Bônus Marcelo - Pt. Mirelly

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Marcelo

-Minha sobrinha nunca faria isso, não pode ser. - Andrew disse quando Mirelly já estava muito longe.

-Aceita, que sua sobrinha é uma piranha. - minha filha fala.

-Não fala assim da minha sobrinha! - ele troveja.

-Eu falo o que eu quiser.

-Saiam daqui e nunca mais voltem.

-Com coisa que íamos voltar, não queremos mais saber de sua prostituta Mirim. - eu nunca havia visto minha filha falar tanto palavrão, mas ela está com tanta raiva que eu sentia orgulho, dela querendo defender o pai.

Eu não conseguia falar nada, estava em choque. Ela me abandonou e eu ainda a amo tanto. Minha filha não para de repetir que nunca mais Mirelly se aproximará de mim. Mas o que eu mais queria é que ela voltasse e disseste que se arrependeu e me quer sim. Eu faria papel de trouxa, claro, mas eu não deixaria de amar minha loirinha.

-Filha, eu vou sair para beber um pouco, me distrair.

-Tudo bem papai, fique bem. Eu te amo.

-Também te amo.

-Só não vá ligar para aquela lá.

-Não fale assim dela filha.

-Não fale assim? Aquela vigarista, só não falo coisa pior porque sou uma dama.

Sorrio para minha princesa e chamo um táxi e entro. Já no bar pedi uma dose de uma pinga bem amarga e fiquei pensando nela.

Mirelly se tornou tudo para mim. Mas me deixou. Como Amélia. Amélia era minha vida, mas ela me deixou e eu prometi nunca mais amar. Agora estou aqui denovo, fui deixado por uma mulher, no bar, prometendo que eu nunca mais vou amar denovo. A diferença entre as duas era que uma me amava e não me deixou por vontade própria. Vai que minha filha tem razão, que Mirelly é uma piranha. Piranha ou não, eu ainda a amo, só que agora com mais força e intensidade.

Eu só tenho que aceitar que o único amor da minha vida é Angely, e não posso deixar mas nem uma mulher se aproximar, não só pelo meu bem, mas principalmente pela minha filha.

- Você quer beber alguma coisa? - uma mulher aparece na minha frente. Não pode ser, estou tendo alucinações, era Mirelly.

Mas Mirelly não usaria esse decote tão grande. Mas eu queria tanto que fosse ela que encostei os nosso lábios e nos beijamos. O beijo era tão sem graça, não tinha o calor dos lábios macios da minha loira. Me afastei e a mulher me olha surpresa com um sorriso malicioso. Ela não parecia mais Mirelly, era loira oxigenada, de pele parda e afeição de travesti. Ela - ou ele - pegou minha mão e colocou na bunda dela e tentou me agarrar.

-Você beija bem gatinho. - me afasto -O que foi gatinho?

Revirei os olhos e saio da boate, porque minha Mirelly fez isso comigo ein? Amo tanto ela.

Marcelo off

Mirelly

-Oi Mel, quanto tempo não nos vimos. - Madalena fala ao me ver, reviro os olhos. -Seja uma boa menina, se não ficará se comida.

-De você maltratar minha namorada quem vai ficar sem comida vai ser você.

-Você vai me deixar sem comida, depois vai fazer o que? Tentar me matar de novo? Que engraçado não? Você tentar me matar de novo, depois de cinco anos na frente da sua namoradinha? Que repetitivo! Você me cansa maninho.

-Só que dessa vez eu me certifico que você não sobreviva.

Ela revira os olhos.

-O jantar está pronto. - ela caminha até a cozinha, e nós a seguimos.

A casa dela era a mesma, como havia visto pela ultima vez. Jantamos e subimos até o quarto de Josh. Ele tranca ao entrarmos e sorri malicioso, dou um passo para trás.

-Relaxa. - ele diz e vai para o banheiro, deixa a porta entreaberta e grita: -Vou tomar banho, se quiser entrar.

Pego o meu celular e tem três mensagens de Marcelo, meu coração dói.

"Porfavor Mirelly, eu te amo."

"Tudo bem. Amor não é esmola para a gente pedir."

"Você foi o meu sol. E hoje é minha tempestade. Tchau para sempre srta Strowf."

Segurei minha barriga e uma lágrima escorreu dos meu olhos. Deitei-me na cama. Meu bebê, é só você que eu tenho. Eu amo tanto você. Perdoa a mamãe por deixar o seu pai e sua irmã. Vamos ser felizes um dia, como uma família. Eu falava isso mais para tentar convencer a mim mesma.

-Poxa, achei que você ia tomar banho comigo. - fala me tirando dos meus devaneios. Me envolvo e ele se senta a minha frente só de samba-canção. -Mel, somos farinha do mesmo saco. Cadê a aventureira rebeldi que eu conheci a 10 anos atrás.

-Eu mudei. Você me mudou. Eu parei de ser a ingênua e amadureci porque sofri muito na sua mão.

Ele revira os olhos e chega mais perto de mim. Eu me encolho ainda mais.

-Está com medo Mel?

-Você foi capaz de me estuprar uma vez, não duvido que faça novamente.

Ele alisa minhas coxas fazendo subir o meu vestido, tento afastar suas mãos mas elas não se movem, ele se diverti. Ele me deita e eu me debato, por fim ele sobe em cima de mim e sorri. Ele pega uma gravata e da nós fortes no meu braço me prendendo a cama. Agora, sem eu poder me mover, ele passa a mão pelo meu corpo. Eu não podia gritar, Madalena não me ajudaria, e eu colocaria a vida de Marcelo e de Angely em risco. Ele apaupa meus seios, passa a mão por cima da calcinha, e deposita um beijo na minha boca e outro no meu pescoço.

-Eu também mudei minha Melzinha. Agora, eu só assusto as mocinhas indefesas. - ele me desamarra e sai de cima de mim. -Você precisava ver sua cara de desespero. Mas se não trepar comigo logo, estuprar você será minha única opção.

Arrumo meu vestido e me levanto, ele indica as roupas que Madalena havia me emprestado, pego e vou ao banheiro, me preocupo em trancar bem e porta.

-Vai ficar tudo bem meu bebê. - sussurro.

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AnaMedrade

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