Capítulo 9 - Para sair.

10.8K 397 11
                                    


               Ainda com o sorriso maroto em meu rosto levanto-me do colo do meu Dono, mas não sem antes me esfregar nele como uma gata manhosa e no momento que percebo que vou levar uma palmada fico de pé longe e maliciosamente pergunto.

               - E o que meu Dono quer que eu vista para que ele mate sua fome?

               De canto de olho fico olhando sua reação, sei que estou sendo maliciosa, sei que ele tem fome de mim e para matar essa fome ele me quer nua, sei que estou brincando com fogo, flertando com o perigo e essa sensação me agrada sobre maneira, tenho uma veia brat em mim.

               Sem dizer uma única palavra ele se vira na cama para sair pelo outro lado, sei que ele não me quer dar o prazer de ver sua ereção, de mostrar como eu o excitei ao me sugerir como seu alimento, mantenho-me de pé no mesmo ponto em que estava, sei até onde posso ir nesse jogo, logo ele volta vestindo uma calça de alfaiataria, e em suas mãos traz um vestido vermelho, não um vermelho sangue, mas algo mais para um vermelho de um vinho tinto ao deslizar pelas laterais de uma taça ao ser movimentado dentro dela para ser apreciado.

               Sobre a cama ele coloca apenas o vestido, mais nada, sei que irei sair apenas com ele, já sabia que iria sem calcinha, é algo que já quase não uso mesmo, na presença dele nunca e acho que ele me quer sem sutiã por gostar de meus bicos marcando e também por perceber que eu sentiria o desconforto dos seios castigados serem presos pelo sutiã.

               Fico olhando ele continuar a se vestir, seu tórax nu é algo que me fascina, ele pega o cinto, começa a passar por cada um dos passadores da calça, me lembro da primeira vez que o vi fazer isso, só que num movimento contrário ao ir tirando o cinto por cada passador, eu ajoelhada à sua frente, seu olhar penetrante em mim, meu coração começa a disparar como fez, meu corpo se arrepia como fez, me lembro de cada uma das cintadas que levei naquele dia de como a sensação de medo foi se misturando à de prazer, para depois ser completamente substituída, um prazer indescritível e que a cada vez que se repete o sinto mais intensamente.

               Ele veste uma camisa social, e começa a abotoar os punhos, outras lembranças me surgem, ele desabotoando e dobrando as mangas antes de se sentar numa cadeira e me chamar para deitar de bruços em seu colo, um chamado sem palavras, sem nenhum som, o chamado do olhar do movimento de seu corpo, um olhar e movimento que o meu corpo entende perfeitamente.

               Estou extasiada, embebecida com a cena e as lembranças que ainda nem peguei o vestido para com ele cobrir meu corpo que trazem todas as marcas e lembranças da véspera.

               - Vai ficar aí parada?

               Suas palavras me tiram do transe, sorrio pego o vestido escolhido e presenteado por ele, tomou o cuidado de ser um vestido com o decote mais fechado, não tão curto como de costume, ele sabe como cuidar de mim, como me proteger, visto-me, vejo que ao lado da cama harmoniosamente estão lado a lado com seus sapatos negros de cromo um par de sandálias prateadas.

               - Vou com elas meu Dono?

               - Sim e venha calçá-las.

               Ele se mantém perto delas para calçar eu preciso me virar de costas para ele, que se aproxima de meu corpo, me abaixo para prender a fivela, ele se mantem atrás de mim, a centímetros de minha bunda empinada, espero que ele a toque a qualquer momento que me segure pelas ancas, mas não é o que acontece, logo estou na posição ereta e então ele segura meus ombros, sinto o calor de suas mãos em minha pele a firmeza de seus dedos que me prendem, sua respiração se aproxima de meu pescoço o que me faz arrepiar de imediato meus mamilos logo estão marcando o tecido de meu vestido, fecho meus olhos inclino ligeiramente minha cabeça para frente, aguardo o toque de seus lábios em meu pescoço, o que não demora a acontecer, solto um gemido de puro prazer, para logo em seguida perceber que suas mãos passam a redor de meu pescoço, mas sem tocá-lo mas sim para prender um colar.

               Vou para frente do espelho, parece mais uma gargantilha e pendendo dele um brasão, meus dedos de imediato o acariciam forço o metal contra minha pele, esse homem sabe cada vez mais me surpreender, quando menos espero tenho um sinal de seu poder sobre mim, sua marca em sua conquista, sou posse dele.

              - Linda meu Dono e o pingente nem se fala, estou encantada.

              Ele me estende sua mão, sei que espera que eu a pegue para que ele me conduza para irmos a onde ele já deve ter reservas, irmos para onde já está planejado, mas agora é minha vez de surpreendê-lo, me ajoelho e beijo sua mão submissamente, mostro nesse gesto o quanto sou devotada a ele.

O LeilãoOnde histórias criam vida. Descubra agora