Estaciono em frente ao apartamento do Allan e ele desce. Desço em seguida e o Calebe me segue.
– Ei! Espera – digo chamando o Allan.
Ele virasse e tem um sorriso bobo estampado no rosto. É algo que sempre gosto de ver no rosto dele. O seu sorriso!
Acho que em toda minha vida eu só consegui me sentir tão feliz assim, quando o Lukas e a Emily nasceram e eu tive a oportunidade de pegá-los no braço, antes do Simon!
Seguro o Allan pela cintura e puxo. Ficamos com as testas encostadas. Fecho meus olhos e respiro fundo o cheiro dele. É embriagante. Sorrio e abro os olhos e o vejo também sorrindo.
– Você fica muito fofo, quando está pensativo lobão – ele diz e morde meu nariz.
– E você é uma das melhores coisas que me ocorreu – digo e beijo-o e sinto sua linga suave e calma.
Seguro ele pelo moletom, que está com o zíper aberto, e puxo-o, quando ele tanta sair do meu abraço.
– Você tem que me largar pra eu poder subir – ele diz e da um selinho.
– Só isso? – faço bico.
Ele segura na minha nuca e puxa minha cabeça em direção a sua. Por um segundo acho que ele iria me beijar, mas ele me surpreende.
– Eu sei que isso vai parecer meloso e tenho certeza que alguém em algum filme ou livro já disse isso, mas eu queria poder congelar esses momentos que temos e guardar em garrafas para poder sempre poder rever – ele sussurra com os lábios e a barba colada na minha orelha.
Sinto uma lagrima involuntária, escorrer pelo meu rosto. Ele seca minha lagrima e me beija.
– Tenha cuidado e qualquer coisa me ligue – digo e beijo a bochecha dele.
– Tudo bem! Até amanhã – ele diz e me da um selinho.
O solto do meu abraço, ele vira-se e entra no prédio. Ele cumprimenta outro morador que sobe da garagem, no elevador e entra. Concentro-me e consigo acompanha-lo até que possa o ouvir entrar em seu apartamento. Escuto pondo a chave em cima da mesa do computador e seus passos em direção à varanda.
Ele me vê e acena. Retribuo. Caminho em direção ao carro e entro. O Calebe está sentado no banco do passageiro onde antes estava o Allan, olho para ele e ele sorri e solta o ar pelo nariz.
– O que foi? – pergunto confuso.
– Você – ele diz e sorri novamente.
– O que tem comigo? – pergunto ainda sem entender o que ele quer dizer.
– Você ama o Allan! Da para perceber isso só de ver vocês dois juntos. Ele sente o mesmo por você, mas vocês estão muito pouco tempo juntos pra perceberem isso – diz o Calebe como se estivesse conosco durante esses últimos meses.
Fico alguns segundos processando o que o Calebe disse.
Será que eu estou realmente amando o Allan?
– Como você percebeu isso em menos de doze horas com a gente? – pergunto.
– Eu sou um bom observador... E o Noah me contou tudo que aconteceu entre você nos últimos meses!
Tinha que ter dedo do Noah nessa historia!
Tendo dizer algo, mas as palavras fogem da minha mente. Respiro fundo e seguro o volante com um pouco mais de força.
O que está acontecendo comigo?
Minhas mãos estão suando e estou sentindo meu estomago virar do avesso como se algo estivesse o incomodando. Encosto a testa no volante e respiro fundo novamente e tento me acalmar.

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Venatores - Ignis(Romance Gay)
RomanceCresci cercado de criaturas da luz, criaturas das trevas e humanos. Fui treinado para me tornar um líder. Consegui isso, mas uma coisa que me falta é um amor verdadeiro que me tire o chão, que me torne vulnerável e invulnerável ao mesmo tempo. Sempr...