A revanche de Jasmine

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O barulho foi ficando mais alto, até todos se juntaram em um canto. Erick começou a rezar. Ryan segurou a mão de Maddison, por ser considerado como o irmão mais velho dela.

- Vai ficar tudo bem? - Ryan estava com a mão, que segurava a de Maddison, suada. Uma lágrima escorreu do seu olho direito e com a outra mão Maddison retirou.

- Claro que vai ficar tudo bem, acredite - Maddison tentou consolá-lo.

- Estou com medo - dessa vez Ryan não suportou e começou à chorar.

O barulho aumentava cada vez mais, era como algo se rastejando. Eles avistaram milhares de cobras com todos os tipos de veneno, Jorge abriu sua mochila e retirou uma corda, com mais de 5 metros, e Maddison pegou, na sua mochila, seu desodorante.

- O que vocês irão fazer? - Erick olhou com desconfiança para Maddison e Jorge.

- Tem uma pedra ali em cima - Jorge apontou para uma pedra afiada quase no teto e jogou a corda que se prendeu - eu vou prender a corda nela e todos irão subir, assim passamos pelas cobras.

- Eu vou ser a última e tentar afastar as cobras com o desodorante - Maddison levantou o desodorante, enquanto Erick começava a subir.

Erick subiu, logo em seguida foi a vez de Victor, depois foi Ryan e Jorge. Na vez de Maddison, uma Cascavel tentou puxar sua perna, mas não conseguiu ultrapassar o sapato. Maddison apertou o desodorante que atingiu os olhos da cobra que se afastou. Jorge pressionou uma pedra, e uma passagem se abriu. Ryan pulou dentro da entrada, depois Victor e Erick, Jorge foi logo em seguida e Maddison foi a última.

- Agora precisamos correr para que aqueles animais não nos alcançar - Jorge começou a correr.

- Esperem! - gritou Maddison, que estava mancando.

- O que houve? - Jorge colocou o braço e Maddison em volta do pescoço e a ajudou.

- Eu acho que - Maddison levantou a calça e se deparou com dois buracos na perna -, acho que fui picada por uma daquelas cobras.

- Mas isso é grave? - Ryan se aproximou.

- Não sei - respondeu Jorge.

- Não deve ser nada de importante, isso deve sumir daqui a pouco - Maddison desmaiou assim que a última palavra foi dita.

- Ela está desacordada - Jorge a segurou no colo e saiu correndo com os outros, as cobras estavam quase alcançando os jovens. Eles encontraram outro cômodo e entraram.

- Você vai salvá-la? - perguntou Ryan.

- Vou tentar - Jorge a deitou no chão -, alguém trouxe um azeite?

- Acho que eu tenho - Ryan disse e pegou um pote de azeite pela metade e deu para Jorge.

- Olhem para a porta e não deixem que nenhuma cobra entre - Jorge deu o desodorante de Maddison para Victor, uma faca para Ryan e uma frigideira para Erick.

Jorge colocou o azeite na boca, pegou a perna de Maddison e começou a retirar o veneno jogando no chão. Isso foi feito enquanto os meninos espantavam incansavelmente as cobras.
Maddison acordou e olhou para a porta que estava com muitas cobras sem a cabeça ou com a cabeça esmagada.

- O que aconteceu? - Maddison se apoiou nos cotovelos.

- Você foi picada, desmaiou e agora estamos aqui fazendo com que nenhuma cobra entre - Jorge disse muito rápido.

- Vamos procurar uma saída - determinou-se Maddison.

- Eu encontrei algo - disse Victor que acabara de sair de perto da porta e encontrado outra mesinha com mais uma carta, só que desta vez com um lírio, uma carta e um quadro à cima. Ele retirou o quadro e achou um tipo de cofre.

- Isso deve ser daquela mulher... Yasmim Taylor - tentou lembrar Maddison.

- Eu acho que o nome é Jasmine Taylor - concertou Jorge.

- Recapitulando, deve ser uma saída ou suas economias que nunca foram encontradas.

- Não deve ser nada de bom - Erick disse esmagando a cabeça de uma Naja.

- Concordo com você, mas descobriremos quando não estivermos mais aqui - Maddison acalmou à todos.

A Casa de Jasmine TaylorOnde histórias criam vida. Descubra agora