Jason Collins

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Chego a empresa depois do almoço desagradável que tive, desço do carro, entro na recepção e adivinhem quem eu encontro?! Isso mesmo Luna Miller, está conversando com Carla a recepcionista da empresa, me aproximo dela e pigarreo, ela dá um pulo de susto e se virá na hora, com os olhos arregalados como se estivesse vendo um fantasma e então a comprimento.

-Boa tarde, senhorita Miller!-ela olha para os lados constrangida e responde.

-Boa tarde senhor Collins, tudo bem?-pergunta ela.

-Melhor agora Miller, me acompanhe por favor.-respondo e já a rebocando para o elevador, ela se solta.

-Não.. não estou conversando um assunto importante com a recepcionista Car..la.-Gagueja como se estivesse nervosa, me aproximo da sua orelha e sussurro.

-Já disse para me acompanhar.-ela fica meia indecisa se vem ou não mais mesmo assim me segue.

Entramos no elevador e vamos até meu andar em completo silêncio, quando a porta se abre Luiza olha para Luna com o rosto interrogativo, não dou a mínima.
Entro na minha sala e ela entra atrás, peço pra ela sentar na poltrona a frente da minha mesa e me sento atrás, começo a falar.

-Acredito que ficou sabendo do anúncio?-pergunto a ela.

-Sim.-responde em meias palavras.

-E então..?-pergunto para que continue.

-Senhor Collins, creio que eu seja a advogada que esteja procurando.-ela responde e eu fico pasmo, não acredito que é uma advogada!

-Você advogada? Não acredito!-digo.

-Porque não acredita?-pergunta.

-Não parece uma, já que veio pela vaga.-digo faço-lhe umas perguntas básicas e vejo que posso ficar mais perto dela com essa decisão.-Está contratada!-digo.

-Nossa, isso é maravilhoso, quando começo Collins?-ela pergunta meia desconfiada, essa mulher é mais esperta do que pensei.

-Pode ser amanhã mesmo se quiser, preciso que me ajude com o contrato de um cliente.-digo.

-Esse contrato é muito importante para a empresa senhor Bragança quer tudo perfeito e eu também.-ela ouvi o sobrenome e perde a cor do rosto começa a soar frio, tremer e fica como se estivesse se lembrando de alguma coisa, eu percebo.

-Tudo bem, senhorita Miller?-pergunto preocupado.

-Sim.. Sim.-ela responde gaguejando.

-Ok! Vou pedir uma água pra você se acal...-sou interrompido por ela.

-Nãooo! Não precisa, deve ser a pressão.-aumenta um pouco o tom de voz e já se levanta, nesse momento ela parece que vai desmaiar está mais branca que o normal, me levantando e seguro sua cintura a guiando até o sofá.

-Precisa sim, você não está bem e eu vou cuidar de você!- me levanto e peço para Luiza trazer uma água.

Minutos depois Luiza entra na sala com a água me entrega e fica olhando para nós e eu digo.

-Luiza já trouxe a água agora se retire, precisando lhe chamo.-ela sai meia sem graça, entrego o copo de água para Luna.

Ela bebe todo e continua tremendo, sento ao seu lado e pego suas mãos geladas.

-Luna agora me conte, porque ficou tão assustada quando disse o sobrenome do meu cliente?-pergunto e só agora ela me olha.

-Jason não é por nada, já disse que foi a pressão, agora tenho que ir.-diz já se levantando a seguro pelo pulso.

-Não! Espera você não vai sair nesse estado, você precisa se acalmar.- a sento novamente e acaricio seu rosto hipnotizado pelos seus olhos verdes, nossas bocas tão próximas, incapaz de suportar tê-la tão perto sem sentir seu toque, eu deslizei minhas mãos para seus cabelos, guiando-a para me beijar. Meu beijo foi agressivo como se estivesse desejando a muito tempo, ficando cada vez mais profundo, enquanto descia minhas mãos para sua cintura, a fazendo estremecer como eletricidade quando a tocava.

Em um movimento brusco ela interrompe o beijo.

-O que está fazendo?-pergunta meia ofegante.

-Não é óbvio? Te beijando.-ela fica sem reação e emenda.

-Já sei o que você está fazendo, está se aproveitando de um momento de fragilidade da minha parte!-diz meia irritada.

-Luna, olha me desculpe não quero que ache que sou um cafajeste, só não consegui me controlar.-digo e ela se afasta meia desconfortável, chego perto novamente e sussurro em seu ouvido.

-Desde que te vi naquela boate, tenho um desejo reprimido, uma atração muito forte por você, que nunca tive com nenhuma mulher.-digo isso e ela me olha com seus olhos verdes penetrantes como se pudesse ver minha alma.

-Não acredito! Você só quer me usar e fique sabendo que não vou cair na sua armadilha frajuta.-ela diz convicta e eu a beijo novamente, dessa vez rápido mas não deixando de ser possessivo, ela se solta dos meus braços e eu digo.

-Não vou desistir de você, pode fugir o quanto quiser, tentar se esconder, sempre vou te achar!-digo, ela se levanta.

-Você é louco, maluco só pode!-diz ela, pega a bolsa e sai batendo a porta.

O que eu fiz?! Porque estava me declarando pra ela nem a conheço, não posso me apaixonar novamente, somente atração nada mais, mesmo que por ela pareça que é diferente, nem eu me entendo, tenho a leve impressão que com ela é diferente, como se eu estivesse com ela não precisasse de mais ninguém no mundo, ela me acalma totalmente.

17:00

São exatamente cinco horas decido ligar para o Matt meu amigo detetive.

-Fala cara?-diz Matt.

-Eai tudo bem?- digo.

-Tudo ótimo, sei que quando me liga é coisa importante fala logo.-diz Matt, me conhece muito bem.

-Preciso que investigue uma pessoa.-ele pigarreia-Uma mulher.-ele da uma gargalhada.

-Ahhh..eu sabia! Quem é a garota?-pergunta ele.

-Luna Miller Evans.-digo.

-Nossa! Sério que você está atrás da advogada mais requisitada do país?-pergunta ele meio sarcástico.

-Isso é sério mesmo?! Ela é uma advogada?-pergunto já sabendo a resposta.

-Cara acorda, lógico que é, só que não é muito conhecida aqui em Nova York, é mais no Brasil.-ele fala e eu lembro do seu sotaque meio brasileiro, como não percebi isso antes?!

-Nossa quem diria, quero saber tudo sobre ela, nos mínimos detalhes estamos combinados?-digo.

-OK! Vou adorar esse caso, conhecer mais sobre a advogada Luna Miller vai ser um prazer.-ele fala e já me da raiva.

-Matt, vou fingir que não ouvi isso.-ele da uma risadinha.

-Jason não precisa ficar bravo ela é toda sua, cara.-ele diz e eu solto o ar aliviado.

-OK! Preciso disso para no máximo amanhã de manhã, me traga na empresa.-digo isso e desligo.

Eu devo estar ficando louco mesmo, porque estou com ciúmes dela, que trouxa que estou sendo o pior é que não consigo ser indiferente a nada referente a ela.

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