Capitulo 22 (Bônus)

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Erro: Decisão, ato ou resposta incorreta.

Eu estava esperando Luna, no corredor do banheiro como fazia em todas as aulas de educação física, então Marina me disse que ela ja havia saído e avisado que estava me esperando no auditório da escola para que matassemos aquela aula pra ficarmos juntos, de inicio eu não acreditei pois ela jamais faria isso, meu celular vibrou no meu bolso e eu vi seu nome no visor perguntando onde eu estava, então acompanhei Marina rumo ao auditório, chegando lá olhei em volta e só vi Melissa, deveria ter saido dali naquele instante pois sabia da aversão de Luna com ela, e assim que ela percebeu o que eu iria fazer apertou os passos e veio de encontro comigo e me beijou, simplesmente me agarrou, tudo em mim quis empurra-la, e assim que consegui olhei pora trás dela e vi Luna com uma expressão que nunca havia visto antes, então ela correu na direção oposta a que eu estava, eu até tentei alcança-la, mas foi inútil, mesmo eu sendo capitão do time de futebol da escola, ninguém corria como ela, nem o flash era o que eu dizia toda vez que a via fazendo isso.

Pude notar que ela foi rumo a saida do estacionamento, eu tentei sair também mas nessa hora o segurança da escola me viu e me encaminhou direto para a diretoria, como se eu estivesse com cabeça para ouvir sermões da Nadia agora, ela podia até me expulsar que eu não me importaria, desde que eu pudesse explicar para Luna que tudo não passou de um equívoco, um terrível engano, eu nunca faria isso com ela, não sei porque Melissa tinha feito isso, ela sempre foi legal comigo, mesmo depois que eu comecei a namorar, nunca houve mudança no seu comportamento em relação a mim, não que eu quisesse também, jamais namoraria com alguém como ela.

Mas nada disso importava, eu não consegui me explicar a Luna, não consegui sair da escola quando devia, não consegui impedir o que havia acontecido com ela, e a culpa era toda minha, eu sabia disso, e tive certeza quando sua mãe me ligou chorando dizendo para que eu fosse imediatamente ao hospital ver a Luna, e agora seis meses depois, ainda não consigo pensar em outra coisa a não ser em tudo isso, em como eu quase perdi o amor da minha vida, por um simples engano.

Todos os dias depois da escola, eu passava no hospital para ve-la, mesmo ela não sabendo que eu estava lá, eu estava, e eu a via deitada naquela cama, pálida e com fios em todas as partes que a mantinham ali comigo, eu não consigo me perdoar por ter feito isso com ela, logo ela, tão pequena e frágil, e quando ela mais precisou que eu a protegesse, eu não estava lá, eu falhei em ser seu anjo, que era como ela me chamava.

Em uma dessas tardes eu estava la olhando para ela (que era o que eu fazia todo dia) e mesmo não sendo religioso como a minha familia que era católica, eu rezava por ela, para que ela voltasse pra mim, me desse uma segunda chance de faze-la feliz, enquanto fazia isso, segurava as mãos geladas e pequeninas dela entre os meus dedos, quando ela se mexeu, assim como ela fazia quando estavamos assistindo e ela pegava no sono, eu não pude acreditar, olhei para os equipamentos que a mantinham viva, e pude ver alteração, ouvi seus batimentos que estavam sendo observados aumentando gradativamente, e fui o mais rápido possível chamar as enfermeiras e os médicos ali presentes e no caso era sua própria mãe, e sai da sala.

-Escrito por Henrique Nunes Barreto.

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