16. O Limite do Controle

161 23 67
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


::FERNANDO::

—Como assim, ela pode nos ouvir? — Perguntei libertando meus braços dos guardas que me mantinham preso e encarando a imagem de Ana, agora desacordada, sendo ajudada pela amiga que trabalhava com ela. Tinha medo da resposta, mas precisava ouvir. — O que quer dizer com isso, Adamis?

— Na Inglaterra, nós interrompemos o ritual no meio, alguma coisa no castigo deve ter sido alterada uma vez que a ligação entre vocês estava muito forte. — Explicou ele. — Dessa vez, com a manifestação das vidas anteriores de forma tão intensa na mente dela, sem aparentemente nenhum gatilho, ela desenvolveu inconscientemente a habilidade de nos ouvir. Como aconteceu ha pouco. Não sei se ela nos compreende, mas é o resultado do seu corpo humano conectado ao reino celestial.

— Isso é impossível! — Contrapus. — Nenhum humano poderia desenvolver tal capacidade!

— Ela não é uma humana qualquer, sabemos disso. — Rebateu ele. — Isso não pode ficar assim, Fernando. Eu sinto muito.

— Não se atreva!

— Ela precisa ser eliminada. — Disse ele, calmamente. — É uma vantagem para Rassim essa nova habilidade, se ele puser as mãos nela...

— Não vai! — Gritei. — Maldição, não vou permitir isso! Ninguém vai por as mãos nela! — Salientei as palavras. — Não me obrigue a ir contra vocês também, Adamis, eu não vou hesitar.

— Eu não tenho outra escolha.

— Enquanto a ligação não for estabelecida isso não influencia em nada. — Respondi, em meio ao desespero. — Até isso acontecer, ela é inofensiva.

— O fato de ela não saber de nada não quer dizer que eles não a usarão a seu favor. Adrian já sabe dessa nova habilidade e você não está em condições de enfrenta-lo ainda.

— Não me subestime. — Desafiei.

— Enquanto ela não amá-lo sua força não vai se desenvolver ao extremo. — Ele apertou a ponte do nariz e suspirou. — E você precisará dele se quiser enfrentar Adrian, ele não é qualquer demônio como os capachos que anda enviando para capturar a garota, Fernando.

— Vá em frente, lance guerra contra o mundo! — Desafiei-o. — Mas não tente tocá-la, Adamis, estou avisando! Eu não vou permitir que ela seja machucada, não importa o preço a ser pago por isso!

Virei as costas e segui em direção à saída, mas detive-me na porta do salão e, sem me virar, fechei os olhos e tentei drenar minha raiva, precisava me concentrar, ela precisava de mim.

— Tem mais alguma coisa que não está me contando? — Quis saber.

— Não, isso é tudo.

Abri a porta e saí, por alguma razão eu sabia que aquela afirmação era mentira, mas ao que parecia eu teria que descobrir os novos segredos por conta própria.

O ProtetorOnde histórias criam vida. Descubra agora