Doce Sabor da Vingança

Capítulo 8

Tayla

- Acorda preguiçosa. - ouço Cláudia me chamando, viro pra ela abrindo bem devagar os olhos e depois sorrio.

- Isso tudo não foi um pesadelo? - pergunto ao me sentar.

- Não! Mas, relaxa. Vai começar a parte mais emocionante. - Ela diz sorrindo.

Levanto da cama me arrastando. E vou andando até o banheiro do quarto.

- Não vejo nada de emocionante acordar cedo. - ouço a risada da minha amiga e acabo entrando na onda.

- Falei pra você ir dormir cedo, mas ao invés disso você ficou de Love com o gatão do grupo. - Eu estava escovando os dentes enquanto ouvia e observava ela falar através do espelho, e quando ela terminou eu quase me engasguei com a pasta de tanto rir.

Ela estava rindo também.

- Então, você acha ele "gatão" é? - falo fazendo aspas com as mãos. Ela entrou no banheiro pra se maquiar enquanto eu entrava no chuveiro.

- Só a verdade amiga. - ela diz rindo. Que saudades que eu senti dessa neguinha, que saudades que eu senti das nossas conversas e risadas. A Lizy nunca foi como ela, ela é divertida, engraçada e arranja assunto em tudo, a Lizy era mais séria, mandona e se achava minha dona. - Relaxa, eu sei que ele é seu. - Não aguentei, gargalhei tão alto que quase escorreguei. - Amiga! - ela gritou rindo mais alto, ela não conseguia respirar, ouvimos a porta do quarto sendo aberta e do banheiro também estava. Cláudia fechou rapidamente a porta. - Tá tudo bem Rafael, só estamos conversando.

Ouvimos ele e Fernando sussurrando algo que não entendemos o que era.

- É meu... Meu sonho. - falo tirando o sabão do cabelo pra pôr o condicionador.

- Nem começa Tay. Mas, devo admitir... - paro de passar o condicionador na hora, só pra prestar atenção no que ela iria falar. - O irmão dele é uma delícia. - ela diz.

- Realmente. Ele é um gato, pra falar sério... Estamos rodiadas de três gatos. - falo me referindo ao Rafael também.

- Safada. - Ela diz rindo. - Mas, meu irmão é um morenão mesmo. Que sorte a nossa. - Ela ficou em silêncio enquanto passava o batom. - Olha aqui, só estou passando um reboquinho na cara por causa do Fernando. - Dou uma gargalhada tão alta que ela chega a dar um saltinho de susto. - É sério. - ela diz rindo.

- Vocês tem certeza que está tudo bem? - ouço a voz de Fernando atrás da porta. Cláudia revira os olhos e morde os lábios fingindo se excitar com a voz dele. Dessa vez não foi uma risada, foi um grito e ela me acompanha. - Meninas? - ele nos chama e vira a maçaneta da porta trancada.

- Já vamos sair. - falo e pego meu roupão pondo o mesmo. Em seguida, Cláudia abre a porta e olhamos as duas pra Fernando, e quando nos olhamos novamente demos outra risadinha.

- Desculpe a demora. - ela falou saindo e eu abaixo a cabeça pra por a toalha no cabelo. Em seguida saio do banheiro.

- Qual a graça? - Fernando pergunta e Cláudia balança a cabeça negativamente enquanto prende a boca pra não rir. - Ok. Andem logo já são oito horas. - ele disse e saiu.

- Caraca, já são oito horas. - falei surpresa. Ela balançou a cabeça e se apressou. - Vem cá, pra que se arrumar tanto? Vamos só montar o plano agora.

- Falei sério sobre o Fer. Mas, talvez precisamos sair. - ela diz arrumando a cama. - Amiga, se apressa aí. - ela diz e ao terminar de arrumar o quarto, ela sai do mesmo.

Coloquei uma calça jeans escura cintura alta com uma regata mais largadinha branca, o tempo está frio então separei uma botinha e um kimono (ambos pretos) caso eu saísse.