- E não poderia estar de outra forma meu Dono.
Continuamos a seguir o ritmo da música, a cada movimento meu sinto os movimentos delas em mim, cada vez me sinto mais molhada, erro um passo, tropeço na ponta do sapato dele que me ampara, retomo o ritmo, tento controlar meu medo, preciso me manter contraída não as posso deixar sair e muito menos cair, começo a sentir minhas coxas meladas, já nem sei quantas músicas mais dançamos, preciso pedir permissão ao Dono para ir ao toilet antes de sentar da forma como estou se sentar vou molhar meu vestido.
Parece que meu Dono percebe e sabe, logo que ele interrompe a dança e nos direciona para a mesa. Um casal também volta para sua mesa, que é perto da nossa, estão muito próximos de nós, preciso pedir permissão, mas como fazer com eles ao lado fico nervosa, se me ouvirem dizer "Dono permissão para ir ao toilet" e no exato momento em que o homem cumprimenta meu Dono, estamos quase em nossa mesa, eles conversam sobre as músicas, eu apenas sorrio, me contraio mais, aperto minhas coxas, quero impedir que escorra por elas.
Estamos de mãos dadas a minha está gelada, o calor da dele é uma delícia, não posso esperar mais.
- Com licença preciso ir...
Enquanto falo Dono solta minha mão e diz.
- Fique à vontade, sei que precisa retocar o baton.
Sorrio para ele que me devolve com uma piscada, ele entendeu que por dentro eu pedia permissão e a deu, ninguém percebeu o que acontecia.
- Vou aproveitar e vou também.
A jovem olha para mim e diz?
- Onde é? Vou com você.
- Ali no canto.
Caminho em direção ao toilet, ela ao meu lado começa a elogiar meu vestido, quer puxar conversa, eu quero apenas me secar se é que será possível, entramos e vou direto para a cabine do meio que está vazia, consigo abrir o fecho do vestido, preciso tirá-lo, tenho que ver se está molhado atrás, felizmente está impecável, respiro aliviada, estou nua abro minhas pernas o papel higiênico em minha mão, mas antes me vem o desejo de passar minha mão em mim, com a palma sinto o quanto estou melada, o contado de minha mão me faz pulsar mais ainda, fecho os olhos e degusto esse momento de prazer.
Seco-me toda precisa de mais papel para passar entre as coxas, recoloco o vestido me contorcendo consigo puxar o fecho dou a descarga, saio da cabine, a jovem ainda está lá.
- Você estava apertada mesmo.
- Você nem imagina como, e fica difícil, no meio de uma dança – quase me saí da boca a palavra pedir, mas me corrijo a tempo – dizer que precisa ir ao toilet.
Ela ri e concorda comigo.
- Sou Letícia, estamos comemorando nosso terceiro aniversário de casamento.
- Prazer sou Wanda.
O que eu digo que estou comemorando? Rindo por dentro penso apenas que estou comemorando com meu Dono o dia seguinte de um leilão, onde eu fui o objeto leiloado.
Apenas sorrio olho no espelho, o baton está em ordem.
- Meus parabéns que tenham muitas outras comemorações.
Percebo que ela vai me perguntar alguma coisa e me antecipo.
- Acho melhor voltarmos para nossos acompanhantes, vão achar que nos perdemos.
Ao falar vou me dirigindo para a porta, as bolas se chocam, contraio, ao sair vejo Dono com sua taça na boca, seu olhar me penetra fundo, sei identificar esse olhar, toda vez que sinto esse olhar meu primeiro ímpeto é me ajoelhar à sua frente, aperto as mãos, nada mais vejo no ambiente, apenas seu olhar, logo estou junto à mesa, ele já está de pé puxando minha cadeira, começo a me sentar e o ouço dizer ao se abaixar para falar junto ao meu ouvido.
- Demorou cadela, espero que não tenha sido por ficar se tocando.
Meu coração dispara, sei que eu me toquei, sei que ele sabe, só não sei como ele consegue saber e agora não sei o que ele irá fazer, sinto sua mão acariciar minha nuca, seus dedos deslizam por entre meus cabelos sinto a sensação de estar presa por eles, algo que muito me agrada, mas que é interrompida pela chegada do garçom com nossos pratos de entrada do jantar, antes que ele comece a colocar os pratos sobre a mesa Dono já está instalado em seu lugar, mais uma vez me direciona o olhar que sempre me faz gelar e excitar, um espumante brut agora nos é servido, preciso tomar cuidado, eu sei e Dono sabe que vinho logo me deixa um pouco tonta.
A escolha dele foi perfeita. "Atum com confit de tomate" uma perfeita e deliciosa combinação do espumante com o sabor característico do atum. Esqueço-me do que trago dentro de mim e cruzo minhas pernas, elas se movem lá dentro lembrando-me de me manter em alerta.
Estamos terminando a entrada e percebo, não sei como e de onde surgiu, outra caixinha, na mesa ao lado direito de meu Dono, ele assim que percebe que eu vi a empurra com as pontas de seus dedos para mim, apoio minha mão sobre ela e a trago para junto no mesmo instante que olho para ele que sorrindo para mim diz.
- Logo após o prato principal e antes da sobremesa sabes aonde ir e o que fazer ao abrir a caixa e encontrar o que há nela.
Discretamente eu digo.
- Sim meu Dono.
E a curiosidade começa a me matar, será que tem algo a ver com meu pescoço? Dono estava se dedicando a ele há bem pouco tempo, ou que outra surpresa me espera? O que tem nessa caixinha? Que vontade de abrir agora. Perdida nos meus pensamentos nem noto que já retiraram os pratos em que as entradas foram servidas e tenho agora diante de mim o prato principal do jantar que é anunciado pelo garçom como: "bacalhau com cobertura de gremolata".
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O Leilão
Kısa HikayeUma fantasia comentada anteriormente. Uma submissa e seu Dono, ela no centro de um grande salão onde os lances se sucedem. Cada um dos convidados com seus interesses e em busca de seus desejos, no controle de seus lances em função de suas preferênc...