Capítulo 33

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— Se incomoda se eu te acompanhar? — Dempsey apareceu de repente em meu caminho e perguntou

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— Se incomoda se eu te acompanhar? — Dempsey apareceu de repente em meu caminho e perguntou.

— Ah! De forma alguma, não me incomodo. — Aceitei desconfortável.

— Para onde vai? — Perguntou interessado demais.

— Estava indo para o jardim. — Respondi, torcendo secretamente para que ele desistisse de me acompanhar.

Dempsey não é uma pessoa ruim; ele nos ajudou em várias ocasiões, mas há algo nele que simplesmente não me agrada.

— Uma ótima escolha. — Respondeu sorrindo de forma simpática.

O jantar já terminou, e Helena e Catarina seguiram para seus quartos. Os rapazes ainda não voltaram, e estou preocupada. Não sei se aconteceu algo e detesto ficar no escuro. Para piorar, não tenho certeza se Nicolay, Rixon e Gerad chegaram bem em SunFifth e MoonFifth. Esses pensamentos estão fazendo minha cabeça girar, por isso decidi dar uma volta no jardim, mas começo a me arrepender da ideia. Agora, Dempsey e eu estamos percorrendo os corredores do seu palácio em direção ao jardim, cada passo aumentando minha ansiedade.

— Sabe agora que você está mais tranquila seria um ótimo momento para nós conversamos sobre alianças o que acha? — Coçou as mãos.

"Estava demorando".

— Bom, eu ainda não sou rainha, então não serei de grande serventia para você ou para Lós. — Arrumei uma desculpa.

— Certamente que será Meredith, não se subestime. Imagine só? Seriamos imbatíveis. Os dois reinos e Lós. Magnífico! Não? — Argumentou todo animado e decidido a tentar me convencer de qualquer maneira.

— Bem Dempsey eu não quero ser...

— Vamos dominar Sky! — Disse me interrompendo como se minha opinião não fosse importante.

— Eu não quero dominar Sky. — Falei determinada.

— Pois deveria querer. Poder é tudo, e certamente teríamos muito, muito poder se nos juntássemos. — Disse, parecendo meio descontrolado, como um psicopata louco que faria qualquer coisa pelo poder.

— Penso diferente. Será que poderíamos mudar de assunto e falar nisso depois? — Estou cansada deste assunto e não sei mais como fugir.

— Bom Meredith na verdade eu...

— Senhor! Senhor! — Um dos guardas gritou de forma escandalosa, interrompendo Dempsey no meio de suas palavras.

"Graças aos senhores".

— Diga homem! — Dempsey falou em um tom forte e severo.

O guarda me lançou um olhar que dizia "ela não pode saber, é um assunto particular". Parecendo resolver o problema, ele pediu permissão para se aproximar do seu governante. Dempsey assentiu com a cabeça e o guarda se aproximou, cochichando em seu ouvido. A expressão no rosto de Dempsey me assustou; sua expressão mudou drasticamente de normal para um vermelho tomate, deixando claro que algo sério estava acontecendo.

— Você é idiota? — Perguntou gritando ao guarda me assustando.

— Senhor eu... — O guarda tentou falar com a cabeça baixa, mas foi interrompido.

— Não quero saber! Eu disse para não vir até aqui. Você por acaso é um idiota? — Gritou novamente, ficando ainda mais vermelho, com as veias quase saltando.

— Je mettrai fin à ta vie si tu ne le résous pas maintenant! — Esbravejou Dempsey em outra língua.

(Eu vou acabar com sua vida se você não resolver agora!)

— Seigneur mais il ne m'écoute pas. — Respondeu o guarda de volta.

(Senhor, mas ele não me escuta.)

Não consigo entender nada do que eles estão falando, minha curiosidade está me matando. Neste momento, gostaria de poder falar a língua tradicional dos Lóianos, que tem origem no antigo francês de Lós.

— Trouvez un moyen de le contrôler. Ou dis au revoir à ta tête bien-aimée — Disse Dempsey parecendo ordenar algo para o guarda.

