Capítulo 24

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O céu escurecia lentamente enquanto eu me encontrava em meio à agitação da festa lá fora

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O céu escurecia lentamente enquanto eu me encontrava em meio à agitação da festa lá fora. Amanhã será o último dia de treinamento antes de partirmos para Brist em BlackWhite, mas, estranhamente, eu não estava no clima para festejar. Minha mente estava uma confusão de pensamentos, minhas emoções à flor da pele. Primeiro, decidi chamar Nicolay de Leonidas. Quanta estupidez. Em seguida, veio a súbita vontade de explorar o quarto do meu verdadeiro pai. Uma busca por respostas, uma tentativa de compreender mais sobre a parte de mim que está envolta em mistério.

Despedi-me de Victória, agradecendo sua gentileza por ter retornado comigo de Moonfifth para Sunfifth. Cruzando a ponte lentamente, permiti-me absorver a vista magnífica dos arredores: a eminente floresta, as majestosas montanhas e o mar revolto lá embaixo. O vento batia com intensidade, como se me envolvesse em um abraço reconfortante, acariciando minha pele. Adentrei o interior do palácio e, em vez de seguir para o meu próprio quarto, decidi seguir em direção ao aposento de minha mãe. Era estranho perceber como nunca havia sentido curiosidade sobre o lugar onde ela dormia, onde ela se refugiava. Mas agora, diante das incertezas que permeavam minha jornada, a busca por esse conhecimento parecia essencial para entender melhor a mulher que me trouxera ao mundo e a mim mesma.

Não demorei muito para encontrar o quarto. Era todo branco, impecavelmente arrumado, com uma grande estante repleta de livros. Tudo ali era delicado, especialmente as flores de Ana, que conferiam um toque sofisticado. Certamente alguém ainda vinha para trocar as flores e manter tudo em ordem. Um armário grande capturou minha atenção. Assim que o abri, meu coração começou a bater mais rápido. Estava repleto de vestidos e uma variedade de acessórios que ela costumava usar quando estava viva. Escolhi um vestido rosa bebê, sem mangas, com decote em formato de coração. Ao abraçá-lo, pude sentir ainda o seu perfume, um aroma reconfortante. Enquanto eu o colocava de volta no lugar, algo caiu ao chão. Curiosa, abaixei-me para ver o que era. Um bracelete com um pingente representando uma lua, um sol e uma estrela. Banhado em ouro e adornado com algumas pedrinhas de rubi. Ao colocá-lo em meu pulso, contemplei a beleza da joia. "Seria realmente um roubo se eu levasse isso comigo?", questionei-me. Depois de guardar o vestido cuidadosamente, fiz um esforço para deixar tudo no mesmo lugar. Ao sair do quarto, fechei a porta com delicadeza, levando comigo o bracelete. Prometi a mim mesma que, assim que voltasse de Brist e resolvesse minhas pendências, diria a Joseph que queria ficar com o quarto da minha mãe para mim. Quanto mais perto estivesse dela, melhor me sentiria.

Enquanto caminhava pelos vários corredores do palácio em direção ao meu quarto, fui interrompida por um som vindo de uma das salas. Não eram apenas ruídos comuns; eram risadas femininas. Decidi me aproximar com cautela, sem querer interferir no que quer que estivesse acontecendo. A porta estava entreaberta, permitindo apenas uma leve luminosidade. Caminhei silenciosamente, tentando não chamar atenção. Ao chegar mais perto, presenciei uma cena que me surpreendeu. Nicolay estava encostado na beira de uma mesa, sem camisa, enquanto Catarina mantinha uma de suas pernas ao redor de sua cintura. Suas mãos descansavam sobre as coxas dela. Fiquei chocada com a cena inesperada.

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