tudo entre nós

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Nota da autora: Oi, meus amores. Espero que estejam gostando da história. Em breve ela estará disponível na íntegra na Amazon.com. Me siga para ficar informado sobre as novidades. Ah! E não se esqueça de clicar na estrelinha para me ajudar na divulgação. 

Obrigada por chegar até aqui. 

 Beijos no coração!! 

Lya

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Quando acordei, o sol já atravessava a janela e senti o cérebro martelar contra o crânio. Meus olhos doíam, minha boca estava muito seca e com um gosto horrível de cabo de guarda-chuva.

Olhei para o relógio: eram sete e dez da manhã. Precisava de um analgésico que me tirasse todas as dores do meu corpo. Precisava de vida. Talvez se eu fechasse os olhos e fingisse que tudo estava bem, conseguisse voltar a viver...

Fechei os olhos e me lembrei de Lúcia me traindo com Yuri. O abraço caloroso, o beijo ardente, o sorriso maroto que eu tanto gostava de ver. Abri os olhos.

Porra! Não queria pensar mais nela.

Eu precisava de um banho.

Levantei cambaleante e dei uma olhada no quarto. Tinha um vestido de mulher no chão. Mas... Será que...

Ouvi a descarga do banheiro e a porta se abriu.

− Isadora? O que está fazendo aqui? – ela vestia apenas calcinha e top.

− Bom dia, Thomas – ela disse, sorrindo. – Eu fiz café.

− Obrigado – pensei em ir para a cozinha para tomar o café dela, mas então, comecei a me sentir ansioso por não saber como Isadora havia aparecido no meu apartamento. E ainda, se nós dois fizemos algo além de dormir juntos, afinal ela estava seminua.

− Olha só para você, doido para me perguntar como vim parar aqui, mas não consegue – Isadora brincou, colocando o vestido que estava jogado no chão do quarto. Cocei a testa e a encarei. – Não, Thomas, nós não transamos. E foi você quem me ligou para buscá-lo na boate. Eu te trouxe para cá e dormi na sala com uma camiseta sua. Não quis ir embora com medo de você passar mal.

Encolhi os ombros.

− Obrigado.

Me sentia um imbecil por ter envolvido Isadora na minha bebedeira. Cacete, ela era a minha ex namorada. Minha ex que agora eu não sabia nem como me explicar o motivo que me levou a beber tanto. Onde eu estava com a cabeça quando liguei para ela? Claro que foi muito bacana da sua parte ter me trazido para casa, ainda mais bêbado do jeito que eu estava não chegaria inteiro nunca. Mas, eu não tinha que ter ligado.

− Você deveria parar de beber, Thomas. Isso vai acabar com o seu fígado.

− Vou me lembrar disso da próxima vez.

Ela revirou os olhos.

Fui para o banheiro. Escovei os dentes e voltei para a cozinha. O cheiro do café estava ótimo. Coloquei um pouco na xícara e o gosto amargo me fez sentir um pouco melhor. Minha cabeça estava latejando, e eu me sentia irritado comigo mesmo por estar fora do controle da situação. Ouvi a campainha, mas antes que eu pudesse ir para a porta, Isadora se adiantou.

− Bom dia – droga! Era Lúcia.

− Bom dia – Isadora deu uma olhada para mim na cozinha. Fui para a sala e só então percebi que vestia apenas a cueca.

Merda. Merda. Merda.

Lúcia arregalou os olhos.

− Acho que eu não vim em uma boa hora.

Isadora sorriu e fez um breve aceno para Lúcia.

− Sou Isadora, amiga do Tomas. Eu já estava de saída – então ela olhou para mim. – Você me liga depois?

− Eu ligo – disse.

− Espera – Lúcia disse. – Você dormiu aqui?

Tentei olhar nos olhos dela, mas Lúcia continuava virada para Isadora, que respondeu:

− Sim. Mas, só porque ele estava muito bêbado. Fiquei com medo que passasse mal. Aliás, você é a Lúcia?

− Sou.

− Fez um belo estrago no meu amigo aí. – Isadora olhou para Lúcia e depois para mim. – Foi um prazer. A gente se fala, Thomas.

Lúcia entrou no apartamento.

− O que aconteceu? Achei que tínhamos um encontro depois do show. Eu vim pra cá...

− Eu vi você beijar Yuri.

Seu rosto ficou tenso; percebi que ela se controlava para não chorar.

− Thomas, a gente precisa... – ela começou, mas sua voz ficou embargada. Pela primeira vez, eu não me importava com nada. O pânico por ter visto beijar Yuri ainda tomava conta de mim, e não queria outra coisa que não fosse ela longe de mim.

Eu não conseguia olhar para ela.

− Vai embora, agora.

− Não vou embora enquanto não conversarmos sobre o que aconteceu ontem à noite.

Voltei meu olhar para ela com raiva.

− Não... ontem eu vi tudo o que precisava para saber que tipo de mulher você é. Eu só não entendo por que está comigo. Quer meu dinheiro para dividir com ele?

− Nunca. Eu quero você, Thomas – ela agora chorava. – Vamos resolver tudo...

− Vá embora – eu gritei e senti minha cabeça doer ainda mais. – Eu estava disposto a tudo. Você apareceu aqui ontem com esse hematoma no rosto – apontei. – E depois me disse que queria se livrar de Yuri. Você deve achar que sou algum tipo de idiota para acreditar em qualquer coisa. – Ela arregalou os olhos. – Claro que não dá para acreditar que você é a mesma pessoa que se mostra apaixonada quando está comigo.

Percebi como fui idiota, e não conseguia falar mais nada. Fui um imbecil, muito, muito, muito imbecil em acreditar nesse relacionamento.

− Eu vou embora.

Secando as lágrimas do rosto, Lúcia olhou para mim com muita emoção e disse.

− Fique longe de mim, Thomas. Eu só te peço isso.

 

Nunca esqueça de nós doisOnde histórias criam vida. Descubra agora