-Pra onde estamos fugindo?! – Perguntou Kiozan enquanto ele e a garota avançavam velozmente pelas ruas de Omashu.
-Ainda não sei, mas sei que aqueles caras são má notícia. Precisamos nos afastar deles o máximo que pudermos. – Retrucou Dyali, enquanto seus olhos corriam vorazmente as ruas escuras procurando por passagens ou esconderijos.
-Eu já havia visto o Tane lutar algumas vezes, não pensei que ele fosse desse tipo de gente. – O garoto falou, com um tom de desapontamento na voz.
-Não dá pra conhecer ninguém completamente. – Retrucou a menina, encontrando um beco onde haviam várias caixas caídas. Ela e o garoto correram para lá procurando recuperar o fôlego.
-Talvez seja melhor alertar os guardas sobre esses ladrões. – Disse Kiozan depois de um minuto. – Eles lidarão com eles.
-Pense bem, Kiozan. Você acha que esses ladrões, que não são dobradores, entrariam em Omashu se os guardas não quisessem assim? – Explicou Dyali, com os pensamentos a mil. – Você sabe que a cidade tem estado em conflito. O exército tem outras coisas para se preocupar.
Era verdade. Vários anos atrás o então Rei da Terra Wu decidiu pôr fim ao sistema de monarquia que havia existido até então no Reino da Terra, mas nem todas as cidades aceitaram facilmente. Cidades, como Omashu, queriam que continuasse o antigo regime, e não implantado o sistema de representante escolhido por voto, o que gerou vários conflitos, que perduravam até aquela data, mesmo que com menor intensidade que antigamente.
-Precisamos deixar a cidade. Aqueles caras podem não ser os únicos aqui. – Pensou a garota, quando uma voz atrás de si a surpreendeu.
-Não são mesmo. – Falou Tane, fazendo os dois jovens se sobressaltarem. A menina imediatamente criou uma chama na mão, preparando-se para atacá-lo.
-Como nos achou?! – Exigiu ela, quando Tane levantou as mãos em rendição.
-Eu consigo sentir as vibrações da terra, foi assim que eu os achei.
-Como as Beifong? – Surpreendeu-se Dyali, e o garoto assentiu lentamente. Era uma habilidade famosa, mas também rara. Poucos a possuíam.
-Também foi assim que soube que eu estava mentindo. – Comentou Kiozan.
-Agora você pode apagar esse fogo? Vai acabar nos denunciando. – Disse Tane, cochichando. A garota extinguiu o fogo mas o deu um soco no queixo, que o fez arregalar os olhos. – Ai! Por que fez isso?
-Por nos entregar. – Ela retrucou, soltando o rapaz. Ele alisou o queixo, mas não reclamou mais.
-É justo. – Retrucou Tane, um tanto aborrecido. - Então, vocês querem escapar. Como pretendem sair da cidade?
-Eu pensei em pular o muro. – Respondeu Dyali, e os dois garotos a olharam cinicamente. – O que? É sério!
-Não levou em conta o abismo que tem logo depois, seguido de uma queda para a morte? – Perguntou Kiozan, com um tom mórbido.
-Somos dobradores de ar. Podíamos dar conta da queda. – Ela retrucou, não tão segura, e Tane deu uma risada sarcástica.
-Claro que dariam. Vocês tem um óootimo controle de suas dobras. Sem contar que o muro tem mais de 9 metros de altura, como pretende subir lá? – O garoto disse, sarcasticamente. – Supondo que conseguissem subir, a única coisa que dariam conta era se partir no fundo do abismo. Eu tenho um caminho mais seguro.
-E porque acreditaríamos em qualquer coisa que você fale?! – Perguntou Dyali, o encarando com raiva. Tane pareceu recuar um pouco, estreitando os ombros.
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Avatar - A Lenda dos Twul
FanfictionO Avatar pode é o único mestre dos quatro elementos. Sempre foi. Mas ele não é mais o único que pode controlar mais de um elemento. Dyali nascera no reino da terra, 10 anos após a queda da Grande unificadora Kuvira pelas mãos da Avatar Korra e seus...