Wendy
Mais uma droga de dia!
Fico me perguntando como posso ser tão azarada. Primeiro na entrevista de emprego de primeira a secretária não foi com minha cara e não fui contratada. No segundo cheguei atrasada e perdir a vez. E agora na terceira. Deixei cair café quente em cima do chefe muito rígido da empresa de agências.
Sou uma droga de uma mulher com azar grudado na pele.
Bem pra você que não me conhece, me chamo wendy Lancellotti. Tenho 24 anos sou ruiva, tenho os olhos verdes, e sou magra. Não tenho curvas. Bem me considero uma tábua.
Você é casada ou namora wendy?
Bem, não, já fiquei noiva só que o canalha do meu ex-noivo me traiu com a vaca da minha amiga.
E consequentemente não tenho amigas pra variar.
Sim, tenho um melhor amigo, que se chama Felipe. E outro que é um irmão de outra mãe o Anderson. E meu colega de infância Leandro.
Mais só tem amigos homens? Sim. Meus amigos não tem frescura de amigas e eles me entendem e não me julgam. Ao contrário, são loucos pra encontrar um cara pra mim. O que ta difícil no mercado hoje em dia. Ah homem tem em todo lugar mais um que preste, ta difícil pra carambolas.
Agora sentada na cadeira de uma cafeteria que encontrei perto de onde fui a agência de empregos, fico pensando como vou conseguir um emprego que pague as dividas que estou devendo. Como vou sobreviver em Nova York sem um emprego Senhor! Olho pro céu azul do vidro gigante que me presenteia com a visão das pessoas andando de um lado para o outro indo pro seu trabalho. Buscar seu filho, almoçar ou simplesmente comprar roupas caras.
Preciso de ajuda. Mais quem?
De repente um carro mais que brilhante, preto, para na frente da cafeteria e uma chuva forte começa a cair e o homem muito elegante sai do carro sendo guiado pelo motorista debaixo de um guarda chuva entra no estabelecimento.
Não consigo ver seu rosto. Reparo que ele tem um relógio de ouro muito caro com certeza e os sapatos de tirar o fôlego de lindos.
Ele entra numa sala climatizada e uma garçonete o atende e vejo a moça corar assim que olha para o rosto do homem. Quando dou uma segunda olhada, a moça sai com o rosto vermelho mais com expressão de medo.
Quase chorando. Que horror! O que aquele metido dos infernos fez a moça carismática. Ricos e suas atitudes estúpidas. Odeio todos. Se acham melhor que os outros.
- Nojento! Digo alto e todos na cafeteria olham pra mim.
- Não.... O homem do balcão fala baixo mais consigo ouvir sua súplica.
- Eu ouvir alguém chamar Kincade de nojento é isso mesmo? Ouço uma voz fina e enjoativa e quando me viro há uma loira aparentemente modelo me encarar furiosa.
- Disse mesmo. Por que? Te ofendeu querida. Debocho dela e a mesma abre a boca horrorizada.
- Eloisa, sente comigo e não ligue pra o que essa pobre mulher fala. Agora! O homem sentado de costas manda e a modelo loira se senta e fica parada que nem uma múmia.
- Patéticos! Digo e pego minha bolsa rumo a saída e sou barrada por braços fortes me segurando bruscamente pelo braço.
- Me solte! Digo e o homem não faz um esforço. Me livro de seus braços e o encaro furiosa.
- Nunca mais me dirige a palavra senhorita. Ele diz grave e forte e por um segundo quase o obedeci.
- Então seja menos estúpido. Seu ogro. Cuspo as palavras.
Nossos olhos se encontram e o pânico me toma por completo. E a expressão dele também não foi das melhores.
- Wendy? Ele arregala os olhos assustado ao me ver.
- Kincade? Repito e ele tira sua mão de mim como se tivesse levado um choque.
Minha raiva aumenta e instintivamente lhe dou uma bofetada no rosto.
- Isso é pela moça garçonete! Grito furiosa e saio as pressas do local.
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Kincade
RomanceQuando se vai embora de um lugar que marcou sua vida, doe lá no fundo do peito. Quando se olha pela janela e lembra de momentos bons, de risadas de como foi feliz naquele lugar. E descobre que era feliz e nem sabia. As vezes temos a chance de voltar...