Capítulo 10

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Wendy

Nossa que coisa bizarra. Parece até que ele me persegue, vim hoje por convite dos meus amigos do prédio e acabo encontrando esse traste.

E pra ferrar tudo, venceu e me deu o troféu. E mais fudida estou por que irá me levar em casa com certeza.

Olho de relance e vejo ele entrando no vestiário masculino.
Aproveito pra me juntar aos meus amigos. Um deles que é meu Best Friend desde que cheguei em Nova York se chama Gabriel. Tem 34 anos. Solteiro, bonito tipo um galã. Mais só amizade nos ronda. É musculoso, tem os olhos mel e um sorriso perfeito. Ja contei a ele sobre Kincade mais foi bem no começo da nossa amizade. O que não é pouco. São 4 anos de pura amizade e companheirismo.

Esses dias ele está dormindo lá em casa porque tenho sonhos ou melhor pesadelos constantes e ele me conforta.

Teve uns dois anos atrás que eu achei que ele era afim de mim. Falava que eu era namorada dele pra minha mãe uma vez que ela me ligou mais eu falei que era mentira. Coisas das nossas brincadeiras. Mais teve uma vez que foi desconsertante. Foi numa festa, agente bebeu muito, e resolveram fazer um desafio. Trancaram agente no carro e desafiaram que agente se beijasse que se fosse só amizade não sentiriamos nada.

No começo foi até engraçado. Só que no momento que eu vi ele chegando perto meu coração parou. Ele me beijou e quase que como automático eu correspondi. Foi ficando bom, ele começo com a mão boba e eu sem ar. Só depois de alguns minutos que eu fui dar conta do que eu estava fazendo. Agente saiu do carro damos uma de " Ta aí é só amizade". Mais na verdade aquilo mudou um pouco nossa amizade. E nos fez ser ainda mais íntimos.

Sou puxada e abraçada com carinho e vejo que é Gabriel.

- Ei. Ta pensando em que Dy? Ele me olha fixamente.

- Nada. Só quero ir embora daqui. Vamos! Ele pisca e nos despedimos dos nossos amigos.

Ele coloca o casaco dele em mim e me guia até fora do torneio.

Quando coloco os meus pés para fora ouço aquela voz que me tira a sanidade.

- Onde pensa que vai? Me viro e o encaro.

- Pra minha casa. Só acho. Digo com desdém.

- Hum. Não se preucupe eu a deixo com o maior prazer. Ele diz sorrindo.

- Não obrigada, eu vou com...

- O namorado dela. Ele me abraça por trás e vejo o queixo de Kincade se contrair.

Minha vontade era de me espocar de rir, mais me contive. Dei um sorriso cúmplice pra Biel e saímos da vista de Kincade, entramos no carro. Ele deu partida e eu fiquei com a cabeça encostada no batente da porta olhando pra lua no céu. 

- Ele ainda mexe com você né Dy? Ele me pergunta do nada e fico apreensiva de falar isso a ele.

- Muito Biel. Mais do que eu imaginava. Suspiro frustada.

- Será que fiz mal ter dito que era seu namorado? Ele me olha apreensivo.

- Não, você me livrou de ser o jantar dele isso sim! Digo e dou uma risada.

Gabriel me acompanha rindo e me olha descontraído.

- O que pode ser melhor do que ser meu jantar né? Ele dá uma piscada. E dou uma gargalhada alta.

- Leso! E bato no braço dele.

Chego em casa e Biel me ajudou a fazer a nossa janta.

Colocou a mesa enquanto eu fazia um arroz com bife acebolado.

Nos sentamos a mesa e comemos. Depois fomos escovar os dentes para pode dormir.

Coloquei meu pijama e ele um calção.

Nos deitamos e como de costume dormimos juntinhos. Eu com a perna em cima dele e com o rosto em seu peitoral.

Ele ficou fazendo carinho no meu cabelo até adormecer.

No dia seguinte...

- Bom dia minha Dy!!! Gabriel me abraça e beija a ponta do meu nariz.

- Sua dy? Franzo o cenho e ele rir.

- É minha. Por que prefere ser do Kincade? Ele me olha divertido.

- Nem pensar. Me levanto em um pulo e ele entra no banheiro.
Fico olhando a janela e me perco pensamentos que me levam a minha adolescência com ele.

Que droga! Por que tinha que trabalhar logo com ele. Tinha que ter me entregado a ele daquela forma não sem escrúpulos. Por que sou tão fácil e uma presa na palma das mãos dele? O pior de tudo não é ter que voltar a trabalhar lá e ver ele. Mais o que eu sinto quando estou perto dele. E principalmente do quanto ele me afeta. Tantos caras legais e lindos como Gabriel me quiseram e eu só pensava nesse traste. Quando terminei com ele. Eu sabia que ele não entenderia o meu lado, assim como pra mim foi barra me afastar e lembrar de tudo.

Lembro que quando decidir investir em juntar dinheiro pra não me sentir humilhada pela familia dele por ser a filha do agricultor. Por não ser do seu nível social e foi só por isso que larguei ele e tudo pra me formar e ser alguém na vida. E que nunca mais pessoas como a familia dele venham me discriminar e me ofender como foi quando conheci sua família.

- Ei baby? O que foi? Biel passa as mãos em meu braços e como me trás paz ter ele em minha vida.

- Em como sou besta em ficar pensando no pasaadot, em Kincade, e tudo que envolve ele. Bufo frustada.

- Ei, ei... Calma! Só nunca se esqueça por que veio e por que decidiu deixa-lo. Não deixe a presença dele te intimidar. Mais de você gosta dele realmente. Lute por uma carreira que você goste e que a familia dele engula tudo o que lhe disse. Dê o troco! Ele sorrir e me animo.

- Obrigada Biel! Eu amo você. O abraço calorosamente.

- Eu sei. Agora vai se arrumar que tenho que te deixar lá no seu trabalho e ir pra perícia.

Saio as presas pro banheiro. Tomo banho rápido e visto minhas roupas. Um calça jeans e uma blusa azul. Calço meu tênis branco e arrumo os cabelos, passo um batom vermelho e um delineador bem desenhado na egípcia. Passo meu perfume e saio ao encontro de Gabriel que sorrir de orelha a orelha.

- Fecha pra mim? Viro de lado e ele fecha o zíper lateral do jeans.

- Hum... Você está linda como sempre baby! Ele me elogia e mando um beijo no ar pra ele que se gaba todo.

Esse Gabriel. Queria tanto poder gostar dele. Mais algo com ele só se for atração. É foda ter um homem lindo de morrer ao seu lado e ver ele como um irmão. Trágico!


KincadeOnde histórias criam vida. Descubra agora