(Encontre uma maneira de controlá-lo. Ou diga adeus à sua amada cabeça)

O guarda fez uma reverência e saiu. Os gritos de Dempsey Horla me são familiares; tudo nele me é familiar, e tenho certeza de que já o vi antes.

— Me desculpe por isso. — Ajeitou sua roupa e os cabelos voltando a figura elegante de antes.

— Eu... — Não consegui terminar.

— Não se preocupe são só problemas burocráticos de um governador responsável. — Explicou sem ao menos me dar a oportunidade de formular minhas palavras.

— Claro! Eu acho melhor eu ir para meu quarto estou cansada quem sabe um outro dia conversamos mais. — Falei já andando para o lado contrário do corredor.

Dempsey permaneceu em silêncio, o que me impulsionou a agir rapidamente antes que sua disposição mudasse. Ao olhar para trás, encontrei seus olhos fixos em mim, o que me fez oferecer um sorriso nervoso antes de acelerar o passo. No instante em que virei o corredor, senti a necessidade de escapar, então corri até o quarto e fechei a porta atrás de mim, sentindo o coração bater acelerado pelo esforço. Ofegante, permiti-me um momento para recuperar o fôlego, enquanto minha mente fervilhava com a pergunta persistente: "De onde conheço Dempsey?" Estava certa de que o tinha visto em algum lugar e estava determinada a recordar. "Preciso descobrir. Preciso descobrir." Por alguns minutos, eu andava de um lado para o outro, massageando as têmporas com os dedos, confiante de que a resposta surgiria. Sua presença era marcada por um estilo impecável, sempre elegantemente vestido e adornado com o mesmo pingente em todas as roupas. Um grito estridente, tão familiar quanto o rugido de um leão, ecoava em minha mente, e então, como um lampejo, a imagem de um símbolo representando um leão veio à tona.

— Merda. — Sussurrei.

"Merda, merda, merda, droga!" As palavras escapavam dos meus lábios enquanto eu corria em direção à sacada do meu quarto, desesperadamente buscando uma rota de fuga. Encarei o chão lá embaixo, avaliando a altura - não era tão alta; talvez descer fosse uma opção viável. Mas então, como se o destino quisesse me desafiar ainda mais, avistei Catarina e Helena lá embaixo. "Merda dez vezes merda." Rapidamente, dei meia-volta e me dirigi ao armário onde tinha deixado algumas de minhas coisas. A adrenalina pulsava em minhas veias enquanto eu buscava freneticamente o que precisávamos para sair dali o mais rápido possível. Cada segundo era crucial. "Preciso avisar as meninas", murmurei para mim mesmo, consciente de que não poderia deixá-las para trás nesta situação perigosa.

— Ok Meredith calma, você precisa manter a calma e disfarçar. Haja naturalmente. — Falei para mim mesma. Tentando trazer a lucidez de volta.

Sem correr, mas com uma urgência crescente, agarrei minhas coisas. Enquanto me apressava, meu bracelete acabou se prendendo em uma linha do corpete. "De onde saiu isso?" Minha frustração explodiu quando tentei soltar o bracelete e, por acidente, bati minha mão com força em uma mesinha próxima. O impacto fez a mesinha balançar, derrubando o conteúdo que estava sobre ela. Num instante, me abaixei para recolher o que tinha caído. No entanto, ao olhar para minhas mãos, percebi que estavam tremendo incontrolavelmente, tornando quase impossível segurar qualquer coisa. Enquanto eu me agachava, de costas para a porta, o som súbito de alguém batendo fez meu coração disparar. Virei-me abruptamente, um misto de medo e antecipação girando em minha mente. Por um momento tenso, a pessoa do outro lado não fez mais barulho, deixando-me com a esperança de que talvez não fosse nada. Mas então, sem aviso, um envelope deslizou por debaixo da porta. Fui tomada por uma onda avassaladora de desespero. Tentei controlar minha respiração, mas foi em vão. Lentamente, com mãos trêmulas, aproximei-me do envelope e o peguei, sentindo-me dez vezes mais frágil do que o normal. Com um arrepio de ansiedade, abri o envelope e o que li lá dentro foi um choque tão intenso que tive que me segurar em algo para não cair no chão.

"Abra a porta gatinha!"

Era o que dizia no bilhete.

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