Capítulo 2

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Amanhã será o grande dia. A tão esperada viagem para a Espanha. Minhas malas ja estão prontas e o plano segue perfeito. Mas ainda faltam alguns detalhes e terei que pensar em como irei faze-los. Fico perdida em pensamentos até sentir alguém me abraçando por trás.

- Bom dia querida! Ansiosa para amanhã ?

- Você não sabe o quanto. - Sorrio.

- Que bom! Porque acho que irá adorar o meu presente.

- Presente ? E o que seria ? - viro-me para ele.

- É surpresa. - Ele põe uma mexa de cabelo atrás de minha orelha.

- Eu também tenho um presente para você. Mas também será uma surpresa.- Sorrio maliciosamente pensando no que se trata.

- Muito bem. Agora - Ele segura meu queixo com força. - O que você fazia ontem na boate do Pierre ? Espero que ele não tenha dado em cima de você novamente.

- Só fui ver alguns amigos. E não. Ele já aprendeu a lição da última vez. - O aperto no queixo é tão forte que começa a me dar dor de cabeça. Fecho meus punhos e tento me controlar.

- Acho bom então. - Ele me solta e me da um pequeno beijo na bochecha. - Tenho que ir trabalhar. Até mais.

Ele vira as costas e sai. Meu coração Demora um pouco a se acalmar e preciso urgentemente de uma aspirina para dor de cabeça. Calma. É só o que penso. Amanhã tudo vai mudar. A crise de tosse vem com tudo e os criados aparecem correndo com um copo de água.

- A senhora está tomando seu remédio? Não pode deixar de toma-los.

- Não irei precisar tomar por muito tempo. - bebo o copo de água para limpar a garganta. - Já estou melhor, obrigada Judite.

Entrego o copo de água para ela e concerto minha roupa. Tenho que ficar firme. Despeço os empregados e peço Judite para chamar Dominic. Enquanto eu o espero, caminho até o Jardim da frente e sento-me no pequeno banco que fica no centro do Jardim.

- A senhora mandou me chamar?

- Sim. Sente-se. Você trabalha para mim a quanto tempo Dominic?

- Estou bem em pé senhora, obrigado. Trabalho a 15 anos.

- Muito bem. E nesses 15 anos você sempre foi fiel a mim. Sempre cumpriu com seus afazeres e nunca questionou nenhuma ordem.

- Sim senhora.

- Muito bem. Sei que você tem uma esposa e duas filhas pequenas. Gostaria de umas férias?

- Eu gostaria sim senhora. Mas também gosto do meu trabalho.

- Eu sei. Eu te darei suas férias. Mas tenho só alguns trabalhos para você fazer. Quando termina-los, estará dispensado.

- Sim senhora. Obrigado. E o que a senhora quer que eu faça?

- Quero que você mate meu marido.

Eu sou tudo que você precisa (incompleto)Onde histórias criam vida. Descubra agora