Capítulo 27

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Matrimônio: União conjugal e legítima, de caráter civil ou religioso, entre duas pessoas; Casamento.


O que falar? Como agir? Como não demonstrar nervosismo sendo que todos estarão com os olhares voltados para mim? Afinal, esse é meu dia, eu sou a noiva, e todos estarão atentos aos detalhes... Quando eu só quero, o que eu mais quero, é estar com ele, nesse último ano nossa vida foi uma loucura, escolher os padrinhos, escolher o salão de festas, a igreja, meu vestido, meu sapato, a floricultura, os outros padrinhos, que música tocaria, a que horas seriam, o que o buffet serviria, quem seria o buffet, quantos convites, como seria o detalhe dele, quanto nós gastariamos, onde seria a lua de mel, quanto tempo poderiamos ficar fora, e as festas que antecederiam o casamento...
CASAMENTO? Ai senhor, estou prestes a me casar, e pareço uma maluca, figurativamente falando.
Eu estaria linda, bom... era isso que todos me diziam, a última semana foi a pior do ano que se passou, todos correndo pra acertar os últimos detalhes pra que tudo fosse perfeito, como eu sabia que seria.

06/07/16

Meus padrinhos foram Eduardo e Alice, os de Henrique foram seu primo Guilherme e sua irmã Renata.
Nosso convite era branco e dourado, com alguns detalhes de flores. O buffet, foi o melhor da cidade. O salão, o maior que pudemos encontrar. A igreja, também a maior e onde a familia de Henrique frequentava desde sempre.
Meu buquê, era de rosas e outras flores azuis, que é a minha cor favorita. A decoração, estava linda, na verdade impecável.

A famosa despedida de solteiro, tinha antecedido 2 dias do grande dia que seria nosso casamento e eu não pude mais o ver, então eu estava ansiosíssima para ver Henrique.

Chegamos a igreja, eram 18:00, então eu teria que esperar mais 20 minutos dentro do carro com o meu pai, que parecia tão nervoso quanto eu, quem sabe até mais, pude notar uns fios de cabelos brancos e quando ele me flagrou observando, simplesmente riu e disse "É isso o que o tempo faz conosco, e hoje eu posso dizer que estou velho, vendo minha menininha se casar" eu ri nervosa, o tempo parecia não passar, até que consegui voltar ao mundo real e ouvi a marcha nupcial soar, depois disso só me concentrei nele, Henrique, com aquele terno escuro e sua gravata azul, me olhando nervoso, com um olhar apaixonado e suplicante, ao mesmo tempo feliz e compreensível, que só eu entendia, ele mordia os lábios e eu sabia que estava se segurando para não chorar ali mesmo, fui andando lentamente sorrindo a todos enquanto passava até chegar até ele, quando meu pai me entregou a ele, me deu um beijo na testa, um cumprimento de mão a ele. E quando nossas mãos se uniram, eu pude sentir seu nervosismo, nossas mãos tremulavam juntas, e nossos corações batiam descompassadamente unidos, como se fossem um só. Talvez realmente fossem, se não nada disso aconteceria não é?
A cerimônia correu perfeitamente bem, e eu não poderia descrever esse dia com outra palavra se não Perfeito.

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