Capítulo 21

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Wendy

Ouvi uma conversa estranha entre alguém hoje no fim da tarde. Kincade falava que eu não iria saber e se eu soubesse a tal pessoa estaria frita. Minha suspeita era Biel.

Mais foi só as oito e cinqüenta que tive a certeza que era ele. Kincade se distraiu e deixou o celular em cima da cômoda.

Saiu correndo as escadas e aproveitei pra ver do que se tratava. Assim que vi um código estranho ja sabia que se tratava de Gabriel. Ele escreve em criptografia. Invertir (trocar a letra pela seguinte) as letras e traduzir o que dizia.

" Drsnt dl odqhfn. Oqdbhrn cd
Zitcz, LD oqnbtqz  odkn for.
Snldl bthczcn. "

( Tradução)

" Estou em perigo. Preciso de ajuda, me procura pelo GPS.
Tomem cuidado. "

Meu sangue sumiu, o pavor tomou conta e sentei na cama em choque.

Minha mente me dizia que eu tinha que fazer algo mais meu corpo não se mexia.

Essas palavras ficaram vagando em minha mente até que retomei a sanidade e agir.

Primeiro vou me trocar e.... E..  Peguei o celular de Kincade e vi o endereço pelo GPS. Sei onde fica.

Corri pro meu armário, peguei a arma e coloquei na cintura por dentro da calça. Coloquei uma faca bem pequena dentro da calça perto do pé. 

Amarrei o cabelo e desci as pressas a escada. Quando já estava saindo da porta da casa a família Mackenzie me olhou desconfiados. O pai de Kincade foi o primeiro a me interrogar.

- Onde pensa que vai mocinha? Ele me parou e ficou na minha frente.

- Salvar meu amigo. Agora sai da frente senão passo por cima. Disse desafiadora.

- Como soube disso? Cadê Kincade?

- Estou aqui. Ele sai da casa todo armado também.

Me olha perplexo por estar armada também e inquieta.

- Precisa da equipe? Seu Flávio pergunta a Kincade.

- Sim. Só 4 homens. Ja que Wendy sabe de Gabriel. Ela irá. Ele diz firme e dá um passo a frente.

Seu pai o olha apreensivo pra mim e eu o fuzilo com o olhar.

- Seu eu não for, eu fujo! Digo logo.

- Ela vai, pai. Pode deixar comigo! Ele diz. E saímos as pressas num carro preto.

Só digo uma coisa seja lá quem for, eu vou matar. Mexeu com Biel agora que reze por que eu estou furiosa e com sangue nos olhos.

- Wendy, tudo bem? Kincade me olha. E não vejo nada de diferente. Ele ja deve estar acustimado com isso.

- Sim. Só quero que ele esteja bem. Se eles fizerem mal a ele, eu não vou me perdoar nunca! Digo nervosa.  - Mais rápido, cara. Digo pro motorista.

- Ei. Calma!  Temos que ser cautelosos e inteligentes, não vamos entrar de qualquer jeito. Você fica atrás de mim, se eles me pegarem pode agir. Acho bem difícil eles me pegarem mais tudo é possível. E não se distraía, eles devem estar em muitos, então olhos atentos. Ele diz e olho bem no fundo dos olhos dele.

- Pode deixar. Digo confiante.

Aguenta firme biel estou chegando.

O carro para bem na virada da rua e vejo homens armados impedindo a passagem e mandando as pessoas fazerem retorno. Vá a merda bando de urubus. Daqui eu não saio sem meu amigo.

Desço do carro e fico numa parte escura de um beco. Quase tive um Treco quando alguém segurou meu braço.

- Ei, aqui é meu ponto querida! Uma mulher bem bonita e com um batom mais que vermelho me olha mascando chiclete.

Sorrio amarelo e se ela falar mais alto pra mim retirar, estou ferrada, vai botar tudo a perder. Hum....aliás, boa ideia. Ela me será útil.

Wendy foca na mulher.

- Ah, desculpe moça. Será que eles deixam entrar mulher aqui nessa rua? Pergunto como quem não quer nada. Ela me olha e sorrir.

- Hum. Saquei. Óh, se você quer pegar alguém aí dessa rua tem que ser bem ousada. Esses muralhas aí armados são mole pra gente. É só pegar no pau de um deles que ele te libera e tu entra. Não esquece de fazer cara de safada.

- Obrigada mesmo. E como vou entrar lá se to vestida assim. Digo e me olho e ela rir.

- Deixa eu ajudar você querida! É só... Ela pega um estilete e faz um decote na blusa branca por dentro e tira meu casaco de couro preto.

- Ow..  Cuidado com ela. Senhora. Kincade fala atrás de mim e ela pula com o susto que leva.

- Bonito seu bofe amada. Ela diz e sorrir maliciosa pra ele que vira o rosto.

Ela da corte na minha calça preta e me entrega um batom. Bagunça meu cabelo um pouco e sorrir satisfeita.

- Pra quê esse batom? Olho pro mesmo.

- Pra passar Ué. Vai logo, assim fica mais ousada.

Passo o mesmo e me olho num espelhinho dela.

Meu Deus, pareço um puta das bem safadas que existe. Credo! Mais o que eu não faço por cê meu amigo Biel.

Me viro pra ver se Kincade aprova minha performasse e quando ele me olha fica parado me olhando de cima a baixo.

É deu certo. Acho que a garota acertou na mira.

- E aí, ficou convincente? Ele me olha e assente.

- Ah...  Sim. Muito. Bem. Ousada. Sótomacuidadocomessespervertidos. Ele diz rápido e última frase e Sorrio do seu comentário. E o que faço quando eu passar?

- Quando chegar perto da casa, disfarça, e descobre um jeito de ir por trás da casa. E manda ver. Ele diz e saio da escuridão.

- Vou indo. Digo e começo a minha performance. Rebolo o quadril de um lado pro outro e mexo nos cabelos.

Um deles olha pra mim e lambe os lábios. Ah merda, essa vai ser a pior parte.

- Oi gato. Posso entrar aqui, to indo na casa de um cliente meu! Digo manhosa e mordo os lábios.

- Hum. Deve ser o chefe que te chamou né? Ele me olha e pega minha cintura.

Argh!!!!! Que nojo meu Deus.

- É sim. Digo e passeio a mão no abdômen dele. E o mesmo sorrir safado.

- Vai lá. Safada! Gostosa. Ele diz passa a mão na minha bunda.

Filha da... Deixa em off né!

Entro na rua e respiro aliviada. Ufa, acabou o teatro.

Ando duas casas e me escondo pela cerca e vou pra trás da casa.





KincadeOnde histórias criam vida. Descubra agora