16 - Mais Problemas

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Como já era de se esperar, Abby praticamente me obrigou a ir naquela semana para me inscrever na peça do final do semestre.
"Você vai adorar, sério! A Blake já está com muitas ideias boas." Blake era a diretora deles.
"Pelo menos eu não tenho como ser escolhida para o papel principal ou algum outro que apareça o tempo todo." Tento aliviar a situação para mim mesma, mas Abby não colabora.
"Claro que não! Essa é uma das peças, a principal com os estudantes de Artes Cênicas será outra. Nessa peça a Blake vai ver o potencial que alunos de outros cursos têm. Você pode ser escolhida se for boa." Os olhos de Abby brilham quando lança no ar que eu poderia fazer um dos papéis principais mas a única coisa que sinto agora é uma leve vontade de desistir de tudo. Era brincadeira Abby, esquece isso, rsrs! Meu cérebro me diz e eu sei que ele está completamente correto, mas Abby não é assim. Ela é totalmente decidida quando o assunto é convencer os outros e eu sou a prova viva.
Quando chegamos ao Centro de Artes Cênicas eu vejo que há mais pessoas para se inscreverem do que eu esperava. Acho que no final todos têm um desejo reprimido por serem estrelas do teatro.
Entro numa fila enorme que me da a sensação de que eu ficarei no mesmo lugar por pelo menos uma hora. Me engano, já que pelo tanto de pessoas, acabam colocando mais ajudantes com diversas pranchetas e as fichas de inscrição.
Sou rápida, afinal eu reconheço que há mais pessoas querendo o mesmo que eu sem que o processo seja tão demorado. Estou terminando de completar meu nome quando ouço a voz de Abby falando com alguém.
"Você não acredita quem eu trouxe para se inscrever!" Seu tom de voz é animado o que me faz revirar os olhos enquanto dou risada dela.
"Não quer saber quem é?" Sua voz indaga a pessoa que ainda não descobri quem é.
"Não." Meu corpo gela. Sei exatamente de quem é aquela voz, e quando me viro vejo Abby dizendo como ele é chato enquanto ele está parado me observando de volta.
"Você trouxe ela?" Finalmente algo sai da boca dele. Eu já não esperava por algo bom.
"Sim. E não fale como se não tivesse gostado da ideia porque você sempre me perguntou quando eu conseguiria trazê-la." Abby cruza seus braços finos enquanto olha mal humorada para ele.
"Se fosse há um mês atrás talvez eu estivesse feliz." Brandon se afasta rápido de nós duas enquanto eu o observo boquiaberta.
"Não liga pra ele." Abby ainda está brava.
"Okay. Quero todos sentados nas cadeiras da plateia. Iniciaremos os testes agora." Quase me esqueço de que haveriam os testes. Lembro-me que cada um recebeu uma folha pequena com um diálogo que faríamos no palco como teste. Quem seria meu par? Eu não fazia a mínima ideia.
O bom de começar com a letra A é que você não demora tanto para ser chamada, mas o ruim é ser chamada praticamente como uma das primeiras. Quando meu nome é anunciado para a próxima encenação, um tremor toma conta do meu corpo e uma sensação de enjoo me toma. Subo aquelas escadas com um pesar enorme pensando que posso ser rápida e acabar logo com o sofrimento.
"Certo senhorita Caswell, vou chamar seu par." A senhorita Blake chama nomes masculinos com a letra A, mas ninguém se manifesta. Quando ela pula para a próxima letra eu gelo, não posso cair com ele, fico praticamente implorando, mas parece que universo nunca está ao meu favor.
"Brandon por favor, suba ao palco com a senhorita Caswell." Blake pede sem saber o que acabou de fazer. Nós estamos indignados. Olhos arregalados, respiração acelerada, tremores e raiva, muita raiva.
"Okay, podem começar." Demoro uns segundos até perceber que eu começo o texto.
