Mirelly
Josh descobriu a minha gravidez por causa dos meus fortes enjoos e da pequena inclinação formada na minha barriga. Ele ficou furioso. Sabia que não era dele, já que eu não havia deixado ele tocar em mim durante esses três meses presa.
-Esse bastardo é daquele médico de merda? - ele grita comigo fazendo eu me sentir pequena. -Responde vagabunda.
Afirmo com a cabeça.
-Por quê você insiste tanto em piorar as coisas? Seria tão mais fácil se fosse só eu e você, sem médico, sem filha mimada, sem seu tio, sem esse bastardo.
-Para de chamar o meu filho de bastardo! - grito e dou um tapa na sua cara.
-Vadia. - ele diz e me joga no chão. Me levanto rápido. -Você vai pagar.
Ele vai em direção à porta e eu corro para impedi-lo, ele me empurra e eu fico em posição fetal e logo envolvo minha barriga para protegê-la, ele me chuta e eu recuso a chorar na frente dele. Por fim ele cospe em mim e sai.
Ele vai fazer alguma coisa com Angely e Marcelo, meu coração estava doendo. Me permiti chorar. Me levanto dolorida, olho os meus braços cheio de hematomas, pelo menos ele não chutou minha barriga. Tento abrir a porta mas ele me trancou. Me desespero.
Meu Marcelo não, não. Mas ele não ousaria matar nem um dos que eu amo. Se não ele não vai ter como me chantagear. E eu juro, que um arranhão neles, eu juro que eu mato.
Sinto um chute do bebê. Eu estava de 19 semanas (quase 5 meses), escondi, por todo esse tempo minha barriga e o idiota nem percebeu. Sai escondido uma vez para fazer um pré Natal, me certifique em ir em um hospital bem longe do de Marcelo, não saberia vê-lo. Meu bem, meu amor. O homem da minha vida.
Eu ainda não sabia o sexo do bebê, decidi que só saberia quando eu e Marcelo nos assertamos, porque eu ainda tinha essa esperança. E tomara que seja antes de ter o meu filho, quero ele comigo na sala de cirurgia, ele não é obstetra, mas imagina, que sonho, o meu amor fazendo meu parto.
Eu acho que é um menino, conversarei com meu Marcelo. Mas queria que ele tenha o nome do meu falecido avô, Aaron. Aaron Strowf Blane. E se fosse menina, ele escolheria.
Sinto uma pontada no peito e um pressentimento ruim, pego o meu celular e dígito uma mensagem para Marcelo: Cuidado!, Mas não envio. Ao invés disso eu choro.
-Seu papai vai ficar bem. Sua irmã também. Eu mal vejo a hora de conhecermos você meu anjo. Agora você é tudo que possuo.
Me deito e choro mais, acabo pegando no sono.
****
Enquanto corto uns tomates e uma cebola olho para a janela e vejo Marcelo, Angely, Aaron, Cristopher e Keith. Abro um sorriso. Eles estão brincando de pega-pega, vejo muitos sorrisos e uma lágrima rola no meu rosto.
-Vem mamãe. - Keith, minha caçula me chama. Eu vou até eles e começamos a brincar.
-Isso nunca vai acontecer. - diz Angely.
-O que? - pergunto.
Ela começa a rir e se transforma em Josh, eu começo a chorar de medo, Marcelo se aproxima de mim e sussurra eu te amo, e se transforma em Drake, um dos que me estuprou.
-Não. - grito. E choro mais.
Olho meus filhos que se transformam em Dan, Luke e César, os outros que me estupraram. Caio de joelhos e grito "Não, não, não."
E minha porta é aberta com estrondo e eu disperto do pesadelo, estou suando e vejo um Josh raivoso na minha frente.
-O que você fez? - pergunto preocupada.
-Matei a filha do doutor. - ele sorri.
-Não! Filho da mãe. Você não fez isso.
Comecei a chorar e a bater nele, ele tranquilamente segura meu pulso.
-Eu vou até ele. Eu vou.
-Você não vai gatinha.
-Vou sim. Me solta.
-Você não vai não.
Então ele bate minha cabeça na parede e eu apago.
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AnaMedrade
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Intended
RomanceVocê acredita em destino? Se fosse tempos atrás eu seria arrogante e diria " Aff claro que não! Ser humano só inventou isso para ter a ilusão de que algum dia irá ser feliz" Só que minha opinião mudou completamente depois de ser vítima de um destino...