Eu te amo!

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Lorence e August acordaram por volta das nove horas da manhã, a primeira ação deles foi se olhar e sorrir, um sorriso com bafo, os olhos com remelas, mas um olhar e um sorriso apaixonado. Lorence colocou uma linda roupa, como estava frio ela vestiu uma meia fina branca, um vestido florido e um casaco vermelho, como August não tinha roupa vestiu a mesma roupa do outro dia.
Eles desceram as escadas de mãos dadas, ao chegar no refeitório causaram espanto. Todos ficaram de boca aberta.
- Quem é esse cara? É um bandido! Ou você sai por bem ou por mau! - Osten disse enquanto arregaçava as mangas
- August não é um bandido! Aliás tenho um anúncio a fazer!
- Lorence, ele dormiu com você?-perguntou Mary
- Antes de responder sua pergunta deixe-me dizer algo: ... Bom, eu e August estamos oficialmente namorando! E sim Mary: Ele dormiu comigo, mas nada mais que isso!
- Vocês estão NA-MO-RAN-DO?
- Sim Osten estamos, agora licença, que vamos tomar café numa padaria!
Ao saírem do refeitorio, Osten subiu correndo ao seu quarto pegou a aliança e chorou novamente, logo Mary chegou:
- Osten eu já falei mil vezes para você não chorar por ela, e ela também já disse pra você mil vezes que ela é apenas sua amiga!
- Mary... Não é tão simples assim! Você nunca sentiu a dor de amar e não ser compreendido....
- Eu já senti essa dor Osten... Na verdade ainda sinto!
- Quer dizer, que você está apaixonada?
- Sim, Osten, mas essa pessoa esta louca de amor por uma outra mulher que não o ama... - dizendo isso, Mary se retirou do quarto.

*****

August era muito fofo com Lorence, no caminho até a padaria ele comprou um buquê de flores para ela, depois de comerem, foi August quem pagou a conta. Eles saíram da padaria e decidiram andar pela cidade, do nada August beijou Lorence e perguntou:
- Você quer ir na minha casa?
- Nossa! Como assim? Do nada você faz pergunta...
- Algum problema?
- Não, nada...
- Então responde. Você quer ir na minha casa?
- Vamos então...
August pegou a mão de Lorence e foi correndo, atravessaram umas duas ruas, dobraram várias esquinas, no caminho Lorence ganhou mais uma flor... Em fim chegaram. Era uma casa com um aspecto velho janelas redondas e feita de madeira de um tom preto desgastado. A porta da frente era a única coisa branca na fachada. Por dentro, Lorence teve uma surpresa, era tudo claro, limpo e organizado e para completar, uma bolinha de pelo. Era na verdade um cachorrinho super fofo.
- Owwt, qual o nome dessa coisa fofa? - perguntou Lorence enquanto acariciava a bola de pelo
- Não sei!
- Como assim não sabe? Ele não é seu cachorro?
- Na verdade não.... Ele é nosso cachorro!
- Como assim?
- Eu o adotei para simbolizar nossa união, ele será nosso cachorro, nós cuidaremos dele juntos...
- Como um casal?
- Sim, como um casal - dizendo isso August deu um rápido beijo em Lorence
- Posso escolher o nome dele?
- Claro! Essa era ideia!
- Vai ser Bob!
- Gostei de Bob! Mas... Mudando de assunto, está com fome?
- Acabamos de voltar da padaria!
- Vou preparar o almoço!
- Ainda são dez horas! E desde quando você sabe cozinhar?
- Eu sempre adorei cozinhar e meus pratos demoram muito! Brinque com o Bob enquanto eu preparo a comida!
- Tudo bem!
Lorence decidiu perambular pela casa quando se deparou com uma espécie de altar, mas em vez de algum santo ou uma biblia tinha um porta-retratos com uma mulher super parecida com Lorence, na frente da foto tinha um livro de feitiços ou algo parecido. Ela pegou a foto e levou para August:
- Quem é ela? - indagou
- Não é ninguém! - disse assustado ao ver a foto
- August vou perguntar de novo! Quem é ela?
- Lá vamos nós - August falava enquanto pegava a mão de Lorence e sentava-a no sofa - O nome dessa moça é Camille. Faz uns 20 que eu a conheci. Minha mãe não me deixava sair de casa, mas quando completei 18 anos eu fugi e encontrei Camille. A partir daquele dia, todas as noites eu fugia para nos encontramos. Até que um dia Camille ficou grávida e minha mãe descobriu, minha mãe na verdade era uma bruxa, quando minha filha nasceu, minha mãe enfeitiçou Camille e colocou a Bebê numa cesta num rio. Ela me enfeitiçou tambem, e acha que estou morto, mas consegui sobreviver!
- Nossa... Que história!
- Eu sei... Mas agora... Me ajuda a cozinhar?
- Claro!
August colocou um avental em Lorence. Ela adorou... Depois de duas horas eles conseguiram fazer um simples macarrão. Na verdade não foi tão simples, porque August inventou de fabricar a massa do macarrão. O chão ficou cheio de farinha a bancada da pia estava com muito molho espalhado por ela... Entre outras bagunças.

*****

- Ja é 13:30 e Osten ainda não desceu para o almoço... - Mary disse a dona Clementina
- Ele não desceu porque quis! Se aquele frescurenta quer morrer de fome, a escolha é dele!
- Nossa Clementina! Ele só está triste por causa de Lorence! Acho que vou levar um prato de comida para ele!
- Minha filha - Clementina falou enquanto colocava as mãos nos ombros de Mary - Você se esforça demais por esse rapaz e ele nem percebe!
- Eu amo Osten! E vou me esforçar o quanto for necessário até ele perceber!
- Mary já te dei muitos conselhos mais cabe a você decidir o que quer pra sua vida!
- Eu quero o Osten! - ao falar isso pegou o prato de Osten e foi para o quarto dele.
- Toc Toc!
- Entra Mary!
- Era pra você falar: Quem é?
- Entra logo Mary! - Osten abriu a porta rindo enquanto secava as lágrimas.
- Osten, você estava chorando?
- Sim...
- Para de chorar por ela!
- Na verdade não era por causa de Lorence!
- Era o que então?
- Por minha causa! Eu... Eu, sou tão horrível! Lorence sempre gostou de mim, ele disse!
- Disse?
- Sim, mas como amigo...
- Ufa!
- Continuando, ela gostava de mim, como amigo, mas eu não parava de pressioná-la. Por causa disso ela se entregou aquele cara, por minha culpa!
- Osten, não se culpe pelos erros dela!

A partir daí ele voltou a chorar. De tanto chorar ele adormeceu no colo de Mary. Depois de uns quinze minutos que ele dormia, Mary teve que voltar a trabalhar e deixou a cabeça de Osten no travesseiro, ia abrindo a porta quando encontrou uma caneta em cima de um caderno, achou uma folha em branco e decidiu escrever um bilhete, para que Osten pudesse entender o que sengia.

*****

O que era pra ser um prato simples de macarrão, virou um almoço romântico com espaguete e vinho. Como toda cena de filme em que um casal divide um prato de macarrão, acorre aquela típica hora em que sem querer eles pegam o mesmo fio de macarrão e acabam se beijando. Bom, com Lorence e August aconteceu dessa mesma forma. Eles se beijaram, o clima foi esquentando, eles acabaram na cama.
- Lorence, eu te amo! - disse August quando depois de uma hora decidiu parar de beijá-la para descansar.
- Eu também te amo!
Eles ficaram trocando olhares até adormecerem.

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