Não deu tempo de gritar, no momento em que caí, já estava em pé em outro lugar.
E que lugar...
Era um paraíso! Tinha muito verde, de um jeito limpo e brilhante. Havia chalés bem desenhados, como casas de boneca, pontos cintilantes por todo o lugar e muitas árvores altas. O sol dava beleza a tudo, fazendo com que brilhasse mais. Havia também colunas feitas de vidro, e nas paredes, pedaços brilhantes que pareciam ser vidro também. Olhei para o lado, me assustando com Rahel, que já estava ali. Ele continuava o mesmo, com uma única diferença...
Ele tinha orelhas pontudas!
— Por que está me olhando assim? — perguntou.
Desviei o olhar para a paisagem.
— Esse lugar é... incrível... Vidro, árvores...
— Vidro? — ele perguntou.
— É... — Apontei para as colunas e para os pedacinhos nas paredes.
— Ah. Não. São cristais e diamantes — ele disse, me deixando boquiaberta.
— Sério?
— É...
— Isso é incrível. — Passei o dedo em um diamante preso na parede.
Rahel soltou uma risada, e eu o olhei.
— Que foi?
— Humanos... Vocês se impressionam com pedras. Pedras! — Ele riu mais uma vez. — E o que mais? Vocês se matam por papel?
Eu pisquei, pensando que, no mundo humano, nós nos matávamos por papel. Dinheiro. Rahel ficou sério, notando que a resposta era positiva.
— Humanos são loucos. E burros. Vamos.
Ele andou, e eu o segui, me mantendo por perto. Eu já sabia que era uma aldeia e que havia muitos elfos. Vi meninas e meninos com orelhas pontudas, que não descartavam sua beleza. Eles riam e, de certa forma, se pareciam comigo. O olhar fascinante perante elementos naturais fazia com que eu me sentisse confortável. Ao andar por ali, percebi que era a primeira vez que ninguém estava me olhando. Eu não era diferente.
— Achei que você iria falar élfico — disse.
— Falamos três línguas: inglês, latim e élfico. Nas aldeias, falamos élfico. Mas aqui não há apenas elfos.
Rahel entrou em um chalé rosa-goiaba, e eu o segui. Lá dentro, era ainda mais fascinante, tinha cheiro de chiclete e maçã do amor. O espaço era bem organizado e com muitas minifadinhas. Olhei para o alto, onde havia uma fada sentada em um piano, ela brilhava e parecia ser a coisa mais fictícia que já vi, mas logo lembrei do reino lá fora. Ela olhou para Rahel e depois se voltou para mim, seu olhar parecia curioso, porém cauteloso.
— Rahel... — Ela bateu as asas e foi ao chão graciosamente. — Você a trouxe para mim.
— É... — Ele foi para o canto no interior do chalé.
— Como é? — perguntei.
— Pedi a ele que trouxesse você aqui — ela explicou. — Me chamo Roxanne.
— Mentiu pra mim — falei para Rahel.
— É. Me processa. — Ele se sentou, pondo os pés na mesa.
— Rahel... — a fada ralhou. — O que disse para ela?
— Ele disse que vínhamos conhecer... — falei antes dele. — Eu não fiz nada! Por que quer me ver?
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O Destino De Ravena: O Palácio de Cristal
Fantasía"E agora,para milhões de pessoas, nós somos apenas mitos? Isso não nos deixa à beira do esquecimento?" Ravena Gwin tem 16 anos e vive em Seattle com a mãe; para uma adolescente,as únicas preocupações deveriam ser espinhas, puberdade e rivais. Porém...