Opcional: Verdade Por Trás Dos Fatos 2.1

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Nota: Olá pessoal. Antes de mergulharem neste capítulo, venho me desculpar pela falta de novos capítulos. O tempo não está me ajudando muito, mas estou me arrumando para conseguir postar continuamente sem interrupções. Como podem ter percebido, o livro está em revisão pelo fato de haver palavras que deixaram os capítulos um tanto desconexos, e com isso poderia prejudicar o entendimento. Mas após este capítulo opcional, voltarei com a história. Acho que estou falando demais, mas antes de deixar-lhes, quero agradecer IMENSAMENTE pelos comentários e pelos os votos de cada um. Espero estar correspondendo a todos. Acho que já falei tudo que queria falar. HIHIHI... ah já ia me esquecendo... Este capítulo esta vindo com uma musiquinha pois achei que ficou DEMAIS (sim, estou vibrando aqui). Agora eu vou indo. Boa leitura a todos.

Após todo aquele meu surto com Enoch, Claus me acalma em todos os momentos seguintes. Isso foi realmente estranho, e não, não estou duvidando dos sentimentos que meu filho tem por mim, mas ele nunca se comportou dessa maneira. Normalmente ele era uma pessoa sombria, calada e preferia-o assim.

- Que comportamento foi aquele? - Perguntava ele, alisando lentamente as minhas costas.

Não consegui respondê-lo, estava com vergonha de mim mesma. Já sofri muito nessa vida e não quero que meus filhos sofram também. Por que Cyan tinha que ter deixado esse Grimório para ele? Por que fez isso comigo?

Claus não possuía magia em suas veias, e se tinha, ele não herdou de mim. Já Enoch, esse tinha, tinha mais magia que eu e seu avô juntos. Mas, por sorte, ele ainda não despertou. Nunca perguntei a Claus se isso lhe deixava triste ou com inveja, mas acredito que não. Claus me ajudou a ir para meu quarto, e ficou ao meu lado enquanto pegava no sono. Levanto-me algumas horas depois, era de madrugada. O frio alisava a minha pele e fazia meus ossos rangerem. Pego um casaco no armário e vou vestindo-o a caminho da sala. Chegando lá, Claus estava sentado, com sua armadura e sua espada.

- Filho? Por que está vestindo sua armadura?

Ele fica em silêncio por alguns minutos, antes de me responder friamente.

- Estou saindo em uma missão... não voltarei por tão cedo. - Ele se levanta e coloca seu capacete.

- Mas Claus... - Ele me interrompe com um abraço desajeitado.

Fico imóvel, não consigo corresponder ao seu abraço. Seu comportamento estava estranho, e aquele abraço repentino havia me pegado de surpresa como se eu tivesse sido esfaqueada pelas costas. Ele sussurra algumas palavras em meu ouvido, e em seguida sai, como se nunca mais fosse voltar.

Não consigo mais dormir. Ando de um lado para outro pela casa, não entendia aquele comportamento tão carinhoso, protetor. Uma voz forte bate em minha cabeça, era a voz de meu marido, ou melhor, era um aviso de Eros.

"Minhas palavras soarão um tanto estranhas, mas e o que sinto ao ver nosso filho, ao ver Claus. Tome cuidado com ele, você sabe a sua ganância por poder. E para alcançar esse tão exasperado poder, ele fará de tudo... até mesmo matar seus próprios pais."

Corro para meu quarto, tranco a porta e caio de joelhos perante a cama. Choro sem parar. Não era possível que o que Eros havia me dito há anos atrás fosse verdade. Aperto fortemente o colchão, até sentir sua espuma adentrar em minhas unhas. Sentia-me como se algo me arrastasse para baixo e eu tive que resistir. Continuo chorando por alguns minutos até que decido ir ao quarto de Claus.

Encaminho-me lentamente até lá, e ao chegar ao corredor, um arrepio percorre por todo o meu corpo. Estava diante da porta de seu quarto, mas o estranho arrepio era o mesmo de anos atrás...

"Claus sempre foi uma criança diferente, nunca gostou de se relacionar com as outras crianças, muito menos com seu irmão. Ele gostava de espadas, luta. Embora não possuísse habilidade alguma. Mas tudo mudou até o dia em que lhe vi fazendo magia, mas não era qualquer magia, era magia negra. A parti daquele dia entendi perfeitamente o que ele estava tramando. Nunca me esqueci daquele dia, dia em que vi Claus vendendo sua alma. Meu comportamento com ele não havia mudado, mas o olhava diferente, o olhava com medo. Conforme ele foi crescendo, seu jeito também foi. Ele estava ficando mais sombrio, mais poderoso. Após a perda de seu pai na ultima guerra, algo despertara dentro de si. Ele estava mais carinhoso, mas isso mudava repentinamente. Agora, ele sendo o homem da casa, suas responsabilidades aumentavam. Ele quase não parava em casa e, quando chegava, parecia odiar esta ali. Até o dia em que realmente odiou e deixou isso claro..."

Me desperto de meus devaneios. Aquilo teria sido uma história passada, na qual deveria permanecer lá. Aperto o casaco na altura do pescoço e prossigo. Ao abrir a porta, um vento gélido sai de dentro do quarto como uma baforada, anunciado ali uma presença estranha. Ligo a uma luz fraca, que reluz naquele quarto que estava em perfeita arrumação, ao não ser por alguns papiros em cima da escrivaninha. Encaminho-me até lá e mexo em alguns, até que avisto um que me deixa um tanto intrigada. Nele tinha uma escrita antiga, chamada Portion. Essa linguagem era dos doze soldados Portions, que ajudaram a acabar com a segunda guerra santa. Eles foram criados a partir do coração de um Necromante, ou seja, foram criados para a guerra. Alguns desenhos reluziam no papiro, desenhos de uma espécie de ritual de ressurreição, na qual uma contagem havia sido escrita a carvão. Continuo olhando outros papiros até que a fraca luz se apaga, me despertando. Tento acender ela novamente, mas não adianta.

Encaminho-me até a cozinha, pego um lampião e volto para o quarto, vejo que porta se encontrava encostada. Paraliso, a tinha deixado aberta. O mesmo ar gélido de antes retorna, me arrepiando como se um fantasma tivesse a minha volta. Aponto o lampião a frente e prossigo, abro a porta lentamente e percebo que tudo permanece no mesmo lugar, a não ser pelos papiros que haviam sumido. Ando até me encontrar próxima a escrivaninha, e permaneço olhando-a, incrédula. A chama do lampião começa a dançar, formando sombras na parede. Com um forte estrondo a porta se fecha atrás de mim, viro-me depressa e avisto um ser escondido nas sombras.

- Claus?

Aquilo poderia ser tudo, mas não era meu filho, não era Claus. Tento correr para a porta, mas recebo uma forte pancada na cabeça que me leva ao chão. O lampião cai, jogado perto de minha mão, e atrás aquele ser na qual não sabia quem era. Ele se aproxima e apanha o lampião, tento me levantar, mas a dor na têmpora me fazia permanecer ali. A criatura se aproximou o suficiente e se agachou, colocando o lampião próximo do meu rosto, me impossibilitando de ver quem estava do outro lado. E com um grande sorriso ele diz:

- Arenna... a chave do portal... capturada. - Sua voz era sussurrada.

O medo percorre por todo o meu corpo, até que a luz se apaga, me afogando na escuridão onde estava habitada por desespero e agonia.

A Última Magia (Pausado Temporariamente)Onde histórias criam vida. Descubra agora