Dyali despertou depois de um longo sono. Seus olhos se arregalaram de imediato, mas ela não via nada. Estava em um lugar totalmente escuro, e isolado de som. Ela percebeu, no entanto, que estava sobre uma cama macia e de lençóis quentes. Ela se sentou, e conjurou um pouco de fogo, percebendo que sabia onde estava. Ela havia sido levada de volta ao quartel general da Lótus Branca no qual esteve logo após ao ataque em Tyoka.
-Não vão me prender aqui novamente. – Ela sussurrou, procurando tudo que podia levar consigo rapidamente, e indo até a porta. Ela girou a maçaneta de leve, e abriu a porta apenas o suficiente para olhar o corredor. Não havia ninguém, era essa sua chance.
A menina disparou, sentindo as pernas protestarem em dor, talvez pela falta de uso, mas nem por isso ela diminuiu o passo. Estranhou, pois nenhum soldado estava nos corredores daquele lugar, mas não reclamou.
Ela sabia de feras que teriam inveja da velocidade com que ela correu, disposta a escapar dali. Porém, ela diminuiu bruscamente ao dobrar em um corredor e ouvir um som alto. Parecia música e conversa, e também um som de talheres e pratos, vindos da primeira sala à direita.
Ela se esgueirou pela parede, resolvendo espiar dentro da sala, e o que viu não podia surpreendê-la mais. Haviam várias pessoas, pareciam comemorar. E o mais impressionante, todas ela conhecia. Tane, Kiozan, Ziah, Tokka, Kai, Jinora, seus pais, e por último ela, Asami Sato, a Grande Lótus. Sem perceber, ela acabou entrando na sala, que havia uma abertura para a montanha, que mostrava uma cena ensolarada. Tane foi o primeiro a nota-la, com seu sentido sísmico, e cutucou Kiozan com o cotovelo, que sorriu ao vê-la, junto com todos os outros.
-Me digam... - Dyali falou, ainda surpresa demais para montar uma frase. – Me digam que eu não dormi por outros cinco dias.
-Não, você não dormiu por cinco dias, Dyali. – Kai retrucou, indo até ela e a trazendo para a mesa cheia. Agora que a garota viu quanta comida estava ali em cima, percebeu o quão faminta estava. Sua barriga roncou alto, e ela agradeceu mentalmente pela música estar tão alta.
-Venha filha. – Andros chamou, saindo da cadeira que estava, ao lado de sua esposa, e indo para a cadeira vizinha, abrindo um espaço entre os dois pais. Dyali assentiu para ele, extremamente grata pelo gesto. A menina sentou-se, totalmente ciente do olhar de Asami sobre ela.
-O que está acontecendo aqui? – Dyali pergunta, mas a sua mão coloca a mão sobre seu ombro.
-Lembra do que te ensinamos? – Perguntou ela, levantando uma sobrancelha, embora sorrisse. – Primeiro de tudo, comida. Depois nós conversamos.
Dyali estava com fome, então resolveu não protestar. Enquanto ela comia todos se dispersaram mais um pouco, como se quisessem lhe dar espaço. Kiozan e Tokka ouviam à uma partida de Pró-Dobra pelo rádio, e torciam para times opostos, como era de se esperar. Tane conversava com Kai sobre o que havia acontecido em Omashu depois que eles saíram de lá, e Ziah estava sentada na imensa janela natural da sala, encarando a paisagem montanhosa. Apenas seus pais, Jinora e Asami permaneceram à mesa.
-Era de se esperar que seu corpo estivesse fraco. O dano que ele teve que se recuperar não foi pouco. – Jinora explicou, e Dyali terminou de engolir o macarrão que comia.
-Eu apaguei por quanto tempo? – Ela perguntou, ainda incerta de quanto tempo dormira.
-Dois dias. O tempo que levamos para chegar aqui. Na verdade, só aportamos a algumas horas. – Respondeu Andros. Ele parecia bem melhor, apesar dos hematomas sobre seu rosto. Seu cabelo loiro estava limpo e bem lavado, caindo sobre a nuca, e sua pele tinha uma coloração melhor.
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Avatar - A Lenda dos Twul
FanfictionO Avatar pode é o único mestre dos quatro elementos. Sempre foi. Mas ele não é mais o único que pode controlar mais de um elemento. Dyali nascera no reino da terra, 10 anos após a queda da Grande unificadora Kuvira pelas mãos da Avatar Korra e seus...