Capitulo 29

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Rotina: Caminho já conhecido ou habitualmente trilhado; Praticado constantemente.

Quando se fala em rotina logo se pensa, em uma coisa monótona e chatíssima, eu com 14 anos pensava isso.
Eu com 14 anos pensava em tanta coisa ridícula, que nem acredito quando lembro disso.
Imaginava que meu primeiro namorado seria meu primeiro amor, e que ficariamos juntos pra sempre. Que a minha vó viveria para sempre, me fazendo aquelas guloseimas que eu tanto amava, até o dia em que minha mãe me ligou para me contar que ela havia falecido, primeiro eu não acreditei mas logo Henry chegou com seu carro para me buscar e com minha mala no banco traseiro, para irmos imediatamente para onde meu avô e toda minha família estava.
Tudo foi bem triste, e até agora eu não acredito que isso realmente aconteceu.

Minha rotina não era nem um pouco calma, muito menos a de Henry. Quanto mais avançámos na nossa faculdade, menos tempo tinhamos para ficar juntos, o que era horrivel para a nossa vida de recém casados.

Crescer não é fácil, muito menos é legal. Não sei o que eu tinha na cabeça quando queria crescer logo, mas não é que eu esteja reclamando, longe de mim fazer isso. Minha vida se comparada a de outras pessoas era perfeita,  eu tinha um lindo marido que me amava, uma casa pra morar, dinheiro suficiente para ter uma vida boa. E tudo o que uma mulher deseja para ser feliz.

Mas como já disse o sofrimento é inevitável e nós não controlamos esse lance de vida e tudo mais. Sempre tem aqueles momentos que você para e pensa 'Cara, o que estou fazendo da minha vida?' .
Bom... eu como todas as pessoas também tive o meu. Teve um momento que eu estava farta de tudo, do serviço, de casa, de estar casada e tudo mais, eu já nem tinha mais tempo para o meu marido. Foi um momento de surto claro, eu via todas as garotas da minha idade irem a festinhas com os amigos enquanto eu tinha que fazer o jantar. Mas depois eu percebi o quanto era sortuda, meu marido me ajudava em tudo e ele só era um ano mais velho do que eu, nós praticamente crescemos juntos e isso foi o mais incrível, ainda havia muito a se aprender e muita barra pra passar mas eu sabia que poderia contar com ele no que precisasse então sai mais cedo do trabalho liguei para ele e pedi para que fosse para casa que eu não estava me sentindo muito bem, ele chegou exatamente 15 minutos depois de mim, eu estava no banho ele foi ver como eu estava e quando descobriu que tudo não passava de uma farsa ao invés de ficar bravo comigo, ele riu e disse que deveria ter pensado nisso antes para que passássemos mais tempo juntos.

Vejam bem, eu nunca quis me casar e formar família, mas o/a (destino, vida, Deus... seja lá o que for...) decidiu escolher isso para mim, e bem eu não pude recusar sua ordem. Então me casei, fiz faculdade, trabalhei para pagar minhas contas, me distanciei cada vez mais dos meus amigos de infância e fiz alguns colegas de serviço e faculdade, conheci pessoas do serviço de Henrique nos jantares que íamos. Ele continuava o mesmo, quieto e misterioso só que agora com um porém... Ele era meu, sempre seria. E nós dois ainda nos dávamos super bem um com o outro, juro que não sei o que acontecia mas parecíamos sempre estar em sintonia,  quando um não estava bem o outro sabia e ajudava, e fomos seguindo assim... Ops!! E vamos continuar assim, até o fim da nossa vida.

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