A jovem mostra o meu lugar, que é entre o Allan e minha mãe.
- Sr. Simons, Sr. Clark se me derem licença - ela diz, vira-se e vai embora, nos deixando a sós.
Olho para o Allan e percebo que ele ainda está impressionado com tudo. Nossos olhares se cruzam e como de costume me distraiu com os olhos penetrantes dele. Acaricio a barba dele com o dorso da minha mão e beijo a testa dele.
- Tio Petter! - escuto dois gritos agudos e viro-me.
São a Emily e o Lukas, as coisas mais fofas do mundo! Meus sobrinhos. Levanto-me, me agacho e abro os braços. Eles correm na minha direção e jogam-se nos meus braços. Abraço-os. A Emily tem cabelos encaracolados e castanhos claros, os olhos, verde esmeralda e a pele branca como a neve. Eu a apelidei carinhosamente de pudim. O Lukas tem os cabelos lisos e loiros, os olhos azuis como um topázio e como a irmã, é branquinho. Então o apelidei de floquinho de neve. Eles são gêmeos e têm sete anos.
Pego os dois, um em cada braço e viro-me para o Allan. Eu não posso me ver, mas seu que estou com um sorriso idiota. É sempre assim com eles! Eu nunca consigo manter a pose de serio quando eles estão por perto. Quando a Katty entrou em trabalho de parto eu estava com ela e com o Simon, e eu fiquei mais nervoso que o Simon. Então já da para perceber que eu faria qualquer coisa por esses dois.
- Allan, esses são meus sobrinhos - digo ainda com o sorriso idiota no rosto.
- Muito prazer Allan - dizem os dois antes que o Allan possa dizer algo.
- O prazer é meu, crianças - diz o Allan radiante.
- Essa é a Emily - digo e beijo a bochecha da Emily - E esse é o Lukas - digo e beijo a bochecha do Lukas, que enrubesce e sorri.
- Ai tio Petter... Sua barba me furou - diz a Emily.
- Fez cocegas em mim - diz o Lukas enquanto brinco com ele.
- Desculpa pudinzinho - digo roçando meu nariz no rosto dela e fazendo-a rir.
O Allan observa tudo com um sorriso bobo.
- Tio Petter! O Allan é seu namorado que todo mundo estava falando? - pergunta o Lukas, me surpreendendo.
Franzo a testa, sorriu e beijo a testa dele.
- Sim, floquinho, o Allan é meu namorado - digo e beijo a cabeça dele.
Allan faz a mesma coisa que ele fez quando falei para Hanna que ele era meu namorado. Fica calado e sem reação. Nesses momentos, não sei se ele está sem reação por causa da emoção ou se ele não quer nada serio, mas o problema é que os batimentos dele não aceleram e ele não tem nenhum sinal biológico de negação. Não fica desconfortável, não muda de assunto, não finge que não ouviu. Nada. Apenas fica sem reação e calado, mas acho que deve ser algo bom, já que ele derramou aquela lagrima no carro... Mas porque ele não sorri e não dá nenhum sinal de que está feliz?
Ele é muito complicado, eu não consigo decifrá-lo! Desisto!
Porra Allan assim você fode minha cabeça!
- Allan - escuto um grito estarrecedor e quase derrubo o Lukas em cima do Allan.
Só pelo ato de gritar no meio de uma festa e ainda está chamando por alguém, eu já sei quem é!
- Katty, eu ainda existo - digo sarcasticamente sem me virar.
- Você eu já conheço, Meu cunhado não! - diz a Katty passando por mim.
- Eu quase derrubei seu filho no chão, por sua causa - digo ajeitando o Lukas no meu braço.
- Você não está louco de machucar nenhum deles, eu arrancaria seu rim pela boca!

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Venatores - Ignis(Romance Gay)
RomanceCresci cercado de criaturas da luz, criaturas das trevas e humanos. Fui treinado para me tornar um líder. Consegui isso, mas uma coisa que me falta é um amor verdadeiro que me tire o chão, que me torne vulnerável e invulnerável ao mesmo tempo. Sempr...