Dois - Daniel.

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Eu e Fernando apostamos uma corrida até a escola. Eu pedalei minha bicicleta o mais rápido que consegui, mas Fernando sabia atalhos, e o rolamento do skate no último, fazendo com que uma remada fazia ele andar quinhentos metros, sem fazer porcaria de força nenhuma.
Conclusão: Ele chegou antes de mim, sem nem mesmo suar, enquanto eu cheguei depois com o corpo todo suado, e ofegante.
_ Como você faz isso?_ Eu perguntei, capotado no chão.
_ Depois te ensino._ Ele me levantou, me ajudando a amarrar o cadeado em volta da bicicleta e do portão.
Depois do Apocalipse, que eu nasci um pouco antes de desaparecer, e praticamente não vi nada, o crime praticamente desapareceu. Clara diz que foi necessário o povo virar zumbi, para perceber que roubar o outro porque não tem o que ele tem, é errado. Me pergunto por que...?
_ Você trouxe o meu livro de matemática?_ Fernando me perguntou.
_ Eu não sou seu empregado querido, então eu trouxe o meu e o seu ficou em cima da sua cadeira._ Eu disse, dando uma patada no meu irmão, e colocando a chave de casa dele no meu bolso. Só pra zoar e deixar ele ficar pra fora de casa.
_ Você é muito trouxa sabia._ Fernando disse.
_ Eu sei... Mas você é muito babaca.
_ Eu sei._ Rimos os dois, entrando pela porta principal.
Nos separamos, minha sala era a 2, do sexto ano, e a do meu irmão era a 4, também do sexto ano.
Entrei na sala, sentando na minha carteira, a segunda da fileira do meio. Eu não sou o mais baixinho da sala, mas também não sou como o Ygor, o mais alto do nosso ano e da nossa sala, que é repetente. Eu simplesmente odeio ele, por esse exato motivo que vai acontecer em três... dois... um...
_ Aí nerdão! Como é que é ser um trouxa como você?_ Ele gritou do fundão da sala, sentado em cima da carteira. Trinquei os dentes.
As pessoas que estavam na sala riram, principalmente a Eduarda. Meu Deus, eu só não odeio mais a Eduarda, por que se eu odiasse, ela seria o Ygor. O que eu simplesmente odeio nela e a risada irônica, e o jeito de babá ovo no Ygor.
O sinal tocou, e o resto das pessoas entraram na sala. Alguns minutos depois, a professora de ciências, a Glória, chegou.
A sala ficou em silêncio, enquanto ela explicava sobre vermes, iniciando o quarto bimestre. A professora se virou para escrever o resumo no quadro, e eu peguei minha caneta para acompanha-la.
Foi então que senti a bolinha na minha nuca, e as risadas abafadas vindas lá de trás. Peguei a bolinha do chão. Meu Deus, era gigantesca. Abri um pouco da bolinha, e peguei o apontador de ferro jogado no chão. Estava marcado com o nome de Eduarda. Perfeito.
Coloquei o apontador dentro da bolinha, e no momento em que Eduarda e Ygor viraram para comversar um com o outro, eu taquei a bolinha, acertando a cabeça do Ygor certeiramente.
Me virei e recomecei a escrever no momento em que, Ygor deu um grito gigantesco.
_ Aaaaaiiiiiii!!!!!!!_ Ele gritou. A professora olhou para ele.
_ O que é isso Ygor?!!
_ O Daniel me jogou uma bolinha de papel com um apontador de ferro dentro!!!!
_ Não joguei!_ Tá bom, era mentira, mas ele mereceu.
_ Me deixe ver esse apontador._ Ygor deu o apontador para a professora._ É da Eduarda. Eduarda, porque você fes isso?
_ Mas eu não fiz!
_ O apontador é seu, então, está claro que foi você._ A professora disse. Eu estava rindo por dentro.
_ Não foi ela, foi o Daniel!_ Ygor disse.
_ Ygor, você não pode ficar protegendo sua amiga, ela fez algo errado. E colocar a culpa em outro é ainda mais errado._ Glória disse._ Os dois, direto para a diretoria.
_ O que!!!!!!!!!!_ Eles disseram.
_ AGORA!_ Os dois olharam para mim com o olhar tão mortal, que eu quase morri alí mesmo.
Os dois saíram, e a professora continuou a aula. Eles não voltaram até o intervalo.
O intervalo passou com muitos olhares para mim. Fernando lanchou comigo como sempre fizemos, e conversamos sobre algo da vida e sobre notas.
Passou mais algumas aulas, e o sinal da saída tocou.
Eu estava saindo da escola esperando o Fernando sair também, quando fui empurrado no chão.
_ Ai seu trouxa, quem você pensa que é pra me tacar uma bolinha?_ Ygor quase gritou na minha cara.
_ E eu ainda levei a culpa! QUEM VOCE PENSA QUE É?_ Eduarda deu um gritinho.
_ E quem VOCÊS pensam que são para ficar me fazendo bulling?_ Eu disse, enfrentando os dois.
_ Seu filho da puta, cala a sua boca!_ Ygor disse, me dando um soco no rosto.
_ Não chama a nossa mãe assim seu troxa!!!_ Ouvi a vós do meu irmão, vindo de trás deles.
_ E por que não? Vai chamar ela aqui é?_ Eduarda disse.
_ Cala boca vadia, minha mãe tá morta!_ Eduarda arregalou os olhos._ Ela morreu tentando salvar esse mundo do Apocalipse sua trouxa, ela ajudou a criar a cura pros seus pais, que eu sei que foram zumbis, e morreu no processo!
_ É por esse motivo e mais milhares de outros que você não pode fazer bulling comigo._ Eu disse.
E foi com essa frase que eu e Fernando saímos rapidamente, pegando a bicicleta e o Skate.
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Oiee pessoas! Td bem com vcs? Esse capítulo foi feito para jogar na cara dos putiranhos que fazem bulling com o Daniel, que eles são idiota e FDPs. Só pra isso mesmo.
Like e comente. Espero que gostem. Tia Jujuba. ;-)

Segunda Geração Contra O Apocalipse Zumbi (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora