Logo estamos na rua, passei o dia todo no quarto, não esperava pelo ar frio da noite, os pelos de meus braços estão eriçados, Dono ao lado percebe imediatamente e o ouço dizer.
- Pelo visto não sou o único que a faz se arrepiar.
- É verdade meu Dono não é o único, mas é o único que me faz arrepiar da forma mais intensa e que mais me agrada e excita.
Seus olhos brilham o sorriso que se abre em seu rosto me mostra que descobri a resposta certa, não minto para meu Dono não consigo mentir e muitas coisas me arrepiaram ontem, o frio me arrepia, a cena de uma submissa ajoelhada aos pés do seu Dono me arrepia, mas a única verdade é que apenas ele consegue me fazer arrepiar de uma forma encantadoramente alucinante.
Seus braços me envolvem para me aquecer enquanto aguardamos a chegada do carro, foram apenas segundos, mas foi eternos estar protegida em seus braços é uma sensação fantástica. Logo estou sentada ao seu lado no banco de trás do carro, passo meus braços ao redor do seu que pousa sua mão sobre minha perna, minha coxa está junto da dele. Deito minha cabeça em seu braço, fecho os olhos, aguço o meu sentido de olfato, me inebrio com seu cheiro, o perfume que aprendi a reconhecer a quilômetros de distância, agora eu sei bem como uma cadela percebe que seu Dono está chegando.
Ao pensar na palavra cadela lembro-me, nitidamente do que ele me disse. "agora estou cuidando da menina, depois vou cuidar da puta e cadela", passou o dia todo cuidando de mim e agora ao sair me presenteia, sinto que logo ele deixará a menina para se dedicar à outra que está cada vez mais assanhada dentro de mim. O carro para junto à entrada de um restaurante que não conheço, ele nunca havia me trazido antes, a porta do carro é aberta e sua mão poderosa está oferecida a mim, para me ajudar a sair do carro, para me conduzir, para me tocar, para queimar minha pele com seu calor, para me marcar com seu poder, para me dominar com sua força.
Temos uma mesa reservada, não uma mesa num canto discreta, mas estamos ao lado de uma pista de dança, ouço a música suave que envolve o ambiente, música ao vivo, musica que mesmo sem que prestemos a atenção nosso corpo dança no seu ritmo, sei disso, pois me sinto dançar ao ser conduzida pela mão de meu Dono que agora está gentilmente pousada em minha cintura, nossa mesa é uma das últimas a ser ocupada, sinto o olhar de outras pessoas acompanharem nossa chegada, ontem olhares também me acompanhavam, mas de outra forma.
Logo nossas taças são servidas, certamente ele já fez todas as escolhas de antemão, pois em nenhum momento o garçom trouxe um cardápio, simplesmente foi servindo água e um espumante que Dono estende sua taça para mim dizendo:
- À minha menina e a uma noite que terei com minha cadela.
Sei que fiquei vermelha, pois senti o calor subir pelo meu corpo, fico meio perdida, será que alguém ouviu, percebeu o que ele dizia? Mas logo me recomponho e respondo.
- Ao Dono de mim.
Mal acabo de dizer isso sinto meu corpo todo arrepiar, passo em segundo do esfoguear do calor para o arrepio do frio, sei que meus bicos me denunciam, vejo os olhos de meu Dono neles, me sinto molhar pulsar.
Ele levanta-se no momento que começa a tocar "And I Love Her" sua mão me leva para a pista ainda vazia, começamos a dançar, mais uma vez estou me sentindo no centro das atenções, desta vez não como uma peça num leilão, mas como uma mulher paparicada pelo seu homem, para mim sem que ninguém ali saiba a submissa ao dispor de seu Dono, danço guiada por seus passos os últimos acordes que se emendam a "Yesterday", como poderia desejar e imaginar algo melhor para começar uma noite. Outros casais começam a dançar, agora toca "Imagine", dançamo-la toda, suas mãos acariciam minhas costas, meus seios comprimidos contra seu peito, meu coração bate no compasso do dele, me entrego completamente não sinto meus pés no chão apenas flutuo conduzida por aquele que detém todo o poder sobre mim. Os primeiros acordes da música seguinte "Tears in Heaven" invadem meu corpo com um prazer indescritível, rodamos lentamente sou a mulher mais feliz do mundo, me sinto a mais desejada a mais cuidada.
Um beijo em minha testa, ele me conduz de volta à mesa, puxa minha cadeira para que eu me sente meu vestido sobe um pouco, logo baixo os olhos para ver se alguma marca apareceu principalmente a que não quero que apareça, mas nada aparece, mesmo assim cubro com o guardanapo, toca agora "Wonderful Tonight", Dono levanta sua taça num gesto de cumprimento, eu sou sorrio e toco no seu brasão que trago preso à gargantilha, ele leva sua taça à boca no mesmo instante que não sei de onde ele tira uma caixa e coloca sobre a mesa com sua mão esquerda, pousa sua taça me olha fixamente com seu olhar mais penetrante e me diz.
- Pegue-a, leve-a ao toilet abra-a em uma cabine, tenho certeza que não preciso lhe dar orientações do que fazer.
Nada digo, apenas obedeço pego a caixa que ele empurrou para perto de mim ao falar, segurando-a firmemente busco descobrir onde ficam os toilets, ele percebe e com o olhar me aponta o canto atrás de mim e à minha esquerda, viro-me em passos firme me dirijo meu coração disparado, outra surpresa de meu Dono, mas por ter que descobrir no banheiro estou toda excitada, entro, está vazio, apenas um bela jovem retoca seu baton no espelho, são três cabines, vou direto para a última, fecho a tampa do vaso sanitário, começo a abrir o embrulho, e ao retirar a tampa da caixa vejo duas bolas de metal brilharem, sei o que são e para que seja, puxo pela pequena argola na ponta do cordão que une uma à outra, levanto-as vejo-as balançarem de um lado ao outro, logo estou com meu pé direito sobre a tampa do vaso, com os dedos da mão esquerdo separo meus lábios vaginais, sabia que estava molhada, mas não sabia que estava tanto, coloco a primeira bola na entrada, fecho os olhos, faço pressão me sinto abrir, um pouco mais de pressão e ela entra, entreabro os lábios num gemido mudo, logo estou pressionando a segunda que logo é engolida, sinto uma se chocar contra a outra, só a pequena argola está de fora e mim, arrumo meu vestido, dou descarga, ao abrir a porta uma senhora está à espera, passo por ela com um cumprimento de cabeça não respondido, vou lavar minhas mãos.
Sinto o peso delas dentro de mim, me contraio, estou sem calcinha melada, tenho que me manter contraída não posso nem pensar em deixar uma sair imagine cair. Estou excitada, estou nervosa, estou com medo, insegura de caminhar, claro que já usei antes, mas nunca tão pesadas como essas e num restaurante, saio do banheiro e logo me deparo com os olhos de meu Dono, identifico seu sorriso de canto de boca, o sorriso que sempre está presente em nossas sessões, toca "You're in My Heart", as bolas se chocam a cada passo que dou em direção à mesa e logo percebo a intenção de meu Dono, nem me deixa sentar, logo estamos no meio da pista dançando e ele afirma ou pergunta - "contraída minha menina"...
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O Leilão
Short StoryUma fantasia comentada anteriormente. Uma submissa e seu Dono, ela no centro de um grande salão onde os lances se sucedem. Cada um dos convidados com seus interesses e em busca de seus desejos, no controle de seus lances em função de suas preferênc...