Óbvio!

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-Como assim? -ele tentou se virar e eu me escondi mais. -Vão nos...

-Eu sei que vão nos explicar tudo hoje, mais quero saber de você, o que eu significo para você? O que você espera de mim Shun, eu não tenho nada para te oferecer, você é um cavaleiro de ouro... -não consegui segurar o sentimento angustiante que crescia em mim, eu precisava de respostas, eu tinha um medo crescente do que viria a seguir, do que descobriríamos. Shun girou o corpo rapidamente e eu quase cai, mas ele me segurou antes que o pensamento perpassasse minha mente, e me abraçou prendendo-me em seus braços prevendo que eu tentaria escapar.

-Olhe para mim Anna. -eu tentei me esconder no seu peito, não queria olhá-lo. -Por favor, olhe para mim. -ele esperou até que eu criasse coragem para fazer o que ele me pedia.

-Você me ofereceu de bom grado mais do que qualquer outra pessoa nesse mundo. -ele encostou nossas testas. -Me confiou sua vida, e mesmo sabendo quem eu era se dispôs a ficar ao meu lado.

-Mas... -ele se inclinou mais e me trouxe para si.

Ele mordeu meu lábio inferior e quando gemi ele encostou nossos lábios e explorou com sua língua minha boca sem me pedir permissão. Ele e a lento, um ladino explorando uma caverna em busca do tesouro ali escondido, procurando em suas paredes qualquer resquício de uma pista que lhe indicasse o caminho para o que queria, sem deixar de sentir a euforia pela aventura que se seguia. Ele foi calmo, carinhoso em todos os sentidos, em determinado momento uma de suas mãos foram parar em meu rosto alisando-o como se quisesse senti-lo ainda de olhos fechados, enquanto a outra me apertava firmemente contra si. Eu não lutei, e por que lutaria? Eu o queria, eu queria senti-lo, explorá-lo da mesma forma que ele fazia comigo, conhecer cada parte de si, e me perder na imensidão do seu ser.

Quando ele enfim separou nossos lábios ambos respirávamos com dificuldade.

-Eu acho que me apaixonei por você. -eu não imaginava que meu coração ainda pudesse bater mais rápido do que já batia, mais Shun me provou o contrário disso quando sua frase o fez ficar louco, ensurdecedoramente louco. -Não por ter sido destinada a mim nem nada assim, mais por ser você Anna.

Ele estava visivelmente envergonhado, mais nem por isso me deixou de sorrir, e em momento nenhum sua voz falhou, pelo contrário, ela parecia mais firme e rouca do que nunca.

"Sexy, deliciosamente sexy" -minha sanidade foi pro inferno com toda certeza.

-Acho que eu também... -minha voz saiu tremida, culpa de meus lábios que tremiam sem parar, como se sentissem falta do calor da boca dele.

Ele me sorriu terno, e fez que sim se aproximando de mim novamente, mais parou de repente.

-Temos "visitas". -disse me soltando, mas quando fiz menção de me afastar ele se colocou a minha frente me impedindo de fugir.

-Shun precisamos ir a sala do grande mestre. -uma voz estridente gritava e eu podia ouvir vários passos, como se muitas pessoas estivessem vindo por ali. -Ai não me bate Hyoga maldito.

-Deixe de escândalos Seiya, Shun não é surdo nem lerdo para você ficar gritando, ele com toda certeza sabe que estamos aqui. -Aldebaran e Mu vinham com mais 3 homens, dois loiros e um moreno, o loiro de olhos azuis penetrantes ralhava com o moreno que caminhava displicente com as mãos atrás da cabeça, todos vestiam um tipo de armadura reluzente, de ouro???

"Não retardada, de platina! Está na cara que são cavaleiros de ouro como o Shun" -queria bater em minha testa pela burrice.

-Bom dia Shun, poderia nos permitir a passagem por sua casa? -perguntou o loiro de longos cabelos crespos, e só aí que eu percebi que Shun estava a minha frente bloqueando a visão deles sobre mim.

A escolhida para mim!Onde histórias criam vida. Descubra agora