34 - LOVE, SEX, MARRIAGE

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 – Vou pedir para o porteiro te ligar se Justin voltar para casa – Selena dizia enquanto nós caminhávamos para fora da casa. Benji estava em seu colo e não parava de apontar e murmurar palavras – De qualquer maneira, você vai saber e vai poder vir pra cá conversar com ele cara a cara.

– Muito obrigada mesmo, Selena – eu agradeci, encostando a mão em seu braço.

– De nada. Acredite, se eu pudesse, eu mesma conversaria com ele, mas acho que isso não seria uma boa ideia. Eu já devia ter saído dessa casa há algum tempo, mas fiquei prolongando minha estadia até ter certeza de onde ir.

– Você sabe pra onde vai?

– Vou voltar para minha casa antes de estarmos casados, coisa que devia ter feito há muito tempo.

– Se você precisar de alguma coisa, pode me chamar. Não acho que eu vou ser de grande utilidade, mas pode contar comigo.

Selena me encarou nos olhos e deu um meio sorriso.

– Sem ofensas, Emma, mas espero não te ver nunca mais.

Aquilo não era uma ofensa. Muito longe disso, era um desejo de boa sorte. Minha história e a de Selena só se cruzaram em tempos turbulentos. Se o que eu fizesse dali para frente não tivesse nada a ver com ela, isso significava que eu estava no caminho certo. O mesmo servia para ela. Nós já havíamos nos intrometido muito uma na vida da outra. O que ela mais queria agora – e eu também – ela poder viver sem ter perigo de que algo pudesse acontecer.

– Tenho certeza que não verá – respondi, sorrindo – Mas quero saber se você vai ficar bem.

– Claro que vou! – ela respondeu, dando de ombros – James já está finalizando seu divórcio e nós já decidimos que vamos esperar a poeira abaixar antes de começarmos a morar juntos. Benji vai crescer sabendo que James é seu pai e depois que eu e James nos casarmos, vou mudar o sobrenome de Benji para Franco. Quero que achem que é porque nós estamos juntos e não porque ele é o verdadeiro pai. Mas quem sabe daqui a uns vinte anos eu não acabe revelando a verdade em uma autobiografia.

Eu dei risada e assenti com a cabeça.

– Você vai ficar bem – afirmei, sabendo que aquele peso eu já podia tirar dos ombros.

– Você também, Emma. Tenho certeza disso.

Ela colocou Benji no chão e eu a abracei pela última vez. Beijei a testa de Benji e sorri para ele.

– Agora vá – disse Selena – Mandei chamar um táxi que já deve estar te esperando. Se Justin aparecer por aqui você vai ficar sabendo. Boa sorte.

– Boa sorte para você também na sua nova vida.

Voltei a fazer o mesmo caminho que fiz na chegada e encontrei o grande portão branco aberto. Acenei para o porteiro e entrei no táxi. Perguntei ao taxista onde podia encontrar um hotel bom que não fosse muito caro. Ele disse que conhecia um e nos dirigimos para lá.

O hotel em si ficava em Los Angeles, numa parte não tão valorizada da cidade. A diária era barata e o lugar não era tão feio. Meu quarto era até bem arrumadinho, com uma grande TV e uma cama de casal, o banheiro era espaçoso e a pequena cozinha tinha tudo que eu podia precisar: uma geladeira, um fogão, um micro-ondas, uma pia e uma mesa para duas pessoas.

Por mais que eu tivesse gostado do lugar, logo tive que sair para comer alguma coisa e comprar alguma roupa. Na minha pressa de ir visitar Aaron e na pressa de ir para Los Angeles nem mesmo cheguei a fazer uma mala. Só tinha comigo a minha bolsa, cartões de créditos estourados e os números do cartão da minha mãe ainda na memória. Esperava que ela não se importasse de eu usá-lo mais uma vez.

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