"Não quero saber de brincadeiras." Minha voz sai baixa e cogito a ideia de sair correndo dali. Estou com medo e nervosa, quero sumir, não quero ninguém me observando, muito menos ele.
"Aé? Mas quem começou a brincadeira foi você!" Ele me acusa bravamente como se aquilo não fosse apenas uma encenação.
"Não. Não fui eu!" Digo ainda envergonhada, mas quando ele diz sua próxima fala eu percebo que ele não está apenas no personagem, pra ele é pessoal.
"Claro que começou. Você me provocou!" Ele se movimenta de forma a deixar todos os seus músculos rígidos.
"Você mereceu, por tudo que me fez passar!"
"E o que eu te fiz passar, Elizabeth?"
"Você vive me chantageando, me provocando com esse bando de mulheres, ou pensa que eu não vejo?" Esse texto estava muito real, eu quase não fazia esforço pois parecia uma conversa em que estaríamos.
"Você começou quando não aceitou minha proposta de fugir comigo. Escolheu o tolo do seu noivo sendo que já tinha se deliciado em minhas mãos!"
"Cale-se! Eu não admito que fale assim de mim. Você foi uma fuga do meu mundinho triste e estagnado. Não passou disso!"
"Então você assume que se aproveitou de mim? Admita então, Elizabeth." A cena dizia que ele me agarrava pelos braços um pouco depois da fala dele. E foi mais ou menos o que aconteceu.
"Sim! Eu admito que usei cada pedaço seu para meu próprio divertimento, Damon. É isso que quer tanto ouvir? Bom, agora está despejado!" A minha personagem está irritada e eu também. Parece tudo tão real que acabo não fazendo esforço.
Nesse momento ele se aproxima de mim e me agarra pelo pulso.
"Você admite que nunca sentiu nada por mim, Elizabeth?" Seu corpo colado ao meu, pesa e faz eu me sentir péssima. Sinto seu abdómen com gominhos encostado em mim. Sinto meus seios sendo esmagados pelo peitoral forte dele e sinto até a genital dele um pouco acima do meu colo.
"Eu... Eu..."
"Admita Elizabeth! Vamos, Admita!"
"Eu admito!" Finalmente ela grita enquanto o empurra e foge. A cena acaba ai. Todos aplaudem de pé e a senhorita Blake está aplaudindo também, porém de uma forma mais contida.
Quando desço as escadinhas, Abby está saltitante me dizendo o quanto fomos bem. Ela diz que provavelmente o papel já é meu, mesmo tendo de passar ainda todas as letras do alfabeto.
Abby às vezes é muito iludida.
Decido não esperar pelo resultado naquele teatro. Dou meia volto e vou até a biblioteca procurar uns livros de química para a minha próxima aula. Acabei me perdendo na leitura dos livros e me esqueci de comer. Quando reparo que meu estômago não para de roncar eu resolvo finalmente deixar aquele santuário do silêncio em busca de comida.
Sigo para a praça de alimentação. Pelo que sei já se passaram duas horas e meia. Faço uma anotação mental para ir procurar Abby assim que eu termine de comer.
Enquanto saboreio uma salada cesar folheio meu facebook para me entreter. Eu sei que nem sempre eu como coisas saudáveis, mas uma das coisas que mais gosto é de salada cesar com o molho especial. Me enlouquece de verdade.
Termino minha salada e vou em direção ao lado Leste do campus, onde fica a Artes Cênicas. Um pouco antes de eu chegar onde era a sala dos ensaios que passamos há mais ou menos três horas atrás, eu avisto um amontoado de pessoas do lado de fora, olhando todos para um papel colado na parede. Tento me aproximar mas não consigo enxergar. Observo a cara das pessoas e percebo umas ofegantes e sorridentes enquanto outros estão chateados e tristes.
Deus o que será esse papel?
Quando finalmente um número suficiente de pessoas saem de perto eu consigo me aproximar e ver do que se tratava.
Era a lista dos que haviam passado. Eu fui descendo por ordem alfabética mas não encontrei nenhuma Angela Balbiery Caswell. Fiquei um pouco frustrada pois no fundo eu acreditei que passaria. Quando estou praticamente saindo, vejo as pessoas olhando no topo da lista e acabo resolvendo olhar. Vejo que o nome das duplas que serão formadas, estão dispostos uns aos lados dos outros juntamente com o nome dos personagens que farão. Quase caio para trás.
Angela Balbiery Caswell e Brandon Matthel Walker - (Elizabeth Moon & Damon Peggee)
Começo a sorrir e me seguro profundamente para não gritar. Meu Deus, onde está a Abby? Preciso contar a novidade, preciso dizer que passei, mesmo sendo com aquele idiota (Matthel?!) do Walker.
Quando viro-me para sair dali eu estremeço. Ao meu lado, parado e observando a lista está o Joshua, com
uma cara bem séria.
"Então você vai fazer uma peça com esse cara e não ia nem me contar?" Ele está fechado. Sei que nesse momento eu não tenho como melhor as coisas.
"Não, claro que não, Josh! Eu fiz porque a Abby insistiu muito. Fiz hoje esse teste, e eu nem esperava por isso." Toco o braço dele para me aproximar mas ele se esquiva como se eu o pudesse machucar apenas com meu toque.
"Josh, por favor..." Estou pedindo para que ele não leve isso a sério, mas não adianta nada. Ele sai de perto de mim e some na imensidão de pessoas.
"Então acabamos juntos." Ouço uma voz atrás de mim.
"Nem começa, tá legal?" Não estou para brincadeiras no momento, só quero resolver meus problemas com o Josh.
"Vai lá. Corre atrás dele feito um cachorrinho." Ele ainda sorri pra mim, mas eu ignoro e vou atrás do Joshua. Sei que ele ainda deve estar por aqui.
Corro o máximo que consigo e depois de virar por uns três corredores eu o vejo entrando no banheiro masculino e o sigo.
"Você não pode entrar aqui." Um cara fala enquanto tenta entrar junto comigo.
"Cai fora!" Eu digo para ele que desiste de usar aquele banheiro.
"O que você tá fazendo aqui?" Ele está com os braços apoiados na pia enquanto seus olhos azuis me observam.
"Vim te ver." Estou magoada por deixa-lo assim.
"Me perdoa. Eu estava levando como uma brincadeira. Isso nem tem importância de verdade para mim. Eu posso não fazer e..." Ele me interrompe.
"Você acha que eu não sinto ciúmes de saber que você vai atuar com aquele babaca?"
"Eu sei amor, ele é um babaca. Mas nós nem somos o casal principal. Aparecemos em poucas cenas." Eu estava mentindo, tentando fazer com que ele se sentisse melhor e parecia que estava adiantando.
"Você sabe que eu só amo você." Digo enquanto acaricio o braço dele e logo em seguida enfio a mão por dentro de sua blusa.
"Só você." Sussurro no ouvido dele enquanto viro devagar sua cabeça na minha direção e beijo seus lábios secos de raiva.
"Eu também..." Ele responde entre os nossos beijos. Sei como fazê-lo sentir-se melhor, e consegui. Agora só preciso terminar meu trabalho.
Eu me posiciono na frente dele e começo a desafivelar seu cinto, o que o faz paralisar.
"Aqui não. E se entra alguém?"
"Não seja por isso." Eu o puxo para dentro de uma cabine e o coloco sentado em cima do vaso sanitário.
Começo a tirar minha blusa e minha calça, em seguida o sutiã e abaixando a calça dele.
"Angie..."
"Shhh!" Tapo a boca dele com minha mão e faço que tenho que fazer, deixando o Josh enlouquecido de prazer.
Ele me puxa para sentar em seu colo e logo enfia dois dedos por dentro da minha calcinha.
"Josh..." Me contorço toda.
"Agora é minha vez." Ele responde e eu concordo.
Tudo acontece muito rápido que não percebo se demoramos muito ou não, mas estamos os dois ofegantes e melados de suor.
"Isso foi incrível." Seu sorriso me da um motivo para saber que fiz a coisa certa.
"Obrigada." Me gabo quando passo por ele puxando-o pelo braço.
"Ainda bem que ninguém entrou nesse banheiro." Joshua era um cara mulherengo, mas talvez pela forma que tudo aconteceu agora pouco e por ser com a namorada dele, fez parecer que foi algo sensacional, nunca experimentado.
"Eu preciso ir pra aula agora, Josh. Nos vemos a noite?" Sorrio pra ele que assente.
"Te amo." Sussurro no seu ouvido, deixando ele arrepiado.
"Eu também, meu amor." Saio do banheiro sem que ninguém me veja.
Não estou indo realmente para a aula, estou tentando voltar para o teatro onde eu estava. Quero resolver as coisas com Brandon o mais rápido possível. Se vamos fazer uma peça juntos, pelo menos que seja sem tensão entre os dois.
Quando consigo finalmente atravessar praticamente o campus inteiro, eu vejo que já está bem mais vazio que antes, e tento achar Abby. Ela está sentada próximo ao palco.
"Abby!" Aceno na direção dela, que me vê e logo sorri, vindo em minha direção.
"Oi Angie. O que tá fazendo aqui?"
"Vim procurar o Brandon. Você sabe pra onde ele foi?"
"Ele foi para..." Abby faz uma pausa longa. "Para..." Mas não diz nada.
"Abby, tudo bem. Eu vou procurar."
"Acho que ele foi para a biblioteca!" Ela grita quando já estou passando pela porta.
Vou até a maldita biblioteca, que fixa do outro lado do campus e percebo que já fiz meu exercício do dia.
Estou acabada quando chego na biblioteca e a única coisa que eu espero mesmo, é encontra-lo aqui.
Quando se pensa numa biblioteca, não é algo pequeno, principalmente a biblioteca da nossa faculdade, é enorme. Um andar inteiro apenas para ela, o que significa que minha busca ainda não acabou.
Finalmente vejo ele sentado com uns livros sobre uma mesa, sozinho e muito concentrado. Eu me aproximo sem fazer alarde, coloco a bolsa em cima da mesa e me sento ao lado dele, que parece não perceber minha presença ou apenas me ignora.
"Brandon." Ele me ignora e vira a página do livro.
"Ei." Estou calma enquanto me sento ao lado dele que nem se mexe.
"Brandon, estou falando com você!" Seguro seu braço malhado e cheio de músculo, que parece me notar nesse momento.
"Hm" Ele murmura.
"Quero falar com você."
"Eu estou estudando, se é que você não viu." Ele vira outra página e eu tenho vontade de jogar o livro no chão.
"E eu estou tentando ser educada, caramba!" Falo um pouco mais alto do que gostaria e todos me olham feio.
"Não tenho nada pra falar com você." Ele começa a organizar os livros e se levantar.
"Qual é, porra? Você consegue ser um pouco menos babaca?" Estou em pé na frente dele. Seu braço agarra meu pulso e me leva para fora da biblioteca.
"Agora você pode fazer seu show que não vai perturbar mais ninguém." Ele se vira e sai andando. Fico tão brava que vou na direção dele e derrubo todos os livros que estão na mão dele. Seus olhos azuis esverdeados me fitam com algum sentimento.
"Você é um filho da puta de um babaca arrogante!" Grito no corredor e todos me olham. Saio de perto dele e decido que não vou falar com ele nunca mais.
Estou chegando na esquina do corredor quando sinto a mão dele me puxando pelo braço e me encostando na parede.
"O que você quer? Acabar comigo?" Seus olhos estão vermelhos de raiva e ele bufa.
"Me solta! Eu não quero mais falar com você!" Tento me soltar mas nem as pessoas envolta intimidam ele.
"Você foi atrás de mim até aquela biblioteca, me encheu a paciência, me fez ficar puto da vida pra não falar? Não hoje Angie, não hoje." Não sei porque, mas fico arrepiada quando ele diz meu nome. Algo na voz dele parece ser demais pra mim.
"Você me irrita cada vez que se aproxima, me toca ou fala comigo. Não percebeu isso ainda?" Ele continua me segurando pelo pulso.
"O problema é todo seu. " Falo séria, encarando-o e fazendo soltar um riso sarcástico dele.
"Não mesmo. O problema é seu, aliás quem tem algum problema aqui é você." Ele me solta e parece desistir de tentar falar comigo.
"Aonde você vai?" Pergunto num intuito.
"Para!" Ele me diz. "Para de me tratar como se você se preocupasse comigo ou desse a mínima." Ele se vira e sai andando tão rápido que até eu conseguir me recuperar, já o perdi de vista.
Hoje eu não vou desistir, não hoje. As palavras dele dizendo "Não hoje Angie, não hoje.", ecoam na minha cabeça enquanto corre em meio de pessoas atrapalhando o caminho. Preciso resolver essa situação hoje, o quanto antes melhor.
Desço escadas correndo e não o vejo. Tenho certeza de que o perdi. Eu poderia falar com ele na casa dele, mas não quero que fiquemos sozinhos naquele antro.
Corro mais até o estacionamento e o vejo indo em direção ao carro dele. Corro mais rápido que posso para alcança-lo.
"Brandon, espera!" Grito sem fôlego. Ele para na mesma hora.
"Eu preciso conversar com você." Me aproximo um pouco mais devagar.
"Sobre o quê? Você não me deve nada." Ele responde áspero.
"Eu sei, mas quero resolver essa situação chata que está entre nós dois, afinal nós vamos atuar juntos." Esse é meu real motivo para estar aqui. O fato de querer atuar sem ter que ficar um atrito entre nós dois.
"Não se preocupe quanto a isso. Eu desisti do papel, agora posso ir embora?" Ele aperta o controle em sua mão e abre a porta do carro.
"Espera! O quê? Você desistiu do papel por minha causa?" Ele não responde, apenas respira fundo apoiado à porta do carro.
"Caralho Angela! Você não entende o quão difícil é pra mim? Óbvio que eu desisti ou então seria impossível seguir a peça sendo você a pessoa a atuar comigo."
"Por que isso? Você me odeia tanto assim?" Juro que se a resposta for sim vou começar a chorar como uma criança.
"Não." Ele se aproxima de mim, agarra meu rosto com as duas mão e me olha fixamente.
"Porque eu gosto de você. Gosto pra caralho. Gosto como nunca gostei de alguém antes." Ele não avança o enorme sinal vermelho que tem entre nós, mas me segura como se eu fosse a corda que irá salva-lo ou mata-lo. Não sei o que fazer. 
"Eu... Eu não..." A verdade é que estava tão perdida nas palavras dele que não conseguia dizer o que eu realmente estava sentindo.
"Eu..." Tento alguma coisa em vão. Ele encosta sua testa na minha sem me soltar, pressiona os lábios com força e mantém os olhos fechado. Seu cheiro é bom. Um perfume forte e impactante, bem masculino. Eu gosto. Consigo sentir a respiração dele ofegante e meus batimentos estão cada vez mais acelerados.
"Brandon..." Não sei porque falo justamente o nome dele.
"Tá tudo bem, Angie. Tudo bem." Ele faz um cafuné de leve no meu cabelo e eu me arrepio.
"Não vou fazer nada que você não queira. Não vou fazer nada se não for um pedido." Nós entreolhamos e eu solto o ar que nem havia percebido estar segurando.
"Preciso ir." Ele finalmente me solta e entra no carro. Fico intacta tentando entender o que ouvi. Não resolvi nada do que queria, pelo contrário, agora tenho mais problemas.

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