A Casa de Jasmine Taylor

O desabafo

Os jovens estavam prestes a sair com aquela carta, mas foram interrompidos quando um enxame de abelhas começou a rodia-los. Todos se juntaram e se abraçaram, Erick havia acordado e desmaiado novamente assim que viu sua situação. Eles andaram com o enxame em volta até a porta, tentaram espantar as abelhas mas nada adiantou. Maddison abriu sua mochila, pegou um desodorante e espirrou nas abelhas, afastando todas e abrindo espaço para eles passarem. Jorge, que foi o último a sair, fechou a porta prendendo os insetos dentro do cômodo.

- O que foi isso? - perguntou Jorge.

- Deve ser obra da fantasma - disse Ryan ainda com Erick no colo.

- Erick também não facilita, ele acordou, viu o que estava acontecendo e apagou novamente. Mas temos que ir andando antes que mais alguma coisa aconteça e alguém acabe como Sarah, Melanie e Dylan - avisou Maddison.

- Devemos depois parar para descansar - disse Jorge bocejando, por saírem de madrugada.

- Enquanto 3 dormem, os outros 2 ficam acordados - sugeriu Maddison - e se algo estranho acontecer, é só acordar os outros.

- Quem dorme primeiro? - perguntou Ryan.

- Pode ser o Erick, que ainda não acordou, o Ryan, que carregou Erick até aqui, e o Victor - disse Jorge - enquanto eu e Maddison ficamos acordados.

- Pode ser, eu, ainda, não estou com sono - disse Maddison.

Victor, Ryan e Erick dormiram, enquanto os amigos Maddison e Jorge ficaram vigiando para nada acontecer.

- Maddison - começou Jorge -, eu queria saber, se não for incômodo, o que você lembrou quando estava desmaiada?

- Exatamente o que você quer saber?

- Você lembrou que parte do passado? - insistiu Jorge.

- Lembrei da época que brincava com Melanie, do dia que descobrir que era adotada, mas eu sempre desconfiei pois eu tenho olhos verdes e cabelo loiro e meus pais cabelos pretos e olhos castanhos, voltando ao assunto, da minha entrada na faculdade e de quando conheci você e Sarah - desabafou Maddison, deixando escapar uma lágrima que Jorge retirou com o dedo. Os dois ficaram se encarando.

- Maddison, você lembra na faculdade, quando eu disse que gostava de uma garota, mas ela não me enxergava da mesma maneira?

- Lembro, você disse que fazia de tudo mas a menina não reparava que você estava gostando dela - Maddison parou e pensou - você nunca me disse quem era a garota e nem se eu conhecia, e você é meu melhor - eles riram.

- Eu nunca disse quem era porque... - Jorge parou e respirou fundo - porque essa menina era você Maddison - Maddison paralisou e ficou pálida.

- Então a menina que eu tentei te ajudar a conquistar na verdade era eu?

Jorge balançou a cabeça afirmando.

- Você não sabia? - perguntou Jorge pasmo.

- Claro que não, você nunca demonstrou - Maddison disse furiosa.

- Lembra quando eu perguntei se você queria ir ao cinema?

- Sim, mas você disse que era entre amigos, então eu chamei Sarah e Melanie.

- Eu tentei colocar o braço atrás da sua cadeira.

- Eu não reparei - justificou-se Maddison.

- E naquela vez em que eu te paguei um sorvete? Dessa vez estávamos sozinhos.

- Nós estávamos sozinhos por que Melanie estava doente e eu pensei que aquilo era um presente de amigo - respondeu Maddison.

- Voltando ao primeiro assunto, eu gostava de você e até hoje não sei o que você sentia por mim - disse Jorge começando a suar.

- Você gostava? Então hoje em dia você não gosta mais dessa menina nerd? - indignou-se Maddison.

- Essa não é a questão, se você me responder essa simples pergunta, eu te esclareço tudo.

- Já que estamos desabafando, eu meio que também gostava de você na faculdade - disse Maddison.

- Então por que você não me disse?

- Porque você gostava de alguém, que hoje descobri que era eu.

- Se você gostava de mim, eu confesso que até hoje ainda gosto de você - disse Jorge se aproximando de Maddison.

- Eu também ainda gosto de você - disse Maddison se aproximando mais um pouco de Jorge, até eles ficaram à menos de um palmo de distância. Maddison e Jorge se beijaram. Foi um beijo intenso e longo, que parou quando ouviram um barulho estranho, nesse mesmo minuto, todos os outros acordaram.