Capítulo 8

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Já estava escuro quando comecei a me arrumar, coloquei um vestido curto vermelho, com as mangas jogadas no ombro, e as sapatilhas de pano que os elfos usavam. Ouvi aquelas risadinhas, e então vi as minifadinhas entrarem com uma coroa de flores em mãos, todas segurando juntas.

— Olá... — Sorri.

Elas puseram as flores na minha cabeça.

— Para mim? — Eu me olhei no espelho. — Obrigada. Vocês vão para a festa?

Elas deram voltas ao meu redor e então saíram pela janela. Lembrei que Rahel disse que as fadinhas faziam a festa no santuário. Talvez eu fosse lá...

Olhei-me no espelho mais uma vez, vendo que estava de acordo. Batidas suaves soaram na minha porta, e eu sabia que era Rahel. Ao abrir a porta, vi que estava certa. Ele estava vestido de forma simples, estava bonito, nada de roupa humana, nem de trajes elegantes, eram roupas de elfo mesmo.

— Vamos? — ele chamou.

— Tá. — Fui para o lado dele.

— Tente fazer amizades hoje.

— Vou tentar.

A aldeia estava bem movimentada, cheia de risos e alegria. Na fogueira, havia um porco sendo assado. No canto, duendes tocavam sanfona e outros instrumentos, fazendo uma música medieval circular, que agitava a todos. Não eram passos de balada humana, eram saltos, risos, giros e palmas; havia rodas e pares.

— Uau... — Eu ri. — Isso é muito diferente.

— Ser diferente é bom — Rahel afirmou.

— Parece música irlandesa. — Olhei para ele, que riu.

— Aí você terá que perguntar aos músicos.

— Você dança?

— Não. E nem adianta pedir.

— Não ia pedir... — Cruzei os braços.

— Ótimo... — Rahel sorriu.

— Rahel! — Um elfo menina, de cabelo escuro, se aproximou. — Você está aí.

— Bem notado, Liata — Rahel sorriu e se voltou para mim. — Essa é a Ravena.

— Oi... — Ela sorriu, e eu retribuí. — Sou Liata.

— Prazer...

— Você é muito bonita...

— Não a iluda — Rahel disse, me fazendo socar seu braço.

— Não ligue para ele — Liata sugeriu. — É um imbecil.

— Já notei. — Eu ri.

— Vão falar mal de mim na minha frente? — Rahel pareceu indignado.

— Vamos... — Liata cruzou os braços.

— Engraçadinha... — Ele tocou nas orelhas dela, que as tremeu, me deixando surpresa.

— Para, garoto!

— Vem, Ravena. — Rahel riu. — Vamos tomar alguma coisa.

— Nos vemos depois. — Liata saiu dançando.

Corri para o lado de Rahel, me sentindo muito feliz.

— Gostei dela — falei.

— Que surpresa. — Ele pegou suco para nós.

— É de frutas frescas?

— Sim. — Ele me deu, e eu bebi.

— Delicioso.

O Destino De Ravena: O Palácio de CristalOnde histórias criam vida. Descubra agora