Capítulo 8

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Quando chegamos na balada a casa de show já estava lotada, hoje vai ter show de pagode e pode crê que a sofrencia é garantida. Kate veio o caminho todo falando que Mateus a pediu em namoro e eu não tive coragem pra contar pra minha amiga que ele foi meu ex namorado mais tudo bem eu pouco me fodo por ele mesmo.

-Kate me espera ai que vou ir ali buscar uma bebida pra gente.

Ela fica me esperando enquanto eu vou ao bar que é bem próximo de onde ela esta me esperando,peço a bebida ao garçon e ele vai buscar.

-Primeira vez que vem aqui não é? -Um rapaz loirinho me pergunta.

-Sim. -O respondo sem ânimo.

Na verdade esta é a segunda vez que eu vim pra essa casa de show,mais deixa ele achar que é a primeira. Até porque ele é bem estranho e eu não tenho que dar satisfação da minha vida pra ele.
Fico algum tempo esperando o garçom trazer as cervejas e o inútil continua me encarando e isso me causa medo.
O garçom trás as duas cervejas que eu pedi e quando vou pagar o Loirinho segura a minha mão me em pedindo de dar o dinheiro pro garçom:

-Deixa que eu pago morena. -Ele paga o menino e eu fico sem reações.

Que garoto estranho. Vou de encontro a Kate e quando olho pra trás eu percebo que o loirinho ainda estava me olhando,melhor dizendo que ele estava me comendo com os olhos.

A balada corre normalmente e como eu já imagina ficou bem cheio. Hoje foi show do Dilsinho e foi muito maravilhoso. As 4 horas da manhã eu fui pra casa da dona Maria e a Kate foi pra casa de praia carregada pelo taxista.

(...)

-Ai que dor de cabeça -Reclamo caminhando para a pequena sala.

A casa da dona Maria não é muito grande mais é bem confortável.

-Chegou que horas Mary? -Dona Maria me pergunta lá da cozinha.

Cheguei tão bêbada que eu nem me lembro como cheguei  em casa,só sei que falei para o taxista me deixar na rua do mercado. Todo mundo conhece essa rua porque é o único mercado mais próximo da praia.

-Acho que cheguei umas quatro e pouca,Kate foi pra casa carregada. -Começo a rir me lembrando da cena.

-Vocês são loucas meninas.-Ela começa a rir.

Começamos a conversar sobre vários assuntos e oque mais me deixa aflita é que Luan sumiu de uma hora pra outra,talvez ele esteja se escondendo de mim porque eu o dei um fora. Mais aquele dia eu estava muito nervosa e não tinha parado pra pensar também que a culpa não foi dele e sim de quem tirou aquela foto. Quem será que tirou essa foto?.

Como eu já acordei na hora do almoço eu nem tomei café e fui logo encarando um prato de macarrão com salsicha que é um dos meus pratos preferidos.

-Mary e sua faculdade? -Maria me pergunta de uma hora pra outra.

Pois é. A minha faculdade, como minha mãe cortou a minha mesada eu não vou ter como continuar bancando minha faculdade e vou ter que trancar ela até eu conseguir um trabalho e ter condições de voltar a pagar. Em falar em minha mãe, ela não me procurou até agora e isso me machuca de mais,mas eu resolvi que não vou ficar chorando pelos idiotas que me abandonaram: Luan e minha mãe.

-Vou trancar até eu arranjar um emprego.

-Fiquei sabendo pela minha sobrinha que o mercado ali da esquina está precisando de pessoas para trabalhar. Vai lá amanhã pra ver.

Hoje é Domingo e já são 14:35 da tarde,então não é dia e nem hora de procurar um emprego. Mas amanhã vou acordar cedo e vou lá ver se tem vagas ainda.

Lavo as louças sujas que estavam na pia e depois vou tomar meu banho. Coloco um vestidinho solto que eu trouxe e fui dormir porque a ressaca está matando.

Sete horas da manhã eu acordo com a claridade entrando pela janela do quarto que passou a noite aberta. Tomo um banho rápido, visto uma calça jeans e uma blusa pólo rosa. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo,dou aquele grau na maquiagem e vou pra cozinha procurar alguma coisa pra eu comer porque estou com fome. Na geladeira tem um bolo de chocolate eu pego e vou comendo pela rua,porque estou indo logo cedo no mercado pra ver se tem vagas e tomara que Deus me ajude porque eu preciso mesmo deste trabalho.

-Bom dia,com que eu falo pra saber se ainda tem vagas para trabalhar aqui? -Pergunto a um homem que aparenta ter uns 30 anos.

Ele me encara por alguns segundos sem dizer nada e quando eu já estava prestes a virar as costas e ir embora ele me responde:

-É comigo mesmo senhorita. Pode me acompanhar até meu escritório?

-Claro. - O respondo gentilmente.

O acompanhado até um pequeno escritório que fica no segundo andar. Ele começa a me explicar as vagas que tem e tudo mais e me pergunta se eu trabalharia na limpeza do mercado. Claro que eu nunca me imaginei trabalhando como faxineira de um mercado,mas já que essa é a única vaga que resta eu tenho que aceitar e ainda agradecer a Deus por me ajudar.

-Claro que eu quero. -Falo animadamente. -Quando posso começar?

Ele me olha espantado, talvez com a minha atitude.

-Hoje mesmo se quiser. -Ele sorrir ao falar.

-Tudo bem, começo agora.

Ele me dá o uniforme que é uma calça azul e uma blusa de manga comprida azul também. Vou até o banheiro troco de roupa, pego meus materiais de trabalho e vou pro salão do mercado limpar. Minha hora de serviço é de oito da manhã até as duas da tarde, considero um horário bom porque ainda da tempo de eu ir pra faculdade.

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