Capitulo 15

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Aproximação: Ato de aproximar-se; Tornar-se próximo de algo ou alguém.

Eu estava lá, no corredor da escola indo rumo aquela maldita sala de detenção, que nem deveria fazer parte já que não aprontei nada, simplesmente porque aquela professora não me deu chance nenhuma de explicação.

A única parte boa foi o fato de o encontrar lá novamente, Henrique, não sei porque ficava tão presa a ele, era como se tivesse um imã que me puxasse pra ele, enquanto isso a realidade me puxava para a vida real, e fazia eu esbarrar na carteira de uma loirinha com cara de metida enquanto ela pintava as unhas de um rosa bem pink, que ficou ainda mais rosa na camiseta branca que ela usava.
Ela claro, logo já teve um surto, e começou a me insultar com algumas palavras que eu não compreendi pois estava muito ocupada sentindo o toque macio das mãos de Henrique no meu braço, que me tirou daquela confusão que eu tinha me metido, por culpa dele, pediu desculpas em meu nome a Melissa (a garota) e me conduziu pelo caminho de volta, pra fora da sala onde estavamos.
"Você mal chegou e já anda se metendo em várias confusões por aqui"-essa foi a voz da diretora Nadia falando quando voltamos, era ela quem ministrava as aulas da detenção, ao qual eu só respondi com um sorriso amarelo e uma cara um tanto envergonhada por ter me metido em mais uma encrenca, e essa na frente dela ainda.

Meu celular não parava de vibrar dentro do meu estojo, que foi onde eu o escondi quando a diretora Nadia pediu para que todos desligassem os celulares e entregassem para ela, e que só nos devolveria no fim da aula que duraria exatamente 45 minutos. Não deu tempo para eu ver quem era, provavelmenre seria Meg ou Kaori me mandando uma mensagem, porém estava redondamente enganada, quem me ligava sem parar era minha mãe, preocupadissima com o meu sumiço repentino, ao qual eu explicaria com uma linda detenção logo na primeira semana de aula... Meu curriculo escolar era perfeito na minha antiga escola, então já sabia que minha mãe ficaria decepcionada comigo quando eu a contasse, isso é, se a própria escola não fizesse esse tremendo favor para mim.

Os 45 minutos passaram voando, e sem que eu me desse conta metade dos alunos que ali estavam antes já não estavam mais, e quando finalmente sai do transe vi um bilhetinho na minha mesa, sem ter certeza que era pra mim ou não o peguei antes que alguem o visse eu me encrencasse novamente, me dirigi pra fora da classe dando um baixo e sonoro boa tarde para a diretora e me retirei daquele curto periodo de exilio escolar.

Bronca na certa, foi o que eu pensei enquanto voltava pra casa mas por incrível que pareça e eu sei que deveria ficar feliz por isso, não tomei bronca nem fiquei de castigo, quando minha mãe chegou em casa ela me olhou com o olhar cansado , conversou comigo sobre tudo que aconteceu nos últimos dias, me pediu desculpas por ter feito isso, chorou um pouco e disse que me entendia mas que eu precisava me esforçar mais então me deu um beijo disse que eu poderia chama-la se quisesse conversar e foi tomar banho, eu fiquei absorvendo tudo, mas agradeci mentalmente porque na verdade não sei o que faria se ficasse de castigo, minha vida já estava bastante ruim e se eu ficasse sem celular ou internet me suicidaria, imagina só se minha banda favorita fizesse um show de graça na minha cidade (Impossível) e eu não fosse porque estava de castigo, seria deprimente, porém a vida resolveu sorrir pra mim pelo menos dessa vez, então eu também subi para o meu quarto me joguei na cama e fiquei pensando em tudo o que havia acontecido na minha vida ultimamente.

o bilhetinho era de Henrique e dizia o seguinte:
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Para a menina que vive sempre no mundo da lua.

Não ligue para as provocações de Melissa, ela sempre foi assim. Espero que esteja tudo bem com você. Seja bem vinda a selva, se serve de consolo você já garantiu um amigo, ou quem sabe algo mais.... Beijos!
Henrique.
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