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Ed's P.O.V.

"Como é que descobriste?" digo sentado a seu lado na cama, depois de muito tempo calados após a saída da Wendy e do Steve, a quem entretanto pedi para ir buscar a Emma.

"Ligaram-me do hospital." Ela diz isto secamente e sem me olhar.

"E não sabias dizer-me para ir contigo?" retribuo no mesmo tom.

"Estavas a trabalhar e eu achei melhor não te preocupar."

"Estás a brincar?!"

"Não, podia não ser nada e ias ter que faltar ao trabalho e a Emma também lá estava e..."

"E acabou por ser muita coisa!" interrompo furioso "Pensei que já tinhas percebido que eu me quero preocupar! Porquê que estás sempre a fazer isto?!" ela não responde, está de cabeça baixa e consigo ouvir os seus soluços "Caramelo, olha para mim" ajoelho-me à sua frente, apoiando os braços nos seus joelhos "olha lá para mim" faço uma pequenina preção sob o queixo dela para que os meus olhos vejam os seus "Estamos os dois muito desiludidos, muito mesmo" digo isto com lágrimas quase a fugirem-me do canto do olho "mas não podemos desistir, não podemos baixar os braços, talvez seja um sinal!".

"Um sinal?.." limpo-lhe as lágrimas das maças do rosto e sinto uma caricia da sua mão direita. "Estás a falar do quê?"

"Nas últimas 2 semanas não paramos de pensar que estávamos metidos num sarilho, que não temos casa para vivermos juntos com os nossos filhos"

"Filho" ela interrompe pensado que me está a corrigir depois da catástrofe.

"A Emma não conta?" vejo uma expressão muito surpreendida.

"Não pensei que..."

"É o que estou a tentar dizer" interrompo novamente "Não temos pensado naquilo que devemos, naquilo que merece mesmo a nossa atenção... A Emma hoje perguntou-me se podia ser o pai dela e eu não respondi porque achei que devia ter algum tipo de autorização da tua parte para permitir que me chamasse pai." mas... "Mas já percebi que não preciso porque se fosse por ti ainda nem uma chapinha tínhamos dado" riu e a meu caramelo esboça um sorriso leve "Acho que temos que agir mais e pensar menos, percebes?"

"Como é que consegues ser tão prático?.." ela diz segurando na minha mão, na qual sinto uma das lágrimas que não limpei a cair.

"Não penses que estou menos triste que tu, mas acho que" engulo em seco "acho que um de nós tem que ser prático e adulto que chegue para ajudar o outro" agora é a minha vez de limpar os meu "e se o adulto prático tiver que ser eu... acho que também já estava na hora!"

"E então... o que sugeres? Que fique feliz e contente por já só ter um bebé?"

"Não é um bebé, é o bebé!" sento-me novamente a seu lado e sinto a barriga "E nós vamos mudar!" respiro fundo "O Steve fez-me uma proposta."

"O que tem isso a ver?" ela parece confusa "Proposta de quê?"

"Ele quer comprar o Lucky Voice e sugeriu que eu fosse sócio dele."

"O quê?! E como?! Não temos dinheiro para investir nas parvoíces do meu irmão!" ela fica ligeiramente inquieta.

"Calma, é uma longa história, mas agora não tens que te preocupar com isso porque eu já decidi que vou aceitar!"

"Já decidiste? Assim? Sem mais nem menos? E neste momento?!"

"Precisamente! Precisamos de dinheiro, precisamos de uma vida diferente! E temos que começar por algum lado! Eu adoro aqueles miúdos todos, mas a Emma vai sair de lá e entrar para a escola no próximo mês e sinto que já não estou lá a fazer nada... Confia em mim!" peço quase a implorar.

"Está bem" ela suspira "estou demasiado... talvez cansada, para discutir isso agora"

"Vais ver, em breve vais ao Lucky Voice ver-me a dedicar uma música à grávida mais linda do mundo" dito isto beijo-a antes que tenha oportunidade de dizer seja o que for.

Growing Up - Ed Sheeran Fanfiction (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora