Sinopse: Meredith Rose Calore, a futura rainha de Brownwood, enfrentou o seu momento mais sombrio quando se viu obrigada a se render ao pior inimigo de seu noivo, o rei Leonidas, para proteger seu povo. Em um ato de desespero e coragem, ela sacrific...
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A única coisa que eu queria neste momento era sair daqui, ir para bem longe de Samsalom e não voltar nunca mais. A única coisa que eu queria era poder abraçar Leon. Ter minha vida de volta. Por que isso tudo está acontecendo comigo? O que Nicolay quer? Preferiria que ele tivesse me matado no dia em que colocou as mãos em mim. Estar perto dele causa um inferno em todo o meu organismo principalmente depois que ele matou Carlo de forma tão repugnante e atroz. Em pensar que eu cheguei a sentir coisas por ele mas deveria ser algum tipo de efeito que ele consequentemente causa em todo mundo. Era só uma criança, ele deveria ter matado a mim por tentar fugir. A culpa é totalmente minha. Terei que conviver com esse encargo, com esse ônus para o resto de meus dias. Não foi Nicolay que matou Carlo. Fui eu.
A carruagem preparada é apertada e desconfortante. Não sei como estou conseguindo suportar dividir o mesmo lugar que um assassino. Às vezes me pego pensando quantas pessoas Nicolay já matou. Certamente centenas de milhares de pessoas. Ele está agora sentado em minha frente com uma expressão austera, impassível. Ao seu lado está Lucas e ao meu Kedra os outros homens estão viajando a cavalo. Helena, Catarina, Alice e Alysson estão em outra carruagem logo atrás da nossa seguindo o mesmo trajeto. Pedi para Lucky dizer a Nicolay que gostaria que a gêmeas fossem comigo nesta viagem de planos inexploráveis e sem nenhuma ressalva concordou de imediato. Espero que eu não as prejudique com este pedido assim como fiz com Carlo pois não sei ao certo onde estamos indo mas sei que se elas estiverem ao meu lado todo medo e preocupação será minimizado. Tento não tirar os olhos da janela a visão do outro lado me acalma, se torna minimamente inebriante. Não sei como encarar essas pessoas que estão ao meu lado sem que me dê ânsia de vômito. Pelo canto do olho vejo que Nicolay está me encarando atentamente como se quisesse ler meus pensamentos. Quero chorar, a angústia é tão grande que eu realmente necessito chorar mas deixo que meu coração se contorça dentro de mim para que não haja perigo nenhum de soltar uma lágrima se quer.
— Teremos que acampar durante a noite, seria suicídio continuarmos. — Disse Nicolay tentando quebrar o gelo esperando que meu olhar se voltasse para ele.
Percebendo que nenhuma palavra sairia da minha boca Kedra respondeu.
— Concordo irmão não seria uma boa ideia continuarmos. O sol já está se pondo poderíamos parar agora para montarmos um acampamento provisório.
— Montamos o acampamento hoje e partimos amanhã de manhã bem cedo. — Disse Lucas já se reorganizando, precisava avisar o cocheiro para parar os cavalos.
— O que acha Meredith? — Me perguntou Nicolay.
— Acho ótimo na verdade. Quanto mais rápido sairmos dessa carruagem ínfima e finalmente obtermos a liberdade de estarmos distante o suficiente um do outro melhor. — Falei ainda encarando a janela.
Silêncio.
A carruagem para depois de mais alguns longos minutos. Lucas abre a porta e se apressa em sair logo atrás vai Kedra. Assim que me direciono para me retirar também sinto as mãos de Nicolay em meus braços.
