Capítulo 9

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— Monstros! — alguém berrou, causando o caos.

— Corre! — Rahel me puxou.

Os monstros invadiram o acampamento, e eu continuava a correr com Rahel, que segurava minha mão com força. Havia tantos deles, que eu sentia o coração doer. Muitos elfos se armaram, mostrando ter valido a pena todo o treinamento.

— Se esconde. — Rahel olhou para mim e sacou suas facas. — Vai!

Ele correu em direção ao ataque, e eu corri para o meu chalé, tentando ser o menos notada possível. Muitos elfos eram lançados pelo ar, ganhando ferimentos em seu corpo. No meu chalé, eu vi minha adaga sobre a mesa, a peguei nas mãos, decidida a ajudar.

Corri para o lado de fora, avistando um orc que segurava Liata pelo pé; eu corri na direção deles e saltei sobre as costas da criatura, que a largou.

— Ooorh! — rosnou o orc.

Ele balançava, e eu tive dificuldade de atingi-lo, porém me segurei firme e enfiei a adaga na garganta dele. A criatura se debateu, e eu saltei de suas costas, indo para o lado de Liata. O orc rosnou e se desintegrou.

— Obrigada... — Liata disse.

— Pegue sua arma — mandei.

— Tá... — Ela correu.

Virei para o lado e vi duas criaturas me olhando de forma furiosa, eu não sabia o que elas eram, mas me armei da mesma forma, colocando a adaga na altura do rosto.

— Podem vir — murmurei.

Elas vieram, e eu investi contra as duas com meus golpes; elas me arranharam, mas consegui cortá-las no lugar certo, o que só ajudou a aumentar seu desejo de me matar.

— Ravena! — Rahel surgiu, saltando sobre uma.

A outra avançou em mim, e, na defensiva, minha faca entrou na cabeça dela, fazendo com que eu caísse de costas, com o corpo do monstro sobre o meu. Ele não se desintegrou, então eu o empurrei para longe de mim.

— O que está fazendo aqui? — Rahel me ajudou a levantar.

— Vim ajudar. — Revirei os olhos.

— É fácil quando você não morre. — Ele bufou.

— Cale essa boca. — Olhei para ele. — Ajudei Liata, se quer saber.

— Eu vi... — Ele sorriu.

Pisquei, surpresa, e então um ogro surgiu, erguendo Rahel pela cabeça.

— Aaah! — gritei, desviando do golpe do ogro.

— Me laaargaaa! — Rahel tentava se soltar.

Olhei para a casa ao lado do ogro que segurava Rahel. Corri, subindo nos barris que estavam na lateral da residência e chegando ao telhado.

— Ei! — chamei, e o ogro olhou para mim.

Saltei em seu braço, cravando a faca nele. Sua mão soltou Rahel, e eu me joguei no chão, trazendo a arma comigo.

— Levanta... — Rahel me puxou.

— Aaaarh! — O ogro urrou.

— Corre! — chamei.

Corremos entre os monstros e elfos, sentindo o ogro ainda atrás de nós.

— E agora? — perguntei para Rahel.

— Você que me salvou, diga você. — Ele me puxou para um canto escondido.

— Eu? — Olhei para ele, ainda ofegante.

O Destino De Ravena: O Palácio de CristalOnde histórias criam vida. Descubra